João Vasconcelos: “Saio orgulhoso” de um Governo “reformador” e “humano”
O ex-secretário de Estado da Indústria será constituído arguido por suspeitas do crime de recebimento indevido de vantagem, juntamente com outros dois secretários de Estado.
João Vasconcelos é um dos três governantes que pediram exoneração de funções e que irão ser constituídos arguidos, depois de terem aceitado viagens e bilhetes da Galp para assistirem a jogos da Seleção nacional de Futebol durante o Euro 2016. O antigo secretário de Estado da Indústria reage agora à saída do Governo, numa publicação na sua página de Facebook, sublinhando que está “orgulhoso” do trabalho que fez.
“Quando aceitei ser secretário de Estado da Indústria neste Governo, eu e a minha equipa propusemo-nos alcançar objetivos ambiciosos e muito concretos”, escreve João Vasconcelos, enumerando depois aqueles que considera serem exemplos de sucesso da sua governação.
“É com um sentimento de orgulho na minha equipa, nos industriais e empresários portugueses, no ecossistema de startups e incubadoras, nos parceiros de investimento, que avalio os resultados alcançados. O programa Indústria 4.0, que foi desenhado com o contributo inestimável de mais de 200 empresas de diversas indústrias ao longo de seis meses, e que apresentámos em janeiro de 2017, está em marcha pelas mãos da COTEC, tendo-se já traduzido em múltiplas parceiras entre a indústria, associações empresariais, as universidades, os centros tecnológicos e as startups, e na capacidade de atrair diversos investimentos cruciais para o país”, destacou.
Além de João Vasconcelos, também Fernando Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, e Jorge Costa Oliveira, secretário de Estado da Internacionalização, pediram exoneração de funções, depois de terem pedido para serem constituídos arguidos. O Ministério Público já confirmou, entretanto, que os três serão constituídos arguidos.
O processo investiga as “viagens, refeições e bilhetes para diversos jogos da seleção nacional no Campeonato Europeu de Futebol de 2016”, que foram oferecidos pela Galp aos três secretários de Estado. “Em causa estão factos suscetíveis de integrarem a prática de crimes de recebimento indevido de vantagem, previstos na Lei dos Crimes de Responsabilidade de Titulares de Cargos Políticos”, explica a PGR.
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