Reequilíbrio do mercado petrolífero? AIE menos confiante
A produção da OPEP não para de aumentar e as reservas de energia não estão a cair. A AIE está, por isso, menos confiante de que o mercado vai encontrar um equilíbrio entre a oferta e a procura.
A prioridade da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) é devolver o reequilíbrio ao mercado petrolífero. Isto através de cortes da produção que permitam diminuir o excesso da matéria-prima no mercado. Mas a Agência Internacional de Energia (AIE) está cada vez menos confiante de que isto vai acontecer em breve. Um relatório divulgado pela entidade mostra que o reequilíbrio da oferta e da procura do “ouro negro” tornou-se menos certo, uma vez que a produção do cartel continua a aumentar.
Há dois meses, a AIE afirmou que o “reequilíbrio tinha começado” e que iria acelerar no curto prazo. Mas a agência está agora mais cautelosa. “Precisamos de esperar um pouco mais para confirmar se o processo de reequilíbrio realmente começou no segundo trimestre”, nota a AIE, que dá conselhos às maiores economias do mundo sobre política energética. Ainda na quarta-feira, dados da OPEP revelaram que, em 2018, o cartel irá continuar a bombear petróleo em excesso.
"Precisamos de esperar um pouco mais para confirmar se o processo de reequilíbrio realmente começou no segundo trimestre.”
Este relatório não provocou alterações significativas nas cotações da matéria-prima. Os preços do petróleo mantiveram a rota descendente. O Brent, negociado em Londres, recua 0,67% para 47,42 dólares, ao passo que o WTI, em Nova Iorque, segue a cair 0,66% para 45,19 dólares.
As estimativas para a oferta e a procura sugerem que as reservas de energia devem diminuir gradualmente mas, “por agora, os números não apoiam este cenário“. Segundo a AIE, as projeções sugerem que a quantidade de petróleo no mercado deve cair a uma taxa de 700 mil barris por dia no segundo trimestre. Mas não é certo se isso vai acontecer, afirma a agência.
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