Polónia impulsiona lucros da Jerónimo Martins para 173 milhões
O grupo de distribuição fechou o primeiro semestre com lucros de 173 milhões de euros. As vendas cresceram 11,4% para os 7,8 mil milhões de euros.
O grupo Jerónimo Martins fechou o primeiro semestre do ano com lucros de 173 milhões de euros, um crescimento de apenas um milhão, ou 0,6%, quando comparado com o período homólogo do ano anterior, anunciou o grupo em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Este valor fica aquém das expectativas dos analistas do CaixaBI, cujas estimativas apontavam para um resultado líquido de 179 milhões de euros.
A dona do Pingo Doce e da Biedronka adianta que “excluindo a contribuição da Monterroio no primeiro semestre de 2016, os resultados cresceram 5,5%”.
As vendas do grupo de distribuição cresceram 11,4% para 7,8 mil milhões de euros, impulsionadas pelo forte crescimento da Biedronka. As vendas like for like (LFL), vendas nas lojas que operam sob as mesmas condições nos dois períodos, cresceram 6,9% (no segundo trimestre, período impactado pelo efeito Páscoa, o crescimento foi de 7,8%). O crescimento das receitas foi impulsionado pelo forte crescimento na Polónia e pelo sólidos desempenhos do Pingo Doce e Recheio.
Vendas na Polónia crescem 15,9%
A Jerónimo Martins adianta que, na Polónia, “o ambiente de consumo manteve-se positivo”, tendo as vendas da Biedronka aumentado 13,4% para os 5,3 mil milhões de euros. Já a Hebe atingiu vendas de 75 milhões de euros, mais 36% face a igual período do ano anterior.
Em Portugal, o Pingo Doce registou um crescimento nas vendas totais de 3,1% para 1,7 mil milhões de euros, com um LFL (excluindo combustível) de 0,9%. Já o Recheio fechou os primeiros seis meses do ano com vendas de 442 milhões de euros, mais 8,6% face a igual período do ano anterior. As vendas LFL cresceram 6,8%.
A Ara, na Colômbia, onde o grupo fez um forte investimento com a abertura de 49 lojas na primeira metade do ano, registou vendas de 185 milhões de euros, um crescimento de 81,9%.
O EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortização e depreciação) cifrou-se nos 416 milhões de euros, um crescimento de 7,2% face a igual período de 2016. Um crescimento impulsionado pelos negócios da Biedronka, Pingo Doce e Recheio, que mais do que compensaram as perdas da Ara e Hebe.
O grupo investiu nos seis primeiros meses do ano 249 milhões de euros.
A dívida líquida, que já inclui o pagamento de dividendos efetuado em maio de 380 milhões de euros, ascendia, no final de junho, a 84 milhões de euros.
Pedro Soares dos Santos, presidente e administrador delegado do grupo, adianta em comunicado que “os primeiros seis meses do ano validam a capacidade das principais insígnias de criar oportunidades de crescimento, de entregar um sólido desempenho nos respetivos mercados e de alimentar o desenvolvimento futuro do grupo”.
Notícia atualizada às 18h10 com mais informação.
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