Pelo menos sete detidos na tentativa de assalto a base militar na Venezuela
Pelo menos sete pessoas foram detidas após o assalto a uma base militar do exército venezuelano por um grupo liderado por um oficial retirado e declarado em rebelião contra o Governo de Maduro.
O chefe do comando estratégico operacional da Força Armada nacional bolivariana (CEO-FANB), almirante Remigio Ceballos, indicou que dos cerca de 20 homens que tentaram apoderar-se ao início da manhã do Forte Paramacay, estado de Carabobo (centro-norte da Venezuela), sete pessoas foram capturadas e “estão a fornecer informações”.
Outras fontes próximas das Forças Armadas referiram à agência noticiosa Efe que o grupo integrava alguns militares rebeldes e também civis, que envergavam uniformes militares, que não pertenciam à base militar do corpo de blindados do exército venezuelano.
O grupo, liderado por um oficial que num vídeo se identificou como capitão Caguaripano, na reserva desde 2014, conseguiu tomar a base militar mais importante do grupo de blindados do exército venezuelano antes de ser controlado pelas forças leais a Nicolás Maduro.
O ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, reagiu a este incidente com uma mensagem na rede social ‘Twitter’: “Não puderam com a FANB, com a sua moral nem com a sua consciência constitucional; agora pretendem agredi-la com ataques terroristas. Não conseguirão”, registou.
A sublevação dos militares ocorreu na manhã de hoje e foi divulgada através de um vídeo em que um grupo de cerca de 20 homens envergando uniformes militares e empunhando armas pesadas acompanham um porta-voz que se identifica como “capitão Caguaripano” e “comandante da operação David Carabobo”.
Caguaripano abandonou a FANB em 2014 durante a vaga de protestos antigovernamentais e na mensagem vídeo declarou-se em “rebelião” contra “a tirania assassina de Nicolás Maduro”. Afirmou ainda que não se tratava de um “golpe de Estado”.
Mais tarde, o dirigente chavista Diosdado Cabello disse que foi assegurado o controlo do quartel e que se registava uma situação de “absoluta normalidade”.
Nos últimos meses vários militares foram detidos pelos serviços de informações militares venezuelanos por integrarem alegados planos de rebelião, incluindo alguns generais, mas as autoridades reafirmaram um firme apoio à FANB e ao Governo nacional.
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