Trump admite ação militar na Venezuela
"Temos muitas opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar, se for necessário", disse Donald Trump, numa escalada de tom contra o regime de Nicolás Maduro.
O Presidente norte-americano, Donald Trump ameaçou, na sexta-feira, avançar com uma intervenção militar contra a Venezuela. Uma subida de tom surpreendente contra o regime do Presidente venezuelano Nicolás Maduro e contra a crise política que se Caracas e que Trump classificou de “loucura”.
“Temos muitas opções para a Venezuela. É um país vizinho. Estamos em todo o mundo. Temos tropas em todo o mundo em locais muito longínquos. A Venezuela não fica muito longe. E as pessoas estão a sofrer e a morrer. Temos muitas opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar, se for necessário”, disse Trump, citado pela Reuters (conteúdo em inglês), ladeado pelo chefe da diplomacia americana.
"Temos tropas em todo o mundo em locais muito longínquos. A Venezuela não fica muito longe. E as pessoas estão a sofrer e a morrer. Temos muitas opções para a Venezuela, incluindo uma possível opção militar, se for necessário.”
Entretanto o Pentágono já garantiu que não recebeu qualquer ordem por parte do Chefe de Estado para avançar com esta “opção militar” e que as suspeitas de uma eventual invasão da Venezuela são infundadas. Mas Trump foi claro: “Uma opção militar é algo que poderemos certamente levar a cabo”, disse, acrescentando, contudo que não pode falar sobre o tema, quando questionado se a operação militar seria liderada pelos Estados Unidos.
Em Caracas a ameaça foi recebida como um novo apoio à oposição que contesta o Governo de Maduro e rejeita a eleição da nova Assembleia Nacional Constituinte que está a usurpar o poder substituindo o Parlamento eleito democrático e que visa alterar a Constituição e reforçar o poder do Presidente. O ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino, classificou a ameaça de “um ato de loucura”. As autoridades venezuelanas há muito que acusam os EUA de estarem a planear uma invasão. Um antigo general disse à Reuters, no início do ano, que alguns mísseis foram colocados ao longo da costa do país precisamente para essa eventualidade.
A Casa Branca disse que o Presidente venezuelano solicitou uma chamada telefónica com Trump, na sexta-feira, avança a Reuters, mas que foi recusada, com o comentário de que Tump falaria, de bom grado, com Maduro quando a democracia voltar a ser reinstaurada no país.
Nações da América Latina preparam censura escrita a Trump
As nações da América Latina, lideradas pelo Peru estão a negociar uma repreensão por escrito ao Presidente norte-americano, depois de este ter tido que estava a ponderar uma “opção militar” relativamente à Venezuela.
O Peru foi o primeiro país a condenar a ameaça de Trump de resolver a crise politica e social na Venezuela através do uso da força e está, segundo a Reuters (conteúdo em inglês), a negociar com outras nações da região uma resposta por escrito. A informação foi avançada pelo ministro peruano dos Negócios Estrangeiros, Ricardo Luna, numa declaração enviada em exclusivo para a Reuters este sábado.
Notícia atualizada às 16h46 com a resposta das nações latino-americanas
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