Proteção Civil: Quer conhecer o SIRESP ao ínfimo detalhe?
Alega-se que falha todos os anos e pode ter de indemnizar o Governo por Pedrógão Grande, mas o que é de facto o SIRESP, e como funciona? Um vídeo mostra todos os detalhes tecnológicos do sistema.
Os relatórios e as notícias parecem contradizer-se — uns garantem que o SIRESP é a melhor solução possível, outros que falha todos os anos nas situações de emergência em que foi criado para funcionar. O sistema de comunicação de emergência conhecido como SIRESP chega alegadamente a registar falhas de 13% da rede nacional, e o Governo anunciou na semana passada que vai pedir uma indemnização à empresa privada que gere o sistema pelas falhas em Pedrógão Grande, durante o incêndio que matou 64 pessoas.
A Proteção Civil divulga agora um vídeo, partilhado também nas redes sociais do Ministério da Administração Interna, com quase dez minutos em que é explicada ao detalhe a tecnologia do SIRESP e como os aparelhos devem ser utilizados pelas forças de segurança que deles dependem. Com uma segunda versão dedicada ao sistema de rádio Sepura, o vídeo divulgado no Twitter explica com pormenor como se utiliza o sistema de rádio Motorola.
O vídeo destaca que a rede SIRESP recorre à tecnologia Tetra, “usada pela maioria dos países da União Europeia”, que difere e parte das redes tradicionais de telemóveis ou de outros sistemas de comunicação rádio pelo uso de técnicas de criptografia. O vídeo esclarece ainda qual a linguagem que deve ser utilizada em caso de emergência.
Para o futuro, a ministra da Administração Interna formou um grupo de trabalho — com um prazo de dois meses — tendo em vista melhorar o desempenho do SIRESP, principalmente com a execução de uma solução de redundância. Constança Urbano de Sousa apontou para o início do próximo ano como meta da melhoria da rede de comunicações de emergência: em causa estão ações de reparação de torres físicas, a capacitação dos utilizadores da rede, o cumprimento do calendário de reuniões, dos relatórios de desempenho e da análise das queixas. Uma das prioridades será a formação dos utilizadores da rede.
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