Exportações crescem acima da média do euro. Mas importações também
Portugal registou o sexto maior crescimento de exportações de bens, no primeiro semestre deste ano. Mas também esteve entre os que mais importaram.
As exportações portuguesas de bens cresceram 12% nos primeiros seis meses de 2017, um ritmo acima da média da Zona Euro. Entre os 19 países da moeda única, Portugal registou o sexto maior crescimento. Contudo, também se destacou pelo crescimento das compras ao exterior: cresceram 14%, igualmente acima da média do euro. Os dados foram publicados esta quinta-feira pelo Eurostat.
De janeiro a junho, Portugal vendeu ao exterior 27,8 mil milhões de euros em bens: 20,7 mil milhões foram para os parceiros da União Europeia, 7,1 mil milhões para os extracomunitários. Comparando com os países da Zona Euro, Portugal registou o sexto maior crescimento face ao primeiro semestre de 2016. A Lituânia e a Grécia ocupam o primeiro lugar, ambas com 18% de aumento homólogo. No final da lista vem o Chipre e Malta, ambos com contrações nas exportações.
O aumento das exportações portuguesas foi um dos motores do crescimento no arranque do ano, especialmente no primeiro trimestre, quando o aumento foi de tal forma expressivo que permitiu que a procura externa líquida desse um contributo positivo para o crescimento do PIB. No segundo trimestre o crescimento manteve-se, mas abrandou — e o PIB repetiu um crescimento de 2,8%.
Contudo, também as importações portuguesas estão a crescer de forma acelerada. Portugal registou o quarto maior crescimento, empatado com a Letónia. Comprou 34,1 mil milhões de euros em bens ao exterior, um aumento de 14% face ao primeiro semestre de 2016. A média da Zona Euro ficou-se por um crescimento de 11,6%.
Portugal entre os que mais exporta… e importa
Fonte: Eurostat
Tendo em conta os dados do Instituto Nacional de Estatística a subida das importações estão a refletir um aumento do consumo privado, mas também do investimento, que tem sido outro motor de crescimento da economia nacional.
Contas feitas, o saldo da balança de bens degradou-se, passando de um défice de cinco mil milhões de euros para os 6,3 mil milhões. Estes dados não estão corrigidos de sazonalidade e para ter uma imagem completa das trocas comerciais falta somar a balança de serviços — onde Portugal tem registado excedentes suficientes para equilibrar as contas.
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