Partido Socialista cita Sá Carneiro para criticar Cavaco
Os socialistas reagiram esta quarta-feira às críticas deixadas por Cavaco Silva na Universidade de Verão do PSD. "Falta de sentido de Estado", diz o PS sobre o discurso do ex-Presidente da República.
“Já dizia Sá Carneiro: ‘A política deve aspirar à essência da realização das pessoas'” — foi com esta frase que o Partido Socialista criticou as declarações de Cavaco Silva desta quarta-feira de manhã na Universidade de Verão dos sociais-democratas. O recurso à citação do histórico líder do PSD foi usado pela deputada Susana Amador, que acusou o ex-Presidente da República de ter feito um discurso “com gravidade” e “falta de sentido de Estado”. Em causa estão as frases sobre a política e a comunicação social.
Já dizia Sá Carneiro: ‘A política deve aspirar à essência da realização das pessoas’.
“Voltou à política e à atividade partidária com a mesma posição crítica de sempre em relação aos políticos — e aos jornalistas — como se não tivesse sido um dos políticos com mais tempo de funções no tempo da democracia“, criticou a deputada socialista, Susana Amador, a partir do Parlamento, esta quarta-feira de tarde, em declarações transmitidas pela RTP3. “Não estamos na vida política para a nossa realização individual ou vaidade pessoal. Estamos na vida política para a realização das pessoas”, acrescentou.
Esta manhã, sob o tema “Os jovens e a politica: quando a realidade tira o tapete à ideologia”, Cavaco Silva aproveitou a oportunidade para falar sobre o seu passado, referindo aos jovens do PSD que “ninguém deve esperar da política gratidão ou reconhecimento”. Num discurso longo, o ex-Presidente da República criticou também a comunicação social por veicular ‘fake news’ em Portugal.
“Consegui ser muito seletivo em termos de informação. Em relação aos chamados comentadores da TV e da rádio, que são muitas centenas, vocês chegam à conclusão dos que valem a pena e não esgotam os dedos de uma mão”, indicou o antigo Presidente, deixando um alerta: “Os objetivos de quem as [‘fake news’] fabrica são claros: influenciar a opinião público a seu favor ou a favor do seu grupo, ou denegrir a imagem dos seus adversários. Quanto à razão de quem aceita publicá-las, há duas hipóteses: ingenuamente acreditarem que são verdadeiras, ou então aceitam publicá-las para servir ou para agradar os seus fabricantes”.
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