Trás-os-Montes e Alto Douro e as barragens graníticas
Portugal foi, em 2015, o quarto país da União Europeia com maior incorporação de energias renováveis na produção de energia elétrica.
Até 2017, a espanhola Iberdrola já investiu mais de 500 milhões de euros no projeto hídrico do Tâmega. No total, a elétrica espanhola pretende investir mais de 1.500 milhões de euros até 2023 para construir três centrais hidroelétricas: Daivões, Gouvães e Alto Tâmega. Estas barragens fazem parte do plano lançado por José Sócrates em 2007. Depois de anos de impasse, o projeto arrancou definitivamente em 2014. O projeto prevê a criação de 13.500 postos de trabalho diretos e indiretos.
Na zona duriense existem, no rio Douro, as barragens de Bemposta, Miranda, Picote, Bagaúste – Régua, Valeira e do Pocinho. Em afluentes foram construídas barragens, sendo o primeiro aproveitamento hidroelétrico no rio Varosa em 1934, depois o de Vilar no rio Távora, e o do Torrão no rio Tâmega. Em março de 2017, entrou em funcionamento a central de Foz Tua. A bacia hidrográfica do rio Douro, no ano móvel de 2017, foi responsável por 49.5% da produção hídrica em Portugal.
Em termos hídricos, existem ainda na região do Alto Tâmega as barragens do Alto Rabagão, Frades, Paradela, Salamonde e Venda Nova, com uma potência instalada que ultrapassa os 445 megawatts. A sociedade Empreendimentos Hidroelétricos do Alto Tâmega e Barroso (EHATB) foi constituída em julho de 1989 pelas seis câmaras municipais que hoje constituem a CIM AT, com o objetivo de desenvolver atividades que tivessem por fim o aproveitamento de recursos naturais na Região do Alto Tâmega, designadamente a produção de energia com origem em recursos renováveis (em particular parques eólicos e aproveitamentos hidroelétricos).
A região do Douro e do Alto Tâmega tem, pelas suas características territoriais, excelentes condições para a promoção da energia eólica, atendendo, sobretudo, à média anual do vento, à orografia do território, tendo cerca de 50 projetos implantados.
Portugal foi, em 2015, o quarto país da União Europeia com maior incorporação de energias renováveis na produção de energia elétrica. Esta posição deve-se ao contributo das fontes hídrica e eólica (84% das FER). Os distritos de Viseu, Bragança e Vila Real representam grande parte desta produção de energia.
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