Muitos custos vão desaparecer na fatura com nova política de energia
"O que queremos é ter uma estratégia de aposta no desenvolvimento das energias renováveis", garante ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, disse hoje que “há muitos custos” que as pessoas encontram nas faturas de energia que vão desaparecer a prazo, com a “nova política” que o Governo está seguir para o setor.
“Há muitos custos que estão contratados, que vão continuar, são contratos feitos há alguns anos, mas progressivamente o que queremos é ter uma estratégia de aposta no desenvolvimento das energias renováveis“, adiantou o governante à Lusa, em Estremoz, no distrito de Évora.
Manuel Caldeira Cabral falava à Lusa durante uma visita à Central Solar de Montes Novos, em São Bento do Ameixial, no concelho de Estremoz, a primeira central a entrar em operação em regime de mercado, sem tarifas subsidiadas que onerem a fatura dos consumidores.
O ministro da Economia, que se fazia acompanhar pelo secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, acrescentou que “Portugal tem um enorme potencial”, em termos de energias renováveis, por ter “das melhores condições do mundo em termos de horas de sol e de intensidade do sol“.
“É um país que tem muita produtividade e que dá muita rentabilidade aos investidores de energia solar e não queremos que as energias renováveis continuem a ser um peso para os consumidores e para as empresas”, realçou.
"Há muitos custos que estão contratados, que vão continuar, são contratos feitos há alguns anos, mas progressivamente o que queremos é ter uma estratégia de aposta no desenvolvimento das energias renováveis.”
O governante indicou que dentro de quatro ou cinco anos a energia solar “vai ter um peso no fornecimento de energia, que hoje claramente não tem e que se vai multiplicar a produção de energia solar por dez, e isto vai ser feito com um potencial grande de redução de custos” para o consumidor.
“O que verificamos hoje é que a produção de energia a partir do solar já é mais barata e pode vir a tornar-se ainda mais barato produzir a partir de outras fontes de energias renováveis”, adiantou.
O ministro salientou ainda que há outros projetos de energia solar que estão em curso, sobretudo no Alentejo e no Algarve.
“O sul de Portugal e o Alentejo em particular foram consideradas das zonas do mundo com melhores condições para a produção do solar”, realçou.
O presidente da Câmara Municipal de Estremoz, Luís Mourinha, congratulou-se com os investimentos que estão a ser feitos no concelho na área da energia solar.
A Central Solar de Montes Novos vai entrar em funcionamento dentro de duas semanas, segundo fonte da empresa, e está previsto que a energia elétrica gerada possa abastecer cerca de 1.500 habitações.
Ainda no Alentejo, o ministro da Economia e o secretário de Estado da Energia têm previsto, para hoje à tarde, uma visita à Mina de Neves Corvo.
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