Governo aprova até ao fim deste ano novo programa para internacionalizar economia
O Governo quer aumentar a exportações nacionais e captar investimento direto estrangeiro. O programa inclui medidas em áreas como a qualificação de recursos humanos ou apoios para acesso aos mercados.
O Governo vai aprovar, até ao final deste ano, um programa para a internacionalização da economia portuguesa, documento que em outubro recolherá contributos das associações empresariais e que se pretende pôr em prática no início de 2018.
Este calendário foi apresentado aos jornalistas pelo secretário de Estado Eurico Brilhante Dias, no final de mais uma reunião do Conselho Estratégico para a Internacionalização da Economia Portuguesa, que se realizou em São Bento e que foi presidida pelo primeiro-ministro, António Costa.
De acordo com Eurico Brilhante Dias, durante a reunião, que durou cerca de duas horas e meia, o Governo apresentou às associações empresariais um documento de trabalho sobre o “Programa Internacionalizar”, com o qual se pretende articular os setores privado e público numa estratégia para aumentar as exportações nacionais e a captação de investimento direto estrangeiro.
“O documento base apresentado teve um acolhimento muito favorável por parte das associações empresariais. Entramos agora numa segunda fase em que, durante o mês de outubro, as associações empresariais darão os seus contributos para enriquecer o documento”, referiu o secretário de Estado para a Internacionalização.
Concluída a fase de recolha de contributos por parte do setor empresarial, segundo Eurico Brilhante Dias, será então levada a Conselho de Ministros, até ao final deste ano, a versão final do “Programa Internacionalizar”.
"Esperamos iniciar 2018 com um novo instrumento, tendo em vista proporcionar um salto qualitativo importante no que respeita à forma como o país é percebido no exterior e como se organiza ao nível da captação de investimento.”
“Esperamos iniciar 2018 com um novo instrumento, tendo em vista proporcionar um salto qualitativo importante no que respeita à forma como o país é percebido no exterior e como se organiza ao nível da captação de investimento”, declarou o secretário de Estado.
Eurico Brilhante Dias detalhou ainda que foram apresentadas 56 medidas concretas aos parceiros sociais e às associações empresariais.
“Apresentámos um conjunto de medidas em áreas como a inteligência competitiva, promoção da marca Portugal, captação de informação, qualificação de recursos humanos e do território, financiamento para a internacionalização e apoios para acesso aos mercados. Nesta reunião, o Governo avançou ainda com medidas para a eliminação de custos de contexto, em particular no que respeita ao objetivo de acabar com determinadas barreiras tarifárias”, apontou o dirigente socialista, referindo-se aqui a alguns entraves que se verificam às exportações de medicamentos e de bens agrícolas.
“Portugal partilha a sua pauta aduaneira no quadro da União Europeia, mas hoje há igualmente um conjunto de barreiras não tarifárias para esses dois setores em particular. No âmbito bilateral, o Governo português está fortemente empenhado em reduzi-las“, frisou o membro do executivo.
Em termos de metas económicas a médio prazo, o secretário de Estado para a Internacionalização afirmou que o Governo espera que a execução do programa “Internacionalizar” permita um aumento do peso das exportações no Produto Interno Bruto (PIB).
“Queremos principalmente que as exportações cresçam acima dos valores do aumento do PIB, que haja uma forte diversificação de mercados e que se registe progressivamente uma mudança da estrutura do investimento direto estrangeiro captado pelo país, que continua a ter um peso muito significativo ao nível dos serviços financeiros e dos seguros”, observou.
Nesta área do investimento direto estrangeiro, Eurico Brilhante Dias referiu que a estratégia pressupõe sobretudo um aumento da aposta na captação de capital externo dirigido à indústria transformadora.
“O Governo dá ainda um especial ênfase ao aumento do valor acrescentado nacional no conjunto das exportações do país. Temos de aumentar a componente nacional por cada euro que exportamos”, acrescentou.
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