Taxa de desemprego cai para 8,9% em julho
A taxa de desemprego recuou em julho para 8,9%, igualando o valor mais baixo desde novembro de 2008. Em reação, Governo destaca a queda do desemprego jovem.
A taxa de desemprego em julho caiu para 8,9%, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). O número fica abaixo do valor registado no mês anterior e também da estimativa provisória que já tinha sido avançada pelo INE. Para agosto antecipa-se uma manutenção da taxa de desemprego.
Os dados, ajustados de sazonalidade, revelam que a taxa de desemprego em julho recuou 0,2 pontos percentuais face ao mês anterior. Os dados definitivos revelam ainda uma revisão em baixa face aos dados provisórios avançados há um mês, quando o INE apontava para uma taxa de 9,1%.
Taxa de desemprego
Fonte: INE Nota: valores ajustados de sazonalidade; dado provisório para agosto
A população desempregada foi estimada em 459,6 mil pessoas em julho, menos 1,9% face a junho. Registam-se quebras tanto entre homens (-2,5%) como entre mulheres (-1,3%). Já o número de empregados avançou 0,5%, para 4,7 milhões de pessoas.
Os jovens continuam a ser um dos grupos mais afetados pelo desemprego, com a taxa a fixar-se nos 23%. Ainda assim, o número era mais expressivo em junho (23,7%).
O INE antecipa a manutenção da taxa de desemprego em agosto, mas os dados finais só serão conhecidos no próximo mês. A estimativa provisória aponta para um recuo mensal de 0,1% no número de empregados e para uma subida de 0,4% na população desempregada.
Governo destaca “melhoria muito consolidada dos indicadores do emprego”
Em reação aos números do desemprego divulgados esta sexta-feira pelo INE, o secretário de Estado do Emprego diz estar confiante na trajetória de recuperação do mercado de trabalho.
“Estamos a assistir a uma melhoria muito consolidada dos indicadores do emprego em linha com aqueles que são os resultados do crescimento económico, o que é sem dúvida o resultado de uma mudança muito grande na sociedade portuguesa do ponto de vista da confiança dos diferentes agentes”, lê-se no comunicado de Miguel Cabrita.
Não é só o emprego precário que tem crescido, também o emprego permanente tem crescido.
O Governo recorre à confiança para justificar a melhoria dos resultados. Miguel Cabrita destaca a descida do desemprego jovem que, há um ano, estava nos 27,1%, e agora situa-se nos 23%. Além disso, o secretário de Estado do Emprego assinala que “não é só o emprego precário que tem crescido, também o emprego permanente tem crescido”.
Notícia atualizada às 13:37 com a reação do Governo
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