Há dois novos secretários de Estado e uma secretaria de Estado da Proteção Civil
O Presidente da República deu luz verde aos nomes entregues por António Costa. Eduardo Cabrita tem dois novos secretários de Estado, assim como Pedro Siza Vieira.
Foram revelados os nomes dos novos dois secretários de Estado e dois que se mantêm, fruto das mudanças no Ministério da Administração Interna. A tomada de posse dos membros do Governo está marcada para este sábado às 9h30 no Palácio de Belém.
Eduardo Cabrita contará na sua equipa com Isabel Oneto como secretária de Estado adjunta e da Administração Interna — que se mantém assim, na prática, no cargo — e com Artur Tavares Neves como secretário de Estado da Proteção Civil, uma nova secretaria de Estado que é criada com esta remodelação. Esta era uma das recomendações dada pela Comissão Técnica Independente. Esta estrutura constava da organização de Governo anteriores como o de José Sócrates ou o de Passos Coelho.
Artur Tavares Neves foi de 2005 até 2017 presidente da câmara de Arouca, no distrito de Aveiro, eleito pelo Partido Socialista.
Já o novo ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, contará na sua equipa com Rosa Monteiro na secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade — que substitui Catarina Marcelino — e com Carlos Miguel como secretário de Estado das Autarquias Locais — que também se mantém. Segundo a Lusa, a pasta da Igualdade passou para a tutela da ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques. Já as autarquias passaram para a tutela da Administração Interna.
“O Presidente da República aceitou as propostas do Primeiro-Ministro, de nomeação dos seguintes Secretários de Estado”, lê-se na nota publicada no site da Presidência, com a seguinte lista:
- Doutora Rosa Filomena Brás Lopes Monteiro, Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade;
- Mestre Maria Isabel Solnado Porto Oneto, Secretária Estado Adjunta e da Administração Interna;
- Eng. José Artur Tavares Neves, Secretário de Estado da Proteção Civil;
- Dr. Carlos Manuel Soares Miguel, Secretário de Estado das Autarquias Locais.
“O Chefe de Estado tinha aceitado na passada quarta-feira as propostas do Primeiro-Ministro, de exoneração, a seu pedido, da Ministra da Administração Interna, Prof. Doutora Maria Constança Urbano de Sousa e de nomeação do Dr. Eduardo Arménio do Nascimento Cabrita para o cargo de Ministro da Administração Interna e do Dr. Pedro Siza Vieira para o cargo de Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro”, lê-se ainda na mesma nota publicada esta sexta-feira no site da Presidência.
Novo secretário de Estado da Proteção Civil diz ser honroso servir o Estado numa “situação complexa”
O secretário de Estado da Proteção Civil nomeado, José Artur Neves, defendeu que “estruturar uma força de proteção para as pessoas” é o desígnio “mais importante” neste momento, considerando “honroso” servir o Estado numa situação complexa. Contactado pela agência Lusa pouco depois de ter sido conhecido que o primeiro-ministro propôs ao Presidente da República a sua nomeação para o cargo de secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Tavares Neves prometeu “uma atitude positiva e de encarar os desafios com força, abnegação e determinação”.
“Era um momento em que não podia dizer que não, evidentemente. É um momento honroso para servir o Estado numa situação complicada, complexa”, admitiu, menos de uma semana depois do pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, que no domingo provocaram 44 mortos e cerca de 70 feridos.
Era um momento em que não podia dizer que não, evidentemente.
O futuro tutelar da nova pasta – que foi presidente da Câmara de Arouca entre 2005 a 2017 – destaca o seu “conhecimento de um espaço rural, imenso, com muitas aldeias isoladas, com muitas dificuldades de acesso”. “E um conhecimento claro do funcionamento das estruturas a nível local e da importância que elas têm para nos ajudar a estruturar uma força de proteção para as pessoas, fundamentalmente. No momento imediato teremos que encarar esse desígnio como o mais importante nesta altura, envolvendo autarcas”, sublinhou.
José Artur Neves garante ter “muita noção” e estar “perfeitamente consciente do trabalho que está pela frente” depois dos incêndios trágicos deste ano e da crise que atravessa o setor da Proteção Civil. “O desafio é procurar corresponder à confiança que estão em mim a depositar e espero transmitir isso ao país também. Seguramente que iremos ajudar a resolver os problemas e a transmitir confiança ao país”, insistiu.
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