Apple corta na precisão do reconhecimento facial do iPhone X para acelerar a produção
Após vários obstáculos à produção do novo iPhone e com a data de lançamento a aproximar-se, a Apple decidiu prescindir da qualidade do Face ID de forma a apressar o fabrico dos equipamentos.
A Apple tem vindo a passar por várias dificuldades na produção do seu novo smartphone topo de gama. De acordo com a Bloomberg, a tecnológica de Cupertino anunciou secretamente aos seus fornecedores para reduzir a precisão do Face ID, o sistema de reconhecimento facial do iPhone X, de forma a facilitar o seu fabrico e a impulsionar produção. O lançamento do equipamento está previsto para o próximo dia 3 de novembro.
O problema na produção do sensor reside no projetor de pontos para o reconhecimento da cara do utilizador. Já em setembro, o Wall Street Journal tinha noticiado as dificuldades na produção dos módulos que compõem tal componente. Mais tarde, a Apple perdeu a Finisar Corp enquanto fornecedora de lasers. A fragilidade das peças foi outro ponto a jogar contra a nova aposta da empresa de Tim Cook. A LG Innotek Co. e a Sharp Corp passaram por várias dificuldades em combinar a tecnologia a laser com lentes para fabricar os projetores de pontos, chegando a um ponto em que apenas 20% da produção das duas empresas podia ser efetivamente implantado nos smartphones.
Há cerca de um mês, o grupo Foxconn Technology dispensou cerca de 200 funcionários da linha de produção do iPhone X. Em causa estava a falta de componentes suficientes para a produção do smartphone, nomeadamente o sensor 3D para a tecnologia de reconhecimento facial.
Jony Ive, diretor de Design na Apple contou este mês à The New Yorker que o reconhecimento facial é uma tecnologia que tem feito parte dos planos da tecnológica há cinco anos. A partir do momento de aprovação de fabrico do iPhone X, os desafios começaram a surgir, nomeadamente com as exigências no tamanho do sensor e o facto da empresa não ter dado um tempo extra aos fornecedores para a produção do novo equipamento. “É um design agressivo e uma agenda bastante agressiva”, afirma fonte próxima à Bloomberg.
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