Sombra do urso assusta Wall Street e ações mundiais
Investidores americanos continuam atentos à novela em torno da reforma dos impostos que Trump pretende implementar nos EUA. Wall Street cede e analistas temem regresso do urso.
Na ausência de grandes catalisadores que impulsionem as ações, Wall Street abriu esta quinta-feira em terreno negativo, com os investidores ainda a avaliar todo o enquadramento em torno da reforma fiscal apresentada na semana passada pelos republicanos. Esta sexta-feira é o Dia do Veterano e os mercados obrigacionistas americanos vão estar encerrados.
No mercado acionista, o índice de referência mundial S&P 500 cai 0,5% para 2.581,65 pontos — desde a eleição de Donald Trump há um ano que este índice avança mais de 20%. Também o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones cedem 0,43% e 0,71%, respetivamente.
“Com o aumento dos receios em relação a possível adiamentos na reforma fiscal nos EUA, os ursos podem ser uma presença indesejada no mercado acionista, e consequentemente a expor as ações em todo o mundo a riscos de descida”, referiu Lukman Otunuga, analista da FXTM.
"Com o aumento dos receios em relação a possível adiamentos na reforma fiscal nos EUA, os ursos podem ser uma presença indesejada no mercado acionista, e consequentemente a expor as ações em todo o mundo a riscos de descida.”
“Os investidores devem também manter em atenção as tensões geopolíticas e o risco político, podem desencadear movimento de aversão ao risco”, acrescenta Lukman Otunuga.
No plano macroeconómico, os dados também não ajudam. De acordo com o Departamento do Trabalho norte-americano, o número de norte-americanos que pediram apoio social devido a situação de desemprego aumentou mais do que o esperado na última semana: os pedidos iniciais subiram em dez mil para um total de 239 mil pedidos.
Na Europa, o Cac-40 de Paris e o Dax-30 de Frankfurt cedem mais de 1% e lideram as quedas. O PSI-20, o principal índice português, está ligeiramente abaixo da linha de água, com uma queda de 0,01% para 5.329,91 pontos.
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