Dívida pública reforça almofada do fundo da Segurança Social
Com juros portugueses a bater mínimos, o fundo de reserva da Segurança Social vai ver a sua carteira de ativos valorizar-se em mais de dois mil milhões de euros por causa da aposta em dívida pública.
O fundo de reserva da Segurança Social deverá chegar ao final do próximo ano com uma carteira avaliada em mais de 16 mil milhões de euros, representando um saldo de dois mil milhões face a 2016. Esta valorização tem sobretudo a ver com aposta em dívida pública, depois de Vítor Gaspar, antigo ministro das Finanças, ter decidido investir fundos da Segurança Social em obrigações portuguesas para aliviar os efeitos da crise.
A carteira do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) chegará ao final deste ano com uma avaliação acima dos 15 mil milhões tendo em conta a rentabilidade e o peso da dívida pública no total dos ativos detidos pelo fundo, conta o Jornal de Negócios (acesso pago).
No próximo ano, este montante salta para um patamar bem acima dos 16 mil milhões, um reforço da posição financeira do fundo que é explicado pela valorização dos títulos de dívida pública nos últimos anos. Com os juros portugueses a bater mínimos, o valor das Obrigações do Tesouro valorizam e, consequentemente, engordam a carteira de ativos de um investidor, neste caso do fundo de reserva da Segurança Social.
Ainda assim, com cerca de 70% da carteira aplicada em títulos soberanos, o efeito positivo da descida das yields nos mercados tende a esgotar-se de forma gradual, o que condiciona por sua vez potenciais valorizações da carteira no futuro.
Por outro lado, há medidas previstas no Orçamento do Estado que dão também um contributo importante para o reforço do fundo, como a contribuição dos lucros das empresas (através do IRC) para financiar a Segurança Social.
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