Os vidros e porcelanas da Vista Alegre cumprem 30 anos na bolsa
Fundada em 1824, Vista Alegre completou esta segunda-feira 30 anos de vida na bolsa portuguesa, num percurso de resiliência que chega aos dias de hoje graças ao resgate da Visabeira, em 2009.
Os vidros e porcelanas da Vista Alegre Atlantis estão de parabéns. A empresa cumpre esta segunda-feira três décadas na bolsa de valores portuguesa, num percurso de resiliência no mercado de capitais mas que foi particularmente conturbado nos últimos anos. Se hoje vive momentos de estabilidade acionista, a Vista Alegre esteve em vias de desaparecer em 2009, um cenário que apenas foi evitado com o “resgate” do grupo Visabeira.
“É verdade que a Vista Alegre teve momentos áureos mas também passou por momentos mais complicados. Acumulava 64 milhões de euros de resultados negativos nos quatros anos anteriores ao controlo pela Visabeira”, lembrou Nuno Terras Marques, presidente da Vista Alegre, durante a cerimónia de celebração de 30 anos de existência no mercado de capitais organizada pelo Euronext Lisbon.
“Foi uma tarefa hercúlea na inversão dessa tendência. Com os ativos qualificados como os trabalhadores da Vista Alegre foi-nos permitido virar a pagina e iniciar novo capítulo na história. (…) A Vista Alegre está finalmente no bom caminho”, frisou ainda.
"Foi uma tarefa hercúlea na inversão dessa tendência. Com os ativos qualificados como os trabalhadores da Vista Alegre foi-nos permitido virar a pagina e iniciar novo capitulo na história. (…) A Vista Alegre está finalmente no bom caminho.”
Fundada em 1824 por José Ferreira Pinto Basto, na sequência da carta régia assinada pelo rei D. João VI, os últimos anos foram realmente dramáticos para uma das maiores empresas mundiais do setor dos vidros. Sobretudo em 2008 e 2009, quando o cenário de iminente falência da Vista Alegre apenas foi evitado com uma oferta pública de aquisição (OPA) da Visabeira.
Hoje em dia, o grupo detém mais de 81% do capital da Vista Alegre e poderá reforçar essa posição depois do aumento de capital de 29 milhões de euros que está em curso e que vai retirar protagonismo aos outros grandes acionistas, caso da Portugal Ventures (atualmente com 11%) e da Caixa Geral de Depósitos (4%).
No plano operacional, depois de quatro anos a fechar as contas no vermelho, a Vista Alegre voltou a vislumbrar lucros em 2016. Em 2017, os resultados deverão continuar a brilhar como os cristais com os quais trabalha: nos nove primeiros meses do ano, tem um lucro de 1,87 milhões de euros.
Durante a cerimónia, Nuno Terras Marques sublinhou o processo de inovação e internacionalização levado a cabo pela gestão da Visabeira. Mais de dois terços do negócio da Vista Alegre vem do exterior, com destaque para o mercado asiático e europeu, apresentando uma faturação de 41,5 milhões de euros.
“Em dois séculos de vida a Vista Alegre deixou de ser uma marca exclusivamente portuguesa. Hoje é frequente ver nos grandes hotéis e restaurantes europeus a marca Vista Alegre”, sublinhou o presidente da empresa, considerando que a empresa é um “grande ativo para o grupo Visabeira mas também para o país“.
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