Oi: Regulador das telecomunicações trava acordo proposto com credores
O regulador brasileiro considera que a implementação do acordo proposto com os credores vai contra os interesses da empresa.
O processo de reestruturação da Oi sofreu mais um revês. O regulador brasileiro das telecomunicações ordenou à Oi que não avance com o acordo firmado com os seus credores por considerar que este vai contra os interesses da empresa.
A proposta acordada pela administração da Oi prevê o pagamento de uma taxa aos detentores de dívida em troca da participação no aumento de capital da empresa de telecomunicações. Enquanto alguns credores apoiam este acordo, grandes grupos de obrigacionistas da empresa afirmaram que é improvável que a proposta ganhe uma ampla aceitação, tendo em conta que os atuais acionistas mantêm-se no controlo. De recordar que a Oi fez um pedido de proteção contra credores por um período de 17 meses, com uma dívida avaliada no equivalente a 16 mil milhões de euros.
De acordo com um documento divulgado esta terça-feira pela Anatel citado pela Bloomberg, o regulador brasileiro das telecomunicações diz que a Oi enfrentará sanções caso dê seguimento ao acordo ou algo que se aproxime. Num outro comunicado, a Oi disse que tinha de submeter o acordo ao tribunal de falência antes do dia 7 de dezembro, data em que os credores votam o plano de restruturação proposto. Já no comunicado da Anatel não terá ficado claro se o regulador iria bloquear essa votação.
O caminho do processo de reestruturação da participada brasileira da Pharol tem sido muito acidentado. Um dos últimos desenvolvimentos foi a demissão do seu CEO no final da semana passada. Após rumores que, na passada sexta-feira, davam como garantida a saída de Marco Schroeder dos comandos da empresa, a sua demissão foi confirmada pela própria empresa já no sábado.
Marco Schroeder terá entregue a sua carta de demissão após desavenças com o conselho de administração da empresa. Na carta de demissão, Schroeder citava a falta de consenso e mudanças recentes no conselho de administração. “As últimas reuniões do conselho deixaram clara a necessidade da minha saída”, lia-se na carta, citada pela imprensa brasileira.
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