Hospital de Cascais renova contrato com Lusíadas Saúde por mais dois anos
Atraso no concurso para uma nova parceria público-privada para gestão do Hospital de Cascais provocou prolongamento do contrato com Lusíadas Saúde por mais dois anos.
O contrato de gestão do Hospital de Cascais com o Lusíadas Saúde acaba de ser renovado por mais dois anos. O atraso no concurso para uma nova parceria público-privada (PPP), que deveria ser lançada até ao final deste ano, adiou para 2020 o fim da ligação com este grupo. De acordo com a presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), nos próximos 24 meses, o grupo de trabalho deverá assim definir o caderno de encargos, lançar o concurso público internacional e por fim um escolher novo gestor.
“Foi a partir do estudo da Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP), do Ministério das Finanças, que houve esta renovação por mais dois anos, para dar tempo a que a equipa prepare tudo o que devem ser as peças necessárias para a abertura do novo concurso“, explica Rosa Matos ao Público (acesso condicionado). Segundo a líder da ARSLVT, o trabalho está a ser feito por um grupo de trabalho com as Finanças, ARS, Administração Central do Sistema de Saúde, Ministério da Saúde.
Entretanto, até 2020, o Hospital de Cascais (a primeira PPP a terminar o contrato de gestão clínica) vai ganhar novas especialidades, como a oncologia, a infecciologia, a psiquiatria e a pedopsiquiatria. Além disso, a unidade irá alargar a área a que presta atendimento, recebendo mais 90 mil pessoas com a transferência de utentes que até agora pertenciam ao Hospital Amadora-Sintra. O número de consultas e cirurgias será igualmente revisto.
Uma PPP nunca vem só
Esta quarta-feira é lançado o concurso público internacional de parceria público-privada para a construção do Hospital de Lisboa Oriental, que ficará localizado em Chelas. Depois de ter ficado dez anos apenas no papel, o projeto arranca com um contrato cujo valor ronda os 415 milhões de euros, repartidos ao longo de 30 anos.
“Vai ser um hospital moderno, focado nas pessoas e organizado em prol dos doentes e não dos serviços”, explica Rosa Matos, ao mesmo jornal. A unidade terá 875 camas (80% destas em quartos individuais, o que permitirá um “maior controlo das infeções”) e 26 blocos operatórios.
A abertura do Hospital de Lisboa Oriental está prevista para o primeiro trimestre de 2021 e representará uma poupança ao Serviço Nacional de Saúde de 68 milhões de euros. Esta é a primeira vez que se faz, no continente, uma PPP só para construção — a gestão clínica vai ser pública.
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