Compras de Natal na loja ou online? Portugal ainda é conservador
Nove em cada dez consumidores portugueses admite que prefere fazer compras em lojas físicas, maioritariamente centros comerciais, na época festiva. Tendência europeia privilegia mais compras online.
Onde vai fazer as suas compras para o Natal deste ano? Se é português, uma análise divulgada pela Deloitte indica que provavelmente preferirá fazê-las em lojas físicas. De acordo com o Estudo de Natal 2017, quase nove em cada dez consumidores, em Portugal, dizem continuar a preferir fazer compras maioritariamente em centros comerciais.
No comércio digital, as palavras de ordem são, por outro lado, comparação e inspiração. Os consumidores confessam que usam a Internet para procurar ideias, obter conselhos e comparar preços para os presentes de Natal. Apesar de reconhecerem o valor dessa montra digital, os portugueses continuam a preferir deixar a maior parte dos 25 euros que pretendem investir em cada prenda, nas lojas físicas.
“Portugal continua a ser mais conservador na utilização do comércio eletrónico do que a generalidade dos países europeus“, concluiu o inquérito, que abrangeu dez países europeus. Embora em todos os países onde foram ouvidos consumidores as lojas físicas representem o canal de compra predominante, Portugal é o campeão desse campeonato, seguido pela Grécia, Holanda e Itália.
Outros países europeus são menos conservadores
“O recurso às lojas físicas mantém-se fortemente ancorado nos hábitos de consumo da população portuguesa. No entanto, a utilização de canais digitais desempenha um papel cada vez maior na jornada de compra“, explica Pedro Silva, parceiro da Deloitte, nas áreas do retalho e consumo, em comunicado. Neste sentido, o número de inquiridos que declarou nunca ter realizado compras online é menor este ano do que no ano passado, descendo de 16% em 2016 para 11% em 2017.
Portugueses são leais?
Se um produto não estivesse disponível na loja física onde habitualmente compra, o que faria? A esta questão do estudo, 28% dos portugueses responderam que procurariam o artigo em causa numa loja de outra cadeia. Outros (27%) recorreriam a outra loja da mesma cadeia ou pediriam ajuda de um funcionário. Já quando a indisponibilidade acontece numa loja online, a maioria dos clientes procuram numa loja física — apenas 7% tentam encontrar alternativas, no universo digital.
Em toda a Europa (incluindo em Portugal), as redes sociais são usadas maioritariamente para pesquisar ideias e produtos. A verificação de preços é outra das finalidades mais comuns.
O que quer receber?
E o que vão receber os portugueses neste Natal? Esperam receber chocolates (57%), livros (53%), roupa e calçado (53%), cosméticos e perfumes (47%), dinheiro em numerário (40%), alimentação e bebidas (30%), produtos de beleza e tratamentos (27%), acessórios (23%), CD (21%) e vales para restaurantes (17%).
O estudo da Deloitte demonstra que, no resto da Europa, os inquiridos pretendem oferecer essencialmente livros (excluindo os presentes de criança) e esperam receber chocolates e dinheiro.
Quanto ao calendário, perto de metade dos inquiridos (tanto em Portugal como no resto da Europa) tenciona comprar as prendas durante o mês de dezembro. Ao todo, as famílias portuguesas tencionam gastar uma média de 338 euros no Natal e Ano Novo este ano, menos 21 euros do que em 2016, ano em que estes gastos rondaram os 359 euros, segundo dados divulgados anteriormente pela Deloitte.
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