Eurogrupo. Mourinho Félix confortável por “substituir” Centeno
Secretário de Estados das Finanças diz-se confortável por representar Portugal, nas reuniões de ministros das Finanças da Zona Euro e considera que "não é nada de novo".
O secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, afirmou-se, esta terça-feira, confortável com o facto de passar a representar Portugal nas reuniões de ministros das Finanças da Zona Euro, que a partir de janeiro passam a ser presididas por Mário Centeno.
No final da reunião desta terça-feira dos ministros das Finanças da União Europeia (Conselho Ecofin), o secretário de Estado adjunto e das Finanças, questionado sobre o facto de passar a ser o principal representante da delegação de Portugal no Eurogrupo na sequência da eleição da véspera do ministro das Finanças português como presidente do fórum, garantiu que a experiência não será nova nem provoca “qualquer espécie de desconforto”.
“É um desafio que encaro com bastante vontade, como o desafio de assumir as funções que assumo hoje. Eu participo nas reuniões do Eurogrupo desde o início, enquanto alternante do ministro, e portanto, dada a configuração do Eurogrupo, sempre participei nas reuniões, portanto não é nada de novo do ponto de vista de conhecer essas reuniões”, apontou.
Mourinho Félix sublinhou o facto de também ser representante no comité económico e financeiro e no grupo de trabalho do Eurogrupo, estruturas onde são preparados “todos os temas” que vão a reunião do Eurogrupo.
“Portanto, é algo que encaro com entusiasmo, é um desafio, mas não é nada que me provoque qualquer espécie de desconforto, porque são temas que conheço perfeitamente e portanto não tenho nenhuma espécie de desconforto por assumir essa posição”, reforçou o secretário de Estado, que já substituiu Centeno em reuniões do Eurogrupo, incluindo aquela (em abril) na qual Portugal confrontou o ainda presidente Jeroen Dijsselbloem devido às suas polémicas declarações sobre os países do sul.
Questionado sobre se a eleição de Mário Centeno como sucessor de Dijsselbloem lhe deu “especial gozo” por ocorrer alguns meses após essa “confrontação”, o secretário de Estado das Finanças garantiu que lhe deu “especial gozo” mas não por esse motivo, até porque “a troca de palavras mais firmes com o senhor Dijsselbloem por causa de umas declarações particularmente infelizes que ele fez” colocou uma pedra sobre o assunto.
“Deu-me especial gozo a vitória do ministro Mário Centeno ontem (segunda-feira) por ser a vitória do ministro das Finanças de Portugal e sobretudo por ser uma vitória que é a vitória também de um povo que se levantou e que se pôs ao caminho e que saiu de uma crise profunda. Tudo isso é que me deu gozo”, declarou.
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