Grupo Vila Galé espera subir receitas em mais de 7% para 100 milhões de euros em Portugal este ano
O Grupo hoteleiro espera atingir 100 milhões de euros de receitas este ano em Portugal, mais cerca de 7% do que em 2016, avança o presidente da empresa Jorge Rebelo de Almeida.
O Grupo Vila Galé espera atingir 100 milhões de euros de receitas este ano em Portugal, mais cerca de 7% do que em 2016, disse o presidente da empresa, Jorge Rebelo de Almeida, à Lusa.
“Grosso modo, em 2017 crescemos quer na receita quer no resultado. Onde quase não crescemos foi na (taxa de) ocupação”, disse o responsável, acrescentando que o ano “acaba por ser positivo porque traduziu uma melhoria do preço médio”.
O grupo obteve um volume de negócios de 93,6 milhões de euros em Portugal durante 2016, mais 15% do que em igual período de 2015. A registarem-se 100 milhões de receitas em 2017, este valor representa um aumento de 7,5%”, dentro da expectativa de Jorge Rebelo de Almeida do grupo crescer entre “7% a 8% em Portugal”.
Para o próximo ano, Jorge Rebelo de Almeida mantém-se entusiasmado com a abertura das unidades hoteleiras já anunciadas: o Vila Galé Sintra, que “está a correr bem”, deverá abrir em 25 de abril, em Elvas mantém-se a data estimada de final de novembro, em Braga – hotel que “vai ficar lindo de morrer, muito completo e charmoso” – o objetivo é abrir no Santo António (em junho), para o hotel já estar “rodado para o São João, que é famoso em Braga”.
O hotel de Manteigas, que o Grupo ainda teve esperança de conseguir abrir em 2018, como “ainda não tem licença, o projeto ainda está em aprovação”, só deverá mesmo inaugurar em março ou abril de 2019.
Questionado ainda como decorrem as vendas no Vila Galé Sintra, Resort Hotel, Conference & Revival Spa, um projeto hoteleiro, mas também imobiliário com blocos de apartamentos, Jorge Rebelo de Almeida confirmou que foi iniciada a comercialização recentemente, que “há muita procura, mas nada fechado até ao momento”.
Já sobre a unidade hoteleira de Braga, o responsável explicou ainda que, apesar da sua construção, no complexo do antigo hospital de São Marcos, estar a “andar muitíssimo bem”, não vai ser inaugurado antes para não “prejudicar em Sintra”. É que há dificuldade de trabalhadores “cá em baixo” e se, eventualmente, o grupo constatar dificuldades para cumprir com Sintra (num terreno entre a Várzea de Sintra e Nafarros), transfere pessoal daquela obra para esta. “Para já não, mas já foi, por exemplo, o pessoal de Braga que acabou o Porto Ribeira”, exemplificou.
Este ano, em Portugal, a mais recente abertura do grupo foi o Vila Galé Porto Ribeira, em outubro, uma unidade dedicada à leitura e que Jorge Rebelo de Almeida diz que o “encanta”.
O responsável disse que neste pequeno hotel de charme de frente para o Douro, na zona ribeirinha do Porto, as vendas serão, “essencialmente, ‘online’, para clientes “muito diversificados, não de grandes operadores”.
Ainda sobre o Porto enquanto destino turístico, o responsável mostra-se preocupado com a escalada de preços atual na hotelaria.
“Espero que não se estrague nada [o aumento de turistas que tem registado] com os preços que se pedem no Porto (…). Hoje, penso que temos uma cidade com uma relação preço qualidade boa em Lisboa e o Porto tem riscos maiores, pois Lisboa tem outro histórico”, lembrou.
Brasil não é para fechar
Sobre o Brasil, a palavra de ordem tem sido inovar, com a abertura de novos restaurantes, alterações de menus para ‘gourmet’, criação de parques infantis e até salas de cinemas, para fidelizar o mercado, já que a atividade atravessa dificuldades.
“No Brasil, os ‘resorts’ estão bem, estão saudáveis, mas os hotéis de cidade [como o do Rio de Janeiro] estão fracos dada a conjuntura. Há menos negócios, menos atividade corporativa. O negócio está mais fraco e não está com grandes expectativas de melhoria”, afirmou, acrescentando que “os ‘resorts’ beneficiam do efeito contrário: as pessoas que iam para fora, por causa da desvalorização do real, têm optado por fazer férias no Brasil”.
Jorge Rebelo de Almeida diz que o grupo fez a aposta certa. “Os hotéis de cidade eram muito mais fortes, nós apostámos nos ‘resorts’ e hoje somos a principal rede de ‘resorts’ no Brasil e estes correm muito bem, porque os brasileiros [principal mercado das suas unidades naquele país] estão a ficar dentro de portas e temos ‘resorts’ mesmo muito bons”, afirmou.
Confrontado com a possibilidade de fecho, nomeadamente no Rio de Janeiro, como aconteceu já outros grupos, garante: “É para aguentar, claro. Não vamos fechar o hotel. É sofrer um bocadinho”.
O grupo Vila Galé é atualmente responsável pela gestão de 28 unidades hoteleiras: 21 em Portugal (Algarve, Beja, Évora, Oeiras, Cascais, Ericeira, Estoril, Lisboa, Coimbra, Porto, Douro e Madeira) e sete no Brasil (Rio de Janeiro, Fortaleza, Caucaia, Salvador, Guarajuba, Cabo de Santo Agostinho e Angra dos Reis), com um total de 6.410 quartos e 13.068 camas.
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