Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa rejeita novo horário
A comissão eleita pelos trabalhadores opõe-se à imposição da empresa de novas regras, incluindo horários e turnos, a partir de fevereiro. A comissão pede retoma do processo negocial.
A Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa, fábrica da Volkswagen em Palmela, é contra a decisão da administração de impor, fora de negociações, um novo modelo de trabalho que inclui turnos noturnos, laboração contínua e trabalho ao sábado. Após uma reunião esta tarde, a CT decidiu que o novo modelo contraria “a vontade expressa pela maioria dos trabalhadores”, que chumbaram dois pré-acordos que, considera a CT, eram mais favoráveis do que este modelo, que “rejeita por completo”.
A CT, liderada por Fernando Gonçalves, disse em comunicado obtido pelo Dinheiro Vivo e pelo Público que “deverá ser retomado o processo negocial”, começando com um plenário que foi convocado para dia 20, de maneira a ouvir as perspetivas dos trabalhadores. O plenário tem como objetivo “discutir a situação da empresa e exigência de nova negociação” e também a “apresentação do caderno reivindicativo” para o ano que vem.
No mesmo dia 20, o sindicato SITE-Sul, um dos que representa trabalhadores da Autoeuropa, vai reunir com a administração da empresa. O SITE-Sul já reuniu esta manhã com a administração, após a apresentação e divulgação do novo modelo de trabalho, e fez exigências para que o trabalho ao sábado seja apenas voluntário e para que as condições remuneratórias sejam melhoradas, entre outros. Ao ECO, o dirigente sindical Eduardo Florindo disse ver a possibilidade de um consenso com a empresa que resulte em melhores circunstâncias para os trabalhadores.
O horário imposto pela Autoeuropa inclui trabalho ao sábado, turnos de noite resultando em laboração contínua, e o compromisso de negociar um novo modelo de trabalho a implementar a partir de agosto, com uma nova equipa para ser integrada no trabalho de produção do automóvel da Volkswagen T-Roc.
A administração e a Comissão de Trabalhadores deverão ser recebidos esta sexta-feira no Ministério do Trabalho e da Segurança Social pelo ministro da tutela, Vieira da Silva, para facilitar as negociações e o diálogo.
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