Horizonte 2020 apoia mais dez empresas portuguesas
Poupar água, comunicar com drones, avaliar doentes, restabelecer pontes.... Um número sem fim de ideias que recebem agora um apoio de 50 mil euros para fazer um estudo de viabilidade. Saiba quais.
Um sensor que pode identificar os níveis de água de que os solos precisam a cada momento, que permita aos agricultores um controlo dos custos de produção, nomeadamente ao nível da água é uma das inovações introduzidas pela Agroop, uma das dez empresas portuguesas agora distinguida pelo Horizonte 2020.
A empresa de Óbidos, de Bruno Fonseca e Bruno Rodrigues, tem “um sistema integrado e inovador de sensores dos campos que constitui um instrumento para as produções agrícolas reduzirem os custos de produção e o desperdício de água”, explica a Comissão Europeia no comunicado em que anuncia as dez empresas portuguesas escolhidas para receber um apoio de 50 mil euros. “Esse valor vai permitir-nos continuar a desenvolver o nosso Stoock. Além disso irá também permitir-nos realizar um bom scale up study“, explica Bruno Fonseca, ao ECO.
Nesta primeira fase do Instrumento PME do Programa de Investigação Horizonte 2020, que contemplou mais 193 PME de 28 países, incluindo Portugal, foram atribuídos 9,65 milhões de euros.
A Agroop vai juntar estes 50 mil euros aos quase 700 mil que angariou através de duas campanhas de crowdfunding na Seedrs. Este apoio do Horizonte 2020 serve para financiar uma prova de conceito e um estudo de viabilidade. As empresas beneficiam ainda de três dias formação empresarial (coaching) e serviços gratuitos de aceleração empresarial.
“No espaço de três anos, esta Fase do Instrumento PME já financiou 75 Pequenas e Médias Empresas portuguesas inovadoras”, disse o comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação. Carlos Moedas sublinhou ainda que estes resultados devem incentivar “outras PME portuguesas a arriscarem e concorrerem a este instrumento que oferece grandes oportunidades. Com o apoio do Horizonte 2020, a UE ajuda as PME inovadoras, fundamentais para a criação de novos postos de trabalho, mais investimentos e maior crescimento económico em Portugal”.
Segundo a Comissão Europeia, as restantes empresas apoiadas são:
- A Cyblix de Marinhais que desenvolveu um sistema assistido por realidade aumentada para a gestão de infraestruturas de infraestruturas de serviços públicos.
- A Farmácia Saúde, da Figueira da Foz, com uma plataforma para avaliar a evolução clínica do doente face à medicação prescrita.
- A Meshporto, do Porto, cujo projeto permite aos clientes encomendar diretamente de casa ou das mesas de um restaurante diretamente a partir de um telefone.
- A Pavnext – Technological Pavements, de Coimbra, que concorreu ao apoio do Horizonte 2020 com um sistema de redução automática de velocidade para maior segurança rodoviária em cidades mais inteligentes.
- A Probe.ly – Soluções de Ciberssegurança, de Custóias, com uma aplicação Web que automatiza a procura de vulnerabilidades na Internet, reduzindo os custos deste serviço.
- A TWEVO, de Coimbra, que desenvolveu um modem sem fios para as comunicações de drones que permite uma conectividade em tempo real mais segura e a maior distância.
- A METAICG Innovation Consulting Group, de Castelo Branco, que concorreu com a tecnologia Sensei que permite otimizar o comércio a retalho com informações em tempo real sobre a atividade dos clientes.
- A BERD – PROJECTO, de Matosinhos, com um sistema telescópico de lançamento rápido para o restabelecimento de pontes.
- A Follow Inspiration, do Fundão, que criou um sistema robótico autónomo e auto dirigível para melhorar a mobilidade e a integração dos indivíduos, criando uma sociedade mais acessível e igual para todos.
Desde o lançamento do programa a 1 de janeiro de 2014, foram selecionadas 2.616 PME para financiamento ao abrigo da Fase 1 do Instrumento PME, 75 das quais portuguesas.
A próxima data-limite para candidaturas à Fase 1 do Instrumento PME é 8 de fevereiro de 2018.
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