Fernando Pinto diz que controlo de tráfego aéreo “tem de ser modernizado”
Líder executivo da TAP diz que não é fácil fazer com que o aeroporto de Lisboa acompanhe o ritmo de crescimento do tráfego aéreo, até porque está a "chegar ao limite".
A falta de espaço no aeroporto de Lisboa é um problema… mas não é o único que os transportes aéreos enfrentam, atualmente, em Portugal. “Existem também os aspetos relacionados com controlo de tráfego aéreo, que tem de ser modernizado”, sublinha o líder executivo da TAP. Em entrevista ao Dinheiro Vivo, Fernando Pinto realça que já há, nesse âmbito, um projeto em andamento e que é “muito importante” que seja rapidamente implementado. “Até porque vai viabilizar a extensão do aeroporto da capital“, reforça.
Segundo o gestor, a ida do ex-CEO da ANA, Jorge Ponce Leão, para a NAV deverá ser outro impulso no sentido da realização desse projeto. “Tenho a certeza que vai ajudar a viabilizar esse investimento o mais cedo possível”, confirma.
No último ano, a TAP cresceu 20% em número de passageiros transportados, o que exigiu algum investimento, nomeadamente no aluguer de mais aviões. Nesse quadro, Fernando Pinto deixa uma nota: “Sabemos que aumentar em 20% a capacidade de um aeroporto não é fácil se ele está a chegar ao limite”.
O líder da transportadora área portuguesa acrescenta também que, neste momento, a empresa é “três vezes maior do que era no ano 2000”, quando lá chegou com um mandato para a preparar para a passagem para o setor privado (que acabou por acontecer só em 2015). “Cresceu muito neste dois anos da privatização”, considera o gestor.
Fazemos um grande investimento em dar a conhecer Portugal.
Fernando Pinto comenta ainda que Portugal tem sentido um “crescimento muito importante das infraestruturas, hotéis, restauração e serviços ligados ao turismo e destaca o papel da TAP nessa tendência. “A verdade é que nós também influenciámos o crescimento do turismo em Portugal. Fazemos um grande investimento em dar a conhecer Portugal“, reforça. Ainda assim, não deixa de apontar alguns constrangimentos e garante que é preciso um “investimento forte”.
No próximo ano, a companhia área liderada por este gestor prevê crescer em torno de 8%, isto é, “a previsão é continuar a crescer, mas a um ritmo menor”.
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