Feedzai superou 130 milhões de dólares em contratos em 2016

  • ECO
  • 14 Março 2017

A startup portuguesa é líder no campo da inteligência artificial e conseguiu chegar ao fim do ano passado com contratos que somam mais de 130 milhões de dólares.

E vão 130 milhões. A startup portuguesa da área da inteligência artificial Feedzai concluiu o ano passado com uma soma em contratos que ascende aos 130 milhões e um crescimento de mais de 100% em relação a 2015. Quanto ao volume de vendas, o resultado também foi muito positivo: superaram a barreira dos 35 milhões de dólares.

A startup liderada por Nuno Sebastião tem integrado, nos últimos dois anos, a lista Tech Tour Growth 50, que destaca as empresas de maior potencial e crescimento na Europa. A área de trabalho da Feedzai é a inteligência artificial, com especial foco nos métodos de deteção de fraude de pagamentos com o objetivo de tornar o comércio mais seguro. A empresa colabora com algumas das maiores companhias do mundo de várias indústrias como a banca, telecomunicações, comércio e retalho.

Em 2016, o forte crescimento da Feedzai originou a necessidade de recrutamento de especialistas na área de Engenharia e Data Science. No final de 2016, já eram 150 colaboradores, ou seja, mais 70 que em 2015. Ainda assim, o número que Nuno Sebastião, CEO e co-fundador da empresa, tinha idealizado ainda não foi alcançado: “Em 2016 tínhamos como objetivo terminar o ano com 175 colaboradores, o que não foi possível porque simplesmente não encontrámos as pessoas certas para se juntarem à empresa. Acredito que os próximos anos serão de crescimento contínuo, mas sempre gerimos a empresa de forma ponderada e os timings certos têm-nos levado ao sucesso”.

À procura de engenheiros

“O recrutamento de talentos é um dos nossos grandes desafios em 2017, pois estamos à procura das pessoas certas que tenham a capacidade de se juntar à Feedzai para trabalhar com a mais recente tecnologia de Inteligência Artificial e Big Data. Competimos com as maiores empresas tecnológicas na busca deste talento, e orgulhamo-nos de contar com parte do top 1% de talentos na área de Data Science”, afirmou Nuno Sebastião.

Assim, a empresa quer juntar mais 200 profissionais à equipa ao longo dos próximos anos, para acompanhar a tendência da expansão global. E como a formação dos seus colaboradores também é um dos focos da empresa, ao longo deste ano a Feedzai vai investir cerca de 700 mil dólares em formação.

A ronda de financiamento, realizada em outubro de 2016 por parte da norte-americana Citi Ventures, teve como principal objetivo suportar a expansão das ofertas da empresa de Inteligência Artificial em novas geografias, como na Ásia-Pacífico. Os planos da empresa para o futuro passam pela abertura de novos escritórios nessa zona e também na Alemanha, que se juntarão aos já existentes em Lisboa, Porto, Coimbra, Londres Nova Iorque e San Mateo.

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BE propõe contingentes em projeto de lei para regular empresas como a Uber

  • Lusa
  • 14 Março 2017

A principal diferença na proposta do Bloco em relação ao projeto-lei n.º 50/XIII do Governo – que será discutida no parlamento na sexta-feira - prende-se com a fixação de contingentes pelos municípios

O Bloco de Esquerda vai avançar com um projeto de lei para regulamentar a atividade de transporte de passageiros em veículos descaracterizados, propondo a criação de contingentes para estas viaturas. A principal diferença na proposta do Bloco em relação ao projeto-lei n.º 50/XIII do Governo – que será discutida no parlamento na sexta-feira – prende-se com a fixação de contingentes pelos municípios e com uma periodicidade não inferior a cinco anos.

A iniciativa do Bloco de Esquerda (BE), disponível no ‘site’ da Assembleia da República, vai mais de encontro às reivindicações do setor do táxi, nomeadamente da Federação Portuguesa do Táxi e da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), que não abdicam da contingentação, não incluída na proposta governamental e sempre rejeitada pelo atual executivo.

Na sua exposição de motivos, o BE avança que são “bastante graves as consequências” de uma eventual aprovação da proposta de lei, sublinhando que esta “legaliza uma atividade semelhante à do táxi mas com uma regulação muito menos apertada, com consequências políticas e sociais indiscutíveis”.

Segundo o Bloco, a proposta do Governo acolhe ainda “a prática de preços de ‘dumping’” (prática comercial que consiste em vender produtos ou serviços a um preço muito baixo, durante certo período de tempo, para conquistar um mercado), legitimando um “regime jurídico de favor para um grupo específico de operadores”.

As propostas apresentadas pelo BE visam corrigir o “enviesamento político e jurídico da proposta do Governo, defendendo-se o princípio de uma regulação jurídica equitativa no exercício de uma atividade económica de raiz e perfil iguais”. Por isso, incluem um conjunto de artigos que levam a um “enquadramento legal equitativo do serviço de táxi regular e do serviço de transporte descaracterizado no que se refere a licenciamentos de atividade, de veículos e de motoristas”.

O Bloco defende a criação de um “novo domínio mercantil para a oferta do serviço público de transporte individual de passageiros, configurando, no essencial, uma operação de segmentação do mercado do táxi, passando este mercado, doravante, a ser constituído por uma componente de serviço regular – o do táxi tradicional – e uma outra componente de serviço em veículos descaracterizados a pedido, organizando-se a partir de plataformas eletrónicas próprias”.

A aprovação da proposta de lei do Governo sobre a regulamentação para a atividade de empresas como a Uber e a Cabify na próxima sexta-feira poderá estar comprometida, pois o PCP tem estado solidário com o setor do táxi, considerando que as “multinacionais não podem estar acima da lei”. No ano passado o PCP avançou com uma proposta de alteração legislativa de forma a combater mais eficazmente o serviço de transporte em táxi ilegal, que se traduziu, posteriormente num diploma publicado em Diário da República a 21 de novembro de 2016. Este diploma ‘aperta’ as coimas dos ilegais e inclui, pela primeira vez, os serviços prestados através de aplicações eletrónicas.

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Dia de Portugal entre o Porto e o Brasil

  • Lusa
  • 14 Março 2017

Marcelo Rebelo de Sousa estará no Porto a 9 e 10 de junho. Vai viajar ainda no dia 10 para o Brasil, regressando a Lisboa no dia 12 de junho.

As comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas celebram-se este ano no Porto e no Brasil, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, informa hoje o Diário da República.

De acordo com o despacho publicado em Diário da República, é designado “o Porto como sede das comemorações, em 2017, do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, estendendo-se as celebrações às comunidades portuguesas no Rio de Janeiro e em São Paulo“.

Fonte da Presidência da República adiantou à Lusa que em 9 e 10 de junho as comemorações decorrem no Porto, devendo Marcelo Rebelo de Sousa viajar ainda no dia 10 para o Brasil, regressando a Lisboa no dia 12 de junho. O primeiro-ministro, António Costa, também estará presente nas comemorações no Porto e no Brasil.

O mesmo despacho publicado em Diário da República estabelece que a organização das comemorações é presidida pelo professor e investigador Manuel Sobrinho Simões.

Integra também “o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Artur Neves Pina Monteiro, o Chefe do Protocolo do Estado, Embaixador António Almeida Lima, e o Secretário-Geral da Presidência da República, Dr. Arnaldo Pereira Coutinho”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prometeu em 22 de setembro do ano passado, em Newark, nos Estados Unidos da América, que iria estar com o primeiro-ministro fora do país a comemorar o 10 de Junho junto das comunidades portuguesas “ano após ano”.

Inicialmente, o chefe de Estado tinha anunciado a intenção de celebrar o Dia de Portugal fora do país de dois em dois anos.

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Tranquilidade vende os 80 imóveis do seu portefólio a imobiliária internacional

  • ECO
  • 14 Março 2017

Estão em causa um total de 80 espaços, entre os quais escritórios, habitação, lojas e ativos de turismo, distribuídos por todo o país mas com elevada concentração em Lisboa e Porto.

É considerada uma das maiores transações imobiliárias de sempre em Portugal: a Tranquilidade vendeu a totalidade do seu portefólio, mais de 80 imóveis.

O portefólio foi comprado por um consórcio de investidores institucionais e, o negócio, mediado pela imobiliária internacional CBRE. Os compradores vão gerir, reabilitar e promover o conjunto de imóveis de escritórios, habitação, lojas e ativos de turismo, distribuídos por todo o país mas com elevada concentração em Lisboa e Porto. Nem o valor do negócio nem os compradores são conhecidos.

Para Nuno Nunes, diretor de Investimento da CBRE, “esta é a maior transação de sempre realizada pela CBRE em termos de imóveis transacionados numa só operação e uma das maiores a nível nacional.”

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Vice-governadora do Banco de Inglaterra demite-se com dúvidas sobre idoneidade

  • ECO
  • 14 Março 2017

Charlotte Hogg apresentou a sua demissão do banco central britânico depois de os deputados terem questionado a sua idoneidade para um cargo para o qual havia sido promovida há duas semanas.

Charlotte Hogg apresentou a sua demissão como vice-governadora do Banco de Inglaterra, depois de um comité de deputados ter questionado a sua idoneidade para exercer funções num cargo para o qual havia sido promovida há apenas duas semanas.

Hogg anunciou a sua renúncia 25 minutos depois de esta comissão ter publicado um relatório bastante sensível na sequência da falta de transparência quanto ao facto de o seu irmão trabalhar no Barclays — que é regulado pelo Banco de Inglaterra.

Na opinião dos deputados, “a competência profissional de Hogg está aquém dos padrões muito elevados para cumprir as responsabilidade adicional do vice-governador para os mercados e banca”.

Embora a comité se apresente apenas com um papel consultivo, a posição dos deputados quanto ao perfil de Hogg foi o suficiente para esta se demitir da posição número dois do banco central britânico, onde havia entrado em 2013 como diretora de operações.

Os problemas de Hogg começaram quando foi ouvida no mesmo comité no mês passado, depois de ter revelado que informou o Banco de Inglaterra que o seu irmão Quintin Hogg era funcionário do Barclays.

Depois da audição, o comité concluiu que tinha o perfil adequado para desempenhar as funções de vice-governadora. No entanto, dias depois, Charlotte Hogg foi forçada a declarar perante os deputados que não tinha apresentado essa informação familiar junto do banco central — violando o código de conduto que a própria ajudou a elaborar quando se juntou à instituição em 2013.

“No seu relatório de 2 de março, o comité concluiu que Charlotte Hogg tinha a competência profissional necessária para preencher o cargo de vice-governadora para os mercados e banca. Se tivesse sabido o que foi divulgado desde então, teria tomado uma visão diferente”, consideram os deputados.

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Kellyanne Conway e o estranho caso dos micro-ondas espiões

  • Juliana Nogueira Santos
  • 14 Março 2017

A conselheira de Donald Trump afirmou em entrevista que Barack Obama terá utilizado diversos métodos de vigilância na Trump Tower, incluindo... micro-ondas.

As técnicas de espionagem estão cada vez mais evoluídas. Depois da Wikileaks ter divulgado que a CIA poderá utilizar as SmartTV da Samsung para vigiar os cidadãos americanos, Kellyanne Conway, conselheira do presidente Donald Trump, avançou na classe de eletrodomésticos, afirmando que a vigilância já se estende aos micro-ondas e que poderá ter sido utilizada contra Trump.

“Há muitas maneiras de nos vigiarmos uns aos outros, infelizmente. Saiu um artigo esta semana que falava de como se pode vigiar alguém através dos telemóveis, das televisões, um grande número de maneiras diferentes. Micro-ondas que se transformam em câmaras, etc”, afirmou Kellyanne numa entrevista ao jornal North Jersey. A pergunta? Se achava que Barack Obama teria espiado a campanha presidencial de Trump.

Recorde-se que, na passada semana, o presidente Donald Trump tweetou que o seu antecessor teria abusado do seu poder e colocado escutas na Trump Tower durante a sua campanha. Mais tarde afirmou que apostava que um bom advogado conseguiria provar as escutas.

Barack Obama negou tais acusações e o caso avançou para o Congresso, onde este assunto foi incluído na investigação acerca da influência russa nas passadas eleições, a decorrer atualmente.

Kellyanne respondeu à notícia no dia seguinte, argumentando que a afirmação foi tirada do seu contexto e que, na verdade, não estava a falar especificamente do método utilizado para vigiar Trump, mas sim dos diversos métodos que são utilizados no geral. A conselheira continuou, reiterando que não estaria na posição “de ter provas”, porque “é por isso que está a decorrer uma investigação”.

"Não sou o Inspetor Gadget. Não acredito que as pessoas tenham utilizado micro-ondas para espiar a campanha de Trump.”

Kellyanne Conway

Em entrevista à CNN

Como seria de esperar, a Internet começou a reagir ao caso dos micro-ondas que vigiam e os memes escorreram pelos feeds.

 

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Casas: Preços crescem 5,6% no final de 2016

Há 18 meses que os preços das casas sobem quase ininterruptamente, apoiados no crescimento da procura. A mesma procura deverá continuar a apoiar o aumento dos preços.

O setor imobiliário continua a dar passos firmes no sentido da recuperação. No final do ano passado, o preço das casas voltou a aumentar em Portugal, mostram dados do Confidencial Imobiliário. As perspetivas apontam para a continuação da subida dos preços este ano.

De acordo com o Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário, o preço das casas em Portugal Continental registou, em dezembro, uma valorização homóloga de 5,6%. Foi dado assim seguimento a uma tendência de subida que se observa quase ininterrupta há 18 meses, de acordo com este indicador, apesar de o aumento registado no último mês do ano significar um ligeiro abrandamento face aos dados mais recentes. O aumento de preços observado no último mês do ano passado, fica aquém da subida de 7,5% registada no terceiro trimestre de 2016, naquele que foi o crescimento homólogo mais elevado dos últimos 15 anos.

Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, explica que “o índice de preços da Confidencial Imobiliário é calculado com base em vendas efetivas, traduzindo a realidade do mercado”, acrescentando que “os resultados mostram que o crescimento dos preços se mantém robusto, sendo uma tendência já consolidada”, sendo que os preços sobem de forma quase ininterrupta há 18 meses em resultado do aumento da procura.

“O que observamos é um alinhamento cada vez maior entre o desempenho efetivo do mercado e as perspetivas que nos são transmitidas pelos operadores que nele atuam, os quais estimam em torno dos 4% a valorização média anual dos preços das casas em Portugal”, refere ainda Ricardo Guimarães.

Os inquiridos no mais recente inquérito mensal produzido pela Confidencial Imobiliário e pelo RICS – o Portuguese Housing Market Survey, de janeiro -, apontaram para um aumento de cerca de 4% no preço das casas nos próximos 12 meses, um patamar que também já havia sido estimado para 2016. O mesmo documento mostra ainda que a dinâmica da procura continua a superar a entrada de casas em oferta, pelo que a pressão de subida do preço das casas deverá manter-se.

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Associação mostra contas sem prejuízos do Montepio

A Associação do Montepio fechou o último ano com resultados positivos, mas numa base individual. A ausência de imparidades puxou pelas contas, mas para o saldo final faltam os prejuízos do banco.

A Associação Mutualista do Montepio Geral encerrou o último exercício com um resultado positivo. Depois de prejuízos de mais de 390 milhões de euros em 2015, ficou acima da linha de água, mas apenas numa base individual. Nas contas consolidadas, que irão refletir os resultados do banco liderado por Félix Morgado, o resultado deverá ser negativo.

Assistiu-se a um “significativo aumento do resultado líquido do exercício, que se fixou em 7,4 milhões de euros, o que compara com 393,1 milhões de euros negativos, em 2015“, refere a associação em comunicado com a sinopse dos resultados de 2016. No ano anterior, a associação tinha reconhecido nas contas imparidades avultadas com o banco, algo que não aconteceu em 2016.

Este resultado positivo é, contudo, apenas uma parte da história das contas da Associação Mutualista Montepio Geral. É que os números apresentados são numa base individual, ou seja, são apenas referentes à própria associação, não refletindo as contas nem do banco, o Montepio, nem da seguradora. Ao ECO, Eugénio Rosa, vogal do Conselho Geral e de Supervisão da Caixa Económica Montepio Geral, explicou que estes resultados deverão passar a prejuízos quando forem consolidados.

Há que somar os resultados da Caixa Económica e os da Lusitânia Seguros não vida, frisou, lembrando que o banco registou “prejuízos de cerca de 67 milhões de euros no primeiro semestre” de 2016 e que as contas da Lusitânia Seguros não vida também estão no vermelho. O relatório e contas do Montepio referente ao terceiro trimestre confirma que nos primeiros nove meses do ano passado os prejuízos se mantiveram em torno de 67,5 milhões de euros.

Capitais próprios em queda

A associação revela que apesar da melhoria nas contas individuais, os capitais próprios continuam em queda. Depois de terem afundado de 682,2 milhões de euros em 2014 para apenas 207,7 milhões no ano seguinte, voltaram a encolher no ano passado. Segundo a informação enviada pela associação, no final de 2016 os capitais próprios estavam em 188,45 milhões, ou seja, uma quebra de 9,2% em termos homólogos.

"É de esperar uma degradação dos capitais da Associação Mutualista em 2016.”

Eugénio Rosa

Vogal do Conselho Geral e de Supervisão da Caixa Económica Montepio Geral

“A evolução dos capitais próprios, em 2016, teve subjacente a incorporação, nas rubricas de fundos próprios e de reservas, dos resultados líquidos negativos do ano anterior, motivados, essencialmente, pela constituição de imparidades para as participações financeiras no capital da Caixa Económica e da Montepio Seguros, SGPS“, refere a associação.

Mas estes capitais só são positivos nesta base individual. A Associação Mutualista Montepio Geral fechou 2015 com um buraco nas contas de 107 milhões de euros em termos consolidados. O alerta foi dado pelo auditor do banco, a KPMG, num documento citado pelo Público anexo às contas consolidadas da associação, que vão ser discutidas esta terça-feira. E “é de esperar uma degradação dos capitais da Associação Mutualista em 2016”, adiantou Eugénio Rosa.

Mutualistas. Cobertura para tudo

Mesmo com a quebra dos capitais próprios, a associação garante que tem a solidez financeira para fazer face às responsabilidades, nomeadamente perante os mutualistas. Ainda assim, houve uma quebra no rácio de cobertura que passou de 1,17 para 1,052, em ambos os casos cobrindo a totalidade das responsabilidades.

“O indicador de cobertura de responsabilidades pelos fundos, reservas e provisões matemáticas constituídas, embora tenha registado uma redução em 2016, por efeito da incorporação dos resultados negativos de 2015, mantém-se superior a 1, continuando a refletir a capacidade da Associação Mutualista honrar os seus compromissos“, nota.

A associação conta com 632.477 associados, um número ligeiramente inferior aos registados no final de 2015. “A base associativa evidenciou uma evolução diferenciada ao longo de 2016, tendo-se verificado uma retoma do crescimento do número de associados na segunda metade do ano“, remata.

(Notícia atualizada às 11h42 com mais informações)

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Francesa Engie quer comprar alemã Innogy

Do lado alemã, há disponibilidade para vender negócio da energia limpa. Innogy está avaliada em mais de 18 mil milhões de euros.

A francesa Engie NGIBD 0,00% está a ponderar avançar para a compra da unidade de energias renováveis da alemã RWE, a Innogy, que está avaliada em 18,6 mil milhões de euros. Do lado alemão, há disponibilidade para vender parte da posição na Innogy, mas garantindo sempre a maioria do capital.

De acordo com a agência Bloomberg, citando fontes próximas do processo, as discussões entre as partes ainda estão numa fase inicial e, como tal, podem não resultar numa proposta. Os responsáveis da Engie estão ainda em processo de consulta e ainda não têm qualquer conclusão sobre se avançam ou não.

A RWE detém 77% da Innogy, depois da separação da unidade de energia renováveis no final do ano passado. Em comunicado, os responsáveis da elétrica alemã adiantaram que “podem, em princípio, vender ações da Inngoy e, nesse sentido, reduzir a sua posição para 51%”.

O Governo francês detém uma posição de 29% na Engie, mas está de saída da empresa de energia limpa. Em janeiro, voltou a reduzir a sua participação depois da alienação de 4,1% da empresa.

Ações da Engie sem energia

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Parlamento abre a porta ao Brexit… e a libra cai

A moeda recua para mínimos de janeiro, depois de o Parlamento britânico ter aprovado a lei que permite a Theresa May dar o pontapé de saída às negociações para a saída do Reino Unido da UE.

A libra estrelina está a ser uma das principais vítimas do mercado cambial na sessão desta terça-feira. A divisa britânica recua face às principais pares, depois de o Parlamento britânico ter aberto a porta ao arranque das negociações para o Brexit.

Nesta segunda-feira, a libra desliza 0,74%, para os 1,2129 dólares, com os investidores a preferirem desfazer-se da divisa britânica, depois de o Parlamento britânico ter aprovado a lei que permite à primeira-ministra britânica iniciar o processo de discussão que ditará a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). A aprovação da lei aconteceu na noite desta segunda-feira, faltando agora a sua apresentação à rainha Isabel II para ratificação, entrando imediatamente em vigor.

A partir desse momento, Theresa May poderá ativar o artigo 50º do Tratado da União Europeia, que determina o desejo de saída da UE, dando seguimento ao resultado do referendo realizado a 23 de junho de 2016. O Governo não revelou a data precisa da notificação, mantendo contudo que esta acontecerá até ao final do mês de março.

Libra em queda

Fonte: Bloomberg

A libra tem sido uma das principais vítimas do resultado do referendo britânico, acumulando desde a data da sua realização uma desvalorização de 19% face ao dólar. “Agora que o Parlamento abriu claramente o caminho para que Theresa May acione o artigo 50, há uma clara noção no mercado de que o Governo do Reino Unido está a preparar-se para potencialmente dificultar as negociações com a União Europeia no que respeita ao Brexit”, afirmou Jane Foley, estratega do mercado cambial da Rabobank. “Isto poderá lançar uma nova ronda de incerteza acerca da futura relação com a UE, o que poderá ser penalizador para a confiança dos investidores. A libra está a reagir a isso”, acrescentou o mesmo especialista para justificar a perda de valor da moeda britânica nesta terça-feira.

A desvalorização de hoje coloca a divisa britânica no patamar mais baixo desde 17 de janeiro deste ano, dia em que Theresa May delineou o seu plano para o Brexit, onde seria dada prioridade à reconquista do controlo das leis de imigração à custa da perda de acesso ao mercado único. Ou seja, bem próximo de mínimos de mais de três décadas.

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Inflação na Alemanha em fevereiro acima de 2% pela primeira vez desde 2012

  • Lusa
  • 14 Março 2017

Agência federal alemã confirmou a taxa de inflação homóloga no país, superior a 2% pela primeira vez em quatro anos e meio.

A agência federal de estatística alemã confirmou hoje que a taxa de inflação homóloga na Alemanha em fevereiro atingiu 2,2%, superior a 2% pela primeira vez nos últimos quatro anos e meio.

No início do mês, o organismo tinha anunciado uma estimativa de 2,2% para a taxa de inflação na Alemanha em fevereiro, face ao mesmo mês de 2016.

O principal fator para a subida dos preços na Alemanha em fevereiro foi o aumento de 7,2% dos preços da energia.

Excluindo os preços da energia, a inflação na Alemanha foi de 1,7% em fevereiro face ao mesmo mês de 2016.

Confiança em alta

A confiança dos investidores alemães recuperou ligeiramente em março, depois da descida registada em fevereiro, de acordo com o relatório do instituto ZEW hoje divulgado.

Segundo o instituto alemão, a confiança dos investidores permanece, no entanto, abaixo das expectativas, dada a persistência da incerteza política.

O barómetro mensal do instituto ZEW subiu 2,4 pontos em março, face a fevereiro, até aos 12,8 pontos.

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É todo um novo XC60

O XC60 já estava a precisar de uma atualização, mas a Volvo fez mais do que isso. Lançou todo um novo modelo, aproximando-o do desenho do topo de gama. Chega no verão.

Os SUV são um sucesso de vendas. E é cada vez maior a concorrência neste segmento, especialmente no que respeita aos modelos de marcas premium. A Volvo não quer ficar para trás, por isso apresentou em Genebra, na Suíça, todo um novo XC60 que vai buscar muitas das suas características à gama 90.

Este novo modelo vem substituir o Volvo XC60 original, automóvel que, nove anos após o seu lançamento, “se tornou o SUV premium de média dimensão mais vendido na Europa“, refere marca. A fasquia era, por isso, elevada, daí que a fabricante se tenha esmerado por apresentar um substituto à altura.

O XC60 mantém a linha do antecessor, mas o desenho foi totalmente revisto, colocando o SUV de média dimensão mais próximo da imagem dos modelos de gama superior da marca. Exemplo disso é a secção dianteira onde além da grelha de grandes dimensões se destacam as óticas “Martelo de Thor”.

Mas não é só o estilo que é herdado da gama 90. Os motores também são os mesmos. “O novo XC60 terá várias motorizações disponíveis. Teremos o motor diesel D4 de 190 cv e o D5 de 235 cv com a tecnologia PowerPulse incorporada. Teremos também opções a gasolina T5 de 254 cv e T6, que proporcionará 320 cv”, diz Henrik Green, vice-presidente de produto da Volvo.

O novo XC60, que chegará ao mercado nacional em julho, será alimentado também por um potente híbrido. A Volvo irá disponibilizar a motorização plug-in hybrid T8 Twin Engine a gasolina com 407 cv para o modelo topo de gama. A marca anuncia uma aceleração de apenas 5,3 segundos dos 0 aos 100 km/h para… um SUV.

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