Gestamp prepara maior entrada em bolsa do ano na Europa

Gestamp, que produz componentes para automóveis e tem três fábricas em Portugal, prepara entrada em bolsa no próximo trimestre, numa operação que deverá ser a maior deste ano na Europa.

A fabricante de componentes para automóveis espanhola Gestamp está a preparar aquela que vai ser a maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) no mercado europeu esta ano.

Detido pela família Riberas, a intenção da Gestamp é dispersar pelo menos 25% do capital nas bolsas de Madrid, Barcelona, Bilbau e Valência, segundo adianta o Financial Times (conteúdo em inglês/acesso pago) numa operação que deverá ocorrer no segundo trimestre. Ao que tudo indica, a operação deverá dar uma avaliação de 3,7 mil milhões de euros à Gestamp.

De acordo com os dados da Dealogic, a oferta deverá representar o maior IPO deste ano até ao momento, tanto em termos de capitalização bolsista como em montante levantado no mercado.

A Gestamp é uma fábrica que produz componentes para automóveis, desde carroçarias até dobradiças de portas, sendo fornecedora de fabricantes automóveis como a Volkswagen e a Renault. Em Portugal, a empresa tem três fábrica: Viana do Castelo, Aveiro e Vendas Novas.

Registou lucros antes de impostos de 348 milhões no último ano, uma subida de 37,7% face ao ano anterior, enquanto as receitas subiram 7,3% para 7,5 mil milhões de euros.

O negócio era totalmente detido pela família Riberas até ao ano passado, quando decidiu vender 12,5% à japonesa Mitsui por 416 milhões de euros, avaliando a empresa em 3,3 mil milhões de euros.

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Exportações de bens crescem menos do que importações em janeiro

Em 2016, as exportações tiveram o pior registo em sete anos. As importações cresceram 1,2% face a 0,9% das exportações, tendência que continua a verificar-se no primeiro mês de 2017.

A balança comercial, no que toca aos bens, continua a degradar-se. Depois de uma trajetória negativa em 2016, janeiro de 2017 não trouxe melhores notícias: o défice aumentou 252 milhões de euros, em comparação homóloga. As exportações de bens cresceram 19,6%, mas foram ultrapassadas pelas importações de bens que aumentaram 22,3%.

“Em janeiro de 2017, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de, respetivamente, +19,6% e +22,3% (+12,0% e +13,0% em dezembro de 2016, pela mesma ordem)”, explica o Instituto Nacional de Estatística no destaque divulgado esta segunda-feira, referindo que “o défice da balança comercial de bens situou-se em 941 milhões de euros em janeiro de 2017, representando um aumento de 252 milhões de euros face ao mês homólogo de 2016”.

Se excluirmos o efeito dos combustíveis e lubrificantes — um dos bens mais voláteis, principalmente no último ano — “as exportações cresceram 17,1% e as importações 14,6%”, refere o INE. No ano passado, em janeiro, o petróleo estava mais barato do que este ano, dada a recuperação do preço do barril no final de 2016 para lá dos 50 dólares por unidade. Neste cenário, o défice comercial foi de 535 milhões de euros, o “que corresponde a uma redução de cinco milhões de euros em relação ao mesmo mês de 2016”.

O INE nota, no entanto, uma diferença entre o primeiro mês de 2016 e 2017: “Esta evolução deve-se, parcialmente, à diferença no número de dias úteis no período de referência: janeiro de 2017 registou mais 2 dias úteis do que os meses anterior e homólogo de 2016”. Ambos os resultados do comércio internacional de bens foram os maiores aumentos dos últimos dois anos, pelo menos. As principais evoluções, quer do lado das exportações (33%) quer das importações (41,3%), verificou-se no comércio fora da União Europeia.

Quanto à evolução dos bens que justificam esta trajetória das trocas comerciais portuguesas, o INE explica que, “em janeiro de 2017, as exportações de bens de todas as grandes categorias económicas aumentaram face ao mês homólogo de 2016”. Houve, no entanto, destaque para os acréscimos registados nos fornecimentos industriais (15,9%), material de transporte e acessórios (25,1%) e combustíveis e lubrificantes (59,7%). Os combustíveis foram também o motor das importações, aumentando 106%, “justificado sobretudo pela importação de óleos brutos de petróleo”, refere o INE.

INE regista perda de termos de troca

Esta é a taxa de variação do preço relativo das exportações em termos das importações. No terceiro trimestre de 2016 a tendência mudou dada a evolução positiva do preço dos combustíveis: pela primeira vez em mais de dois anos, os preços das exportações estão a cair mais, em comparação homóloga, do que os preços das importações. No quarto trimestre “o índice de valor unitário das importações apresentou, pela primeira vez desde o 1º trimestre de 2014, uma taxa de variação homóloga positiva”, explica o INE.

Em última análise, isto significa que Portugal está a perder a vantagem face ao externo relativamente às trocas comerciais de bens. Estes dados divulgados esta segunda-feira com o destaque do comércio interacional de bens tem como base as “estatísticas relativas a dezembro de 2016, divulgadas a 40 dias (9 de fevereiro de 2017)”. “A perda de termos de troca (preço relativo das exportações em termos das importações) registada no 3º trimestre de 2016, acentuou-se no 4º trimestre“, conclui o Instituto Nacional de Estatística.

“Quando os termos de troca são positivos, significa que o preço dos bens exportados é superior ao dos importados e quando são negativos, o preço dos bens importados é superior ao dos bens exportados”, esclareceu o INE ao ECO, em declarações em janeiro. Os índices calculados traduzem variações relativamente ao mesmo trimestre do ano anterior. Além disso, o INE acrescenta que “é importante referir que, tratando-se de índices de valores unitários e não de índices de preços efetivos, a sua variação reflete, além da variação de preços, efeitos da alteração da composição e de qualidade dos bens considerados”.

(Notícia atualizada às 11h53)

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Centeno: “Agências de rating não são justas com Portugal”

Mário Centeno quer que Portugal saia do Procedimento por Défices Excessivos (PDE). Acredita que a remoção do PDE pode levar a uma revisão em alta dos ratings, aliviando os encargos com juros do país.

Mário Centeno conseguiu o menor défice em democracia. Deverá ficar “muito perto de 2%”, o que leva o ministro das Finanças a pedir que Portugal saia do Procedimento de Défices Execessivos (PDE). Esse será, acredita, um ponto de viragem, podendo levar as agências de rating a subir a notação do país. Agências que “não estão a ser justas com Portugal”, diz ao Financial Times (FT) (conteúdo em inglês/acesso pago).

Além do défice, “a nossa economia tem vindo a expandir-se há 13 trimestres consecutivos“, diz Centeno. “Se isto não é o suficiente para que o país saia do PDE, não sei o que será necessário”, referiu o ministro à publicação britânica. Só na próxima semana será revelado o resultado final do défice, um momento que o ministro acredita pode mudar a perceção das agências sobre Portugal.

Penso que as agências de rating não estão a ser justas com Portugal“, diz, referindo-se ao facto de nenhuma das três grandes agências ter uma notação de qualidade para o país. Só a DBRS tem uma classificação fora de “lixo” para a dívida nacional, permitindo a Portugal ser elegível para o programa de compras de dívida do Banco Central Europeu (BCE).

“A maior parte do nosso orçamento é gasto com os juros da dívida, mais do que qualquer outro país do euro”, diz Centeno ao FT. “É importante que as agências de rating percebam que Portugal é hoje diferente do Portugal de 2012. A redução sustentável da dívida das famílias e empresas tem sido impressionante”, nota.

Apesar da desalavancagem das famílias e empresas, mas também dos melhores números da economia, Portugal continua a ser percecionado com um país de risco elevado pelas agências, mas também pelos mercados. Os juros da dívida nacional têm vindo a agravar-se, com a taxa a dez anos a rondar os 4%.

Há diferentes vulnerabilidades em todos os países e nós percebemos a nossa. É por isso que temos implementado medidas que geram crescimento, consolidação orçamental e coesão social.

Mário Centeno

Ministro das Finanças

“Há diferentes vulnerabilidades em todos os países e nós percebemos a nossa”, diz Centeno. “É por isso que temos implementado medidas que geram crescimento, consolidação orçamental e coesão social”, refere. O crescimento é importante, ainda para mais para um país que continua a ter um nível elevado de dívida. Centeno justifica esse rácio elevado com a banca.

A dívida pública portuguesa subiu para 130,5% do PIB no final do ano passado. “Tivemos de pagar 4,4 mil milhões de euros para estabilizar o setor financeiro. Caso contrário, a dívida estaria já numa tendência claramente descendente”, notou o ministro das Finanças ao FT.

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Mota-Engil ganha obra de 2,3 mil milhões em Moçambique, ações aceleram 5%

Mota-Engil superou a concorrência internacional e vai construir uma linha-de-ferro em Moçambique, num projeto orçado em 2,3 mil milhões de dólares. Ações da construtora aceleram em Lisboa.

As ações da Mota-Engil EGL 0,00% estão a acelerar esta segunda-feira na bolsa nacional depois de o Governo moçambicano ter anunciado que a construtora portuguesa ganhou o contrato para construir uma linha de caminho-de-ferro no país, numa obra avaliada em 2,3 mil milhões de dólares.

Em causa está uma linha ferroviária entre Moatize (Tete) e Macuse (Zambézia) e o porto de águas profundas de Macuse, segundo anunciou o presidente do Corredor de Desenvolvimento Integrado do Zambeze (Codiza), Abdul Carimo, em declarações à Rádio Moçambique. Carimo, que falava em Quelimane, capital da província da Zambézia, adiantou que a Mota-Engil ganhou a corrida após um concurso internacional que atraiu sete propostas, faltando apenas assinar o contrato de adjudicação para que a construtora portuguesa liderada por Gonçalo Moura Martins possa começar os trabalhos, “uma vez que o custo da obra foi fixado em 2,3 mil milhões de dólares.”

Após este anúncio, as ações da Mota-Engil observaram forte pressão compradora na bolsa nacional. Avançam 5,47% para 1,81 euros, a cotação mais elevada em quatro meses, mas já chegaram a disparar quase 5% durante a manhã. Já tinham trocado de mãos mais de 600 mil papéis da construtora com apenas duas horas e meia de negociação, o dobro da média diária dos últimos meses. O PSI-20, o principal índice português, ganha 0,19% para 4.635,51 pontos.

Mota acelera sobre os carris moçambicanos

Fonte: Bloomberg (valores em euros)

Na opinião do Haitong, este contrato “pode ser muito positivo” para a Mota-Engil. “Contudo, temos de perceber se este projeto é totalmente financiado” e se a “Mota irá trabalhar sozinha ou em consórcio”, notam os analistas daquela casa de investimento. Lembram ainda que este é um projeto que estava em cima da mesa há já alguns anos e que agora, com a recuperação do preço do carvão, “reavivou o interesse em avançar com a obra”.

"Contudo, temos de perceber se este projeto é totalmente financiado e se a Mota irá trabalhar sozinha ou em consórcio.”

Haitong

Nota de investimento

Segundo as informações da imprensa moçambicana, a Mota-Engil superou as propostas de duas construtoras chinesas, duas turcas, uma brasileira e outra sul coreana.

(Notícia atualizada às 11h14 com novas cotações)

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 13 Março 2017

De Fillon à guerra na Síria, passando por Trump, conheça alguns destaques do dia na imprensa internacional.

Em França, as presidenciais marcam o dia, com Fillon a apresentar hoje o seu programa, e em Espanha, o sistema de tributação também faz notícia. Os Estados Unidos e a política de Trump continuam no radar, desta vez por causa dos cortes orçamentais. E na Síria, a guerra continua a revelar dados trágicos.

Europe1

Fillon apresenta o seu programa

O candidato republicano às eleições francesas vai apresentar esta segunda-feira o seu programa mas já deu entretanto uma entrevista à rádio Europe 1. Entre os temas em debate, Fillon foi questionado sobre a função pública. Em troca da supressão de 500 mil postos de trabalho em cinco anos, Fillon prometeu uma negociação em torno de aumentos salariais. (Conteúdo em francês / Acesso gratuito)

The Washington Post

Trump anuncia cortes de magnitude histórica

No The Washington Post, o destaque segue para Donald Trump e para a proposta de orçamento que será apresentada esta semana, que deverá inclui os cortes mais significativos desde o fim da II Guerra Mundial. Os analistas esperam um plano que deverá dar prioridade à segurança interna, reduzindo verbas para outros programas. (conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

El Economista

Sistema de tributação complexo

O Conselho Geral de Economistas espanhol entende que as comunidades autónomas tornaram o sistema de tributação “dificilmente compreensível e, acima de tudo, controlável”. E apontam o dedo à teia fiscal de 79 impostos e 500 alterações legais anuais. O Conselho elabora anualmente um estudo aprofundado em torno dos impostos regionais e já pediu ação ao Governo, agora que será reformado o quadro de financiamento das comunidades.(Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

BBC

Síria: Morreram mais crianças em 2016

A BBC aborda o drama da guerra na Síria e usa dados da Unicef para dizer que, em 2016, morreram mais crianças que em qualquer outro ano do conflito civil. No mínimo, 652 crianças perderam a vida, 255 das quais numa escola ou nas imediações. Em causa está um aumento de 20% face a 2015. Mas o número poderá ser superior, uma vez que os dados reportados dizem respeito apenas a mortes verificadas formalmente. (conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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Jerónimo Martins inaugura primeiro ‘cash & carry’ na Colômbia

  • Lusa
  • 13 Março 2017

Quatro anos depois de entrar na Colômbia, a Jerónimo Martins lança uma nova aposta naquele mercado ao inaugurar hoje o primeiro 'cash & carry' na fronteira com a Venezuela.

“Vamos começar uma nova aventura no dia em que fazemos quatro anos [da entrada no mercado]. Vamos abrir o primeiro ‘cash & carry’ na Colômbia”, avançou à Lusa o presidente da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos.

Em declarações à Lusa, o presidente da dona do Pingo Doce adiantou que “tal como tinha dito já há muito tempo, a ideia é experimentar tudo, procurar soluções que realmente possam ir ao encontro das necessidades” dos colombianos.

O primeiro ‘cash & carry’ fica junto à fronteira com a Venezuela, em Cúcuta, que “é uma cidade muito interessante, foi onde foi assinada a primeira Constituição pelo Simon Bolívar”, acrescentou Pedro Soares dos Santos.

O novo conceito chama-se Bodega del Canasto e vai gerar cerca de uma dezena de empregos. A Jerónimo Martins não divulga o investimento desta nova unidade de forma isolada.

É o primeiro ‘cash’, é uma experiência. Tenho muita fé nesta nova aventura“, concluiu o gestor.

A Jerónimo Martins inaugurou o primeiro supermercado Ara na Colômbia em 2013.

No final do ano passado, o grupo contava com 221 lojas e três centros de distribuição no mercado colombiano e contava com 3.100 colaboradores, totalizando o investimento acumulado, entre 2012 e 2016, 180 milhões de euros.

Em 2016, a Ara registou vendas de 236 milhões de euros, que mais do que duplicaram, em moeda local, face ao ano anterior.

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60% dos prédios de indústria, comércio e serviços pagam mais IMI

  • ECO
  • 13 Março 2017

Cerca de 818 mil imóveis vão pagar mais, na sequência da atualização extraordinária de valores prevista para este ano.

Cerca de 60% dos prédios afetos à indústria, comércio e serviços vão sentir um aumento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), avança hoje o Jornal de Negócios (acesso pago). O valor representa 10% de todo o parque imobiliário nacional.

A subida do IMI para estes imóveis específicos está prevista no Orçamento do Estado para 2016 e o impacto começa a ser sentido no pagamento iniciado em abril.

De acordo com dados do ministério das Finanças, existem 1,35 milhões de prédios em Portugal afetos à indústria, comércio e serviços, aos quais corresponde um valor fiscal de 132 mil milhões de euros. O valor fiscal vai subir para 817.720 prédios, ou seja, 60% deste universo e 10% de todo o parque imobiliário nacional. Os cálculos do Negócios indicam que esta atualização automática deverá gerar 700 mil euros adicionais às autarquias.

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PSI-20 abre a semana a subir

  • ECO
  • 13 Março 2017

Principal índice bolsista segue a valorizar. Mota-Engil em destaque.

Depois de ter fechado no vermelho na sexta-feira, o principal índice português abriu a primeira sessão da semana em terreno positivo.

O PSI-20 avança 0,05%, para 4.628,40 pontos. Aqui, o destaque é para a construtora Mota-Engil, que valoriza 4,65%.

As ações dos CTT também avançam –1,03%, para 4,91 euros — depois de na sexta-feira terem chegado a perder 5%, atingindo novos mínimos históricos depois dos resultados do último ano. Pela negativa, a Jerónimo Martins perde 0,57%.

 

 

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Turismo representa um terço dos novos empregos

  • ECO
  • 13 Março 2017

A grande maioria dos novos empregos foi criada na restauração, que já representa 70% do emprego no turismo.

Quase um terço dos empregos criados em Portugal em 2016 dizem respeito a empresas ligadas ao turismo: hotelaria, restauração e agências de viagens.

Em causa estão mais de 27 mil novos postos de trabalho no turismo, de um total de 82 mil empregos criados no país, avança o DN/Dinheiro Vivo. De acordo com dados da Segurança Social, mais de 330 mil pessoas descontam para esta indústria, o que significa um aumento de 9,1% face ao ano anterior.

A grande maioria dos novos empregos (mais de 19 mil) foi criada na restauração, que já representa 70% do emprego no turismo. Aqui, o negócio beneficiou da descida do IVA de 23% para 13% e do aumento do consumo das famílias.

Já o alojamento — com mais 4.433 empregos — conta com novo impulso através do arrendamento de curta duração e a abertura de novos hotéis, nomeadamente em Fátima, para receber a visita do Papa Francisco.

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Há um novo CX-5. Está mais refinado

O CX-5 tem sido um sucesso de vendas. E a Mazda quer que continue a sê-lo com esta nova geração que mantém a mesma imagem, mas mais refinada.

O CX-5 foi um sucesso logo desde o momento do seu lançamento. Conseguiu o estatuto de modelo mais vendido da Mazda no mercado europeu, pelo que na altura de avançar para uma nova geração a fabricante nipónica manteve a imagem, mas refinou um pouco o conceito. O resultado é um SUV mais atraente, especialmente no Vermelho Soul Crystal.

Esteticamente, o CX-5, apresentado ao mercado em Genebra, na Suíça, apresenta uma linha de tejadilho mais baixa que confere ao novo SUV compacto um look mais desportivo. As óticas são mais esguias, ladeando uma grelha mais imponente num automóvel todo ele mais encorpado.

Se por fora há novidades, que ganham maior expressão com o tom Vermelho Soul Crystal, uma nova cor premium, no interior foi tudo redesenhado, mas mantendo-se um ambiente minimalista… mas com muita tecnologia. A Mazda destaca o mais atual e intuitivo habitáculo heads-up cockpit: inclui um para-brisas que permite projeções do head-up display.

A condução em estrada também foi melhorada “graças à adoção de bancos anti-fadiga, ao avançado isolamento da cabina, melhorias na suspensão e mecânica e pela inclusão do sistema G-Vectoring Control (GVC), que suaviza a maneabilidade ao mesmo tempo que aumenta a segurança a bordo“, nota a marca. E motores? Dois a gasolina (2.0 e 2.5) e o diesel de baixas emissões SKYACTIV-D 2.2.

Mais argumentos na gama

Este novo CX-5 já tem data de chegada ao mercado nacional. A marca aponta para junho como o mês em que poderão começar a rolar nas estradas nacionais o SUV compacto nipónico, a mesma altura em que serão apresentadas as gerações de 2017 tanto do CX-3 como o Mazda 2. Novas gerações que praticamente inalteradas, mas trazem novos argumentos.

As gerações 2017 do Mazda CX-3 e Mazda 2 passam a contar com o sistema GVC de série, mas também passam a ter o i-ACTIVSENSE, “agora e entre outras soluções, aproveitando os benefícios da nova tecnologia empregue nas câmaras”. Mas a Mazda também fez progressos em termos de conforto e requinte interior aprimorando numerosos elementos, dos ecrãs ao volante e aos acabamentos.

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Assunção Cristas: Conselho de Ministros nunca discutiu “com profundidade” o tema BES

  • ECO
  • 13 Março 2017

Assunção Cristas diz que a visão do ex-primeiro-ministro era a de que a "banca e o pilar financeiro do resgate eram tratados pelo Banco de Portugal" e "o Governo não deveria meter-se nessas questões".

A líder do CDS afirma que o Conselho de Ministros nunca discutiu “com profundidade” o tema BES antes da queda do banco. E salienta que esta era “parte da visão do primeiro-ministro”.

“O primeiro-ministro sempre teve uma visão que é esta: a banca e o pilar financeiro do resgate eram tratados pelo Banco de Portugal, que tinha as funções de supervisor independente, e o Governo não deveria meter-se nessas questões. Esta foi sempre a visão do primeiro-ministro. Portanto, o Conselho de Ministros nunca foi envolvido nas questões da banca”, afirmou Assunção Cristas em entrevista ao Público (acesso pago).

Uma posição que se estende ao Banif e à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos: também não foram discutidos “em profundidade”, continua.

Questionada sobre a diferença de postura do CDS enquanto Executivo e oposição no que toca à apresentação de projetos de lei sobre regulamentação bancária, e se isso pode dar a ideia de que, enquanto Governo, foi conivente com a má gestão, Assunção Cristas notou que o partido sempre foi, “no Governo e antes na oposição, um partido muitíssimo ativo e na linha da frente do escrutínio da atuação da supervisão bancária“.

A líder do CDS adiantou ainda que estava de férias quando assinou, por email, o decreto-lei sobre a resolução do BES, a pedido da ministra das Finanças.

Embora o CDS tivesse a “inclinação” de que Carlos Costa “não fosse reconduzido”, Assunção Cristas diz agora que discorda “em absoluto de uma tentativa”, que lhe “parece bastante evidente, de partidarização dos nomes” no Banco de Portugal. “Acho que isso é negativo para as instituições e, certamente, não contará com o CDS nessa matéria”, acrescenta.

Já sobre a polémica em torno das transferências para offshores sem controlo do fisco, que já levou o antigo secretário de Estado Paulo Núncio ao Parlamento, Cristas diz que não gosta “de ser injusta e de ir atrás da corrente”. “Muitas vezes terá errado, como todos erramos. Com certeza que muitas vezes preferiria ter feito de outra maneira e não teve condições”, conclui.

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Aguiar-Branco: “Não permitirei que esta seja a comissão dos SMS”

  • Lusa
  • 13 Março 2017

Presidente da nova comissão de inquérito sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o social-democrata José Pedro Aguiar-Branco, assegurou que tudo fará pela dignificação deste instrumento parlamentar.

O presidente da nova comissão de inquérito sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o social-democrata José Pedro Aguiar-Branco, assegurou que tudo fará para que esta não seja “a comissão dos SMS”.

Em entrevista à agência Lusa, um dia antes de a comissão de inquérito tomar posse, o antigo ministro da Defesa, que tem estado afastado da primeira linha de combate partidário, disse ter aceitado desempenhar este cargo “por uma questão de dever” e salientou que o ministro das Finanças, Mário Centeno, é “o primeiro interessado” em que a comissão apure toda a verdade dos factos.

“Vivemos um tempo em que é necessário credibilizar as instituições. Num momento em que as instituições precisam de ser reforçadas, quero dar o meu contributo”, justificou.

Questionado se esta comissão não poderá ficar demasiado centrada na troca de comunicações, inclusivamente mensagens telefónicas (SMS), entre Mário Centeno e o anterior presidente da Caixa, António Domingues, o futuro presidente da comissão respondeu negativamente.

“No que depender de mim, não vou permitir que esta seja a comissão dos SMS, a situação está muito para lá da questão dos SMS. Tem a ver com todo um procedimento quanto à nomeação de uma administração de uma instituição importante com dimensão pública, daquilo que é a relação do Governo do país com essa instituição”, enquadrou, dizendo que tal “cai no quadro da ação nobre da Assembleia da República”, fiscalizar os atos do Governo.

Aguiar-Branco salientou que os deputados são, mais do que os representantes dos partidos, membros de um órgão de soberania em representação do povo português.

“Este quadro justifica que os representantes dos portugueses façam tudo para que a clarificação de situações que, no mínimo, são nebulosas no que diz respeito ao que foi a exata dimensão da relação institucional entre um ministro e uma administração devam ser tranquilamente averiguadas em democracia”, afirmou, desejando que “a espuma da dialética mais partidária seja esbatida”.

Questionado sobre a admissibilidade, como deputado e advogado, do pedido – rejeitado liminarmente na atual comissão pela esquerda parlamentar com o argumento de ser ilegal e inconstitucional – das SMS trocadas entre Centeno e Domingues, Aguiar-Branco preferiu reservar a sua posição.

“Quando essa questão se colocar, – há quem entenda que sim e quem entenda que não – no momento certo, darei a minha opinião”, afirmou.

Esperando nunca ter de chegar ao limite do seu antecessor, o social-democrata Matos Correia – que se demitiu da presidência da atual comissão por entender que o regime jurídico dos inquéritos parlamentares estava a ser posto em causa – o antigo líder da bancada do PSD manifestou o desejo de que todos os deputados, muitos ‘repetentes’ na primeira e segunda comissões sobre a CGD, tenham retirado ensinamentos.

"No que depender de mim, tentarei que aquilo que são as tentações partidárias fiquem num papel secundário em relação ao que é o papel primeiro de um deputado – esclarecer a verdade e a verdade material. Não a verdade formal, que depende dos mecanismos procedimentais, mas a verdade material, aquilo que aconteceu mesmo.”

José Pedro Aguiar-Branco

Presidente da nova Comissão de inquérito sobre a CGD

Um dos pontos centrais da futura comissão – e que está expresso no requerimento que a fundamenta – será apurar se “é verdade ou não que o ministro [das Finanças] negociou a dispensa da apresentação da declaração de rendimentos [de António Domingues]”, o que tem sido negado por Mário Centeno.

A este propósito, Aguiar-Branco sublinhou que “o ministro Centeno será o primeiro interessado em que esta Assembleia e esta comissão apure toda a verdade dos factos”, lembrando a sua experiência enquanto ministro da Defesa em que também foi sujeito a uma comissão de inquérito sobre os Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

“Só desejava que a comissão tivesse todos os elementos para poder tirar as suas conclusões”, referiu.

Questionado se espera que esta segunda comissão sobre a CGD decorra num ambiente menos crispado do que a primeira – ainda em funcionamento -, o deputado considerou “uma evidência” que o contexto “não tem favorecido a apresentação de conclusões e resultados”.

Desejarei que esta comissão tenha uma ação que permita apresentar as conclusões com mais consenso do que aquilo que foi possível fazer na outra”, disse.

Sobre o atual clima crispado que se vive no parlamento e as acusações do PSD de “asfixia democrática”, Aguiar-Branco diz preferir responder pela positiva.

“No que depender de mim, fá-lo-ei sempre na tentativa de que essa perceção e essas críticas sejam o mais possível minimizadas (…) Neste momento, temos de fazer um esforço de dignificar essa dimensão do exercício de serviço público para que a qualidade da democracia seja mais forte do que a que tem sido nos últimos tempos”, afirmou.

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