Soares da Costa salva apesar do voto contra da CGD

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2017

O grupo CGD votou contra a proposta de recuperação apresentada pela administração da Soares da Costa. Plano passou à tangente, mas ainda falta o aval do juiz que detém o processo.

O plano de recuperação da Soares da Costa foi aprovado à tangente. A notícia avançada pela edição desta terça-feira do jornal Público (acesso condicionado) dá conta de que terão votado a favor da recuperação da empresa centenária 51,08% dos credores. O principal credor, o grupo Caixa Geral de Depósitos votou contra. O peso dos créditos da CGD chegava perto dos 30%.

A votação não é contudo definitiva, uma vez que precisa de ser homologada – o que deverá acontecer num prazo de dez dias – pelo juiz que tem o processo em mãos.

Em declarações ao Público o administrador de insolvência, Pedro Pidwell, garante que “foi sobretudo a mobilização de fornecedores e trabalhadores que permitiu que este processo de viabilização possa ir para a frente”. Já a administração da Soares de Costa adiantou que se regozija “com a aprovação clara do plano de viabilização que apresentou. Desta forma acreditamos que é possível viabilizar uma marca centenária e que tem grande impacto na economia e na criação e empregos”.

"foi sobretudo a mobilização de fornecedores e trabalhadores que permitiu que este processo de viabilização possa ir para a frente”

Pedro Pidwell

Administrador de insolvência da Soares da Costa

A Soares da Costa enfrenta um processo de insolvência desde agosto de 2016.

A empresa liderada por Joaquim Fitas emprega cerca de 1.200 funcionários que com a aprovação deste plano irão conseguir recuperar quase integralmente o passivo no âmbito de uma linha de financiamento assegurada pela administração da Soares da Costa no valor de 45 milhões de euros para fazer face a necessidades de tesouraria.

Os maiores credores da empresa são a banca, que tem créditos reclamados no valor de 696,7 milhões de euros. De referir que à banca era pedido um perdão de 75% da dívida em euros a que se soma mais 35% das dívidas contraídas em moeda angolana, sendo o restante pago a 18 anos.

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PS quer limitar venda de produtos nos bancos

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2017

Os socialistas vão hoje apresentar várias propostas para o setor bancário. Alterações que visam a relação entre os bancos e os clientes e a diminuição dos poderes do Banco de Portugal.

O PS vai apresentar várias propostas que visam apertar as regras para o setor bancário. Os socialistas querem limitar a venda de produtos complexos dos bancos a outras empresas do grupo e a particulares pouco informados. Objetivo? Evitar que casos como o do BES ou do Banif voltem a acontecer.

O jornal Público (acesso condicionado) avança que os socialistas vão apresentar hoje diversas propostas para alterar as regras do setor financeiro. As mudanças estão relacionadas com a relação entre os bancos e os clientes, os poderes do Banco de Portugal e com o reforço do escrutínio de decisões tomadas pelas entidades europeias.

Ao jornal, o deputado socialista Eurico Brilhante Dias diz que estas alterações visam “melhorar o relacionamento do setor bancário com os clientes, eliminando práticas agressivas, como aquelas que levaram à existência dos lesados”. Há duas propostas: a principal pretende limitar a venda de produtos qualificados ou complexos, que têm um risco elevado, a clientes particulares com perfil conservador ou que não estejam suficientemente informados sobre estes produtos bancários.

A segunda proposta quer impedir que um banco venda produtos de empresas do setor não financeiro do grupo em que esteja inserido. O Público relembra que, caso estas regras já existissem, o Banco Espírito Santo não poderia ter vendido produtos de empresas não financeiras do Grupo Espírito Santo nos balcões do banco.

PS quer diminuir poderes do Banco de Portugal

Para além das propostas para limitar a venda de produtos financeiros complexos, os socialistas voltam, segundo o Público, a pôr em cima da mesa uma questão que já tinha sido levantada. O PS quer que o Banco de Portugal (BdP) deixe de ser supervisor e entidade de resolução simultaneamente.

Atualmente, o banco central supervisiona a atividade bancária. Mas, ao mesmo tempo, é a autoridade de resolução. Ou seja, toma decisões sobre a intervenção num banco ao abrigo da Lei da Resolução. O PS defende a separação de poderes e a criação de uma entidade de resolução autónoma do BdP. “Pode seguir o exemplo europeu”, em que há uma separação entre os poderes do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, refere o deputado Eurico Brilhante Dias.

O PS quer ainda que haja mais escrutínio das decisões das instituições europeias no Parlamento. “Queremos melhorar o escrutínio político das decisões. Muitas vezes, as decisões europeias não são escrutinadas”, refere o deputado.

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PPR: Investimento encolhe (outra vez)

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2017

A queda das taxas de juro fez encolher as rendibilidades proporcionadas por estes produtos comercializados pelas seguradoras. Com taxas mais baixas, o investimento recuou 9,5% em 2016.

Os Planos Poupança-Reforma (PPR) continuam a captar investimento, mas o montante que entrou nestes produtos encolheu novamente no último ano. Registou-se uma quebra de 9,5% face ao ano anterior, evolução explicada pela continuada queda das taxas que são oferecidas nestes produtos para a reforma comercializados pelas seguradoras.

Nos últimos três meses do ano passado registou-se um crescimento, mas o saldo no ano acabou por ser inferior ao verificado no ano anterior, refere o Jornal de Negócios (acesso pago). A produção acumulada em seguros PPR baixou 9,5% para 1.717 milhões de euros no último ano, segundo o relatório anual da Associação Portuguesa de Seguradores (APS).

Esta redução segue à quebra de 22,6% que já se tinha registado em 2015 face a 2014, sendo a continuação de uma tendência que tem sido patrocinada pelo contexto de juros baixos. Com a política monetária expansionista do Banco Central Europeu, as obrigações soberanas, onde estes produtos investem, afundaram. Assim, as taxas prometidas também têm deslizado.

A tendência de quebra nas remunerações proporcionadas pelos PPR através de seguros (representam a maior “fatia” deste mercado) deverá manter-se nos próximos tempos. “A capacidade de oferta das seguradoras em termos de garantias, tem de ser temperada pelas condições das taxas de juro de longo prazo”, diz José Galamba de Oliveira, presidente da APS, ao JdN.

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Porto critica TAP por desinvestimento no aeroporto

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2017

A Assembleia Municipal do Porto manifestou à TAP a sua “veemente reprovação” pelo desinvestimento no aeroporto da cidade. Quer que o Governo tome medidas.

A Assembleia Municipal do Porto manifestou à TAP a sua “veemente reprovação” pelo desinvestimento no aeroporto do Porto, solicitando ao Governo PS que tome medidas e garanta que as obrigações de serviço público sejam asseguradas.

Este “ataque” ao aeroporto está evidenciado pelo recente corte de ligações do Porto para a Europa e pela redução de voos intercontinentais, sustentam as moções da autoria do PS e do BE, aprovadas por maioria pelos deputados, na segunda-feira à noite.

A moção socialista salientou que as opções comerciais da companhia não podem obedecer a decisões de natureza meramente económica, ignorando o interesse geral, já a do Bloco frisou que o aeroporto está perante a maior ameaça de sempre à sua consolidação como infraestrutura aeroportuária de referência no noroeste peninsular.

O deputado do PS, Gustavo Pimenta, referiu que a maioria do capital da TAP é controlado pelo Estado, tendo obrigações de serviço público cujo cumprimento está “claramente” posto em risco, em especial no Porto.

O aeroporto do Porto ultrapassou os nove milhões de passageiros e tem vindo a ser distinguido como um dos melhores da Europa, lembrou.

“Agravando esta situação foi agora noticiado que as viagens de longo curso com escala em Lisboa operadas pela TAP ficam mais baratas se iniciadas a partir de Vigo [Espanha] de que do Porto, desviando a procura galega do aeroporto Francisco Sá Carneiro e induzindo-a em sentido contrário”, afirmou.

Eleito pelo BE, o deputado José Castro frisou que a privatização da ANA, conjugada com a da TAP, estão a condenar o aeroporto do Porto a ser uma espécie de apeadeiro, um angariador de passageiros a caminho de Lisboa.

As notícias recentemente vindas a público sobre a política de preços da TAP, que faz com que os voos de longo curso a partir do Porto sejam mais caros do que a partir de Vigo, são mais uma confirmação do plano em marcha para enfraquecer a dimensão intercontinental do aeroporto”, realçou.

Esta estratégia vai fazer com que o aeroporto tenha mais voos domésticos e de âmbito regional, com cada vez maior utilização de companhias de baixo custo.

Em defesa do aeroporto, o social-democrata Francisco Carrapatoso sugeriu a constituição de um movimento que una todo o norte do país, já o deputado Luís Artur, da mesma bancada, afirmou que “isto cheira a escândalo e é um insulto ao Porto e ao Norte”.

Do PCP, Belmiro Magalhães entendeu que todas as iniciativas que sirvam para valorizar o aeroporto e que apelam à necessidade de intervenção do governo são positivas.

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Metro do Porto anuncia hoje novas linhas a construir até 2021

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2017

A Metro do Porto e o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, anunciam hoje as novas linhas a construir na Área Metropolitana entre 2018 e 2021, no âmbito da expansão da rede.

O conselho de administração da Metro do Porto decide e anuncia hoje as novas linhas a construir na Área Metropolitana do Porto (AMP) entre 2018 e 2021, no âmbito da expansão da rede.

O administrador não executivo da Metro do Porto em representação da AMP, Marco Martins, também presidente da Câmara de Gondomar, adiantou à Lusa que a empresa decidirá pela construção das linhas do Porto e Gaia, por serem “as mais rentáveis, de acordo com os estudos” que a Metro encomendou.

A possibilidade de a expansão da rede do Metro do Porto avançar surgiu em abril do ano passado, quando o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, garantiu 400 milhões de euros de investimento para a ampliação deste meio de transporte público em Lisboa e no Porto.

Desde então, vários projetos de linhas foram reanalisados pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto a pedido da Metro, que pretendeu otimizar custos face aos definidos em estudos existentes desde 2011.

De acordo com Marco Martins, os estudos em causa “apontam que a linha de Gondomar [projetada anteriormente] é pouco rentável”, mas já há “o compromisso do Governo” de estudar o novo projeto que a Câmara apresentou, entretanto, para a expansão do metro no concelho.

A Câmara de Gondomar enviou recentemente uma proposta para construção de uma nova ligação no concelho ao Ministério do Ambiente, com um custo estimado em 110 milhões de euros.

Segundo Marco Martins, a nova ligação do metro “é mais barata e tem mais procura [do que a anterior]”, além de que “serve o Porto”.

O desenho prevê uma ligação do centro de Gondomar ao Estádio do Dragão, passando por Valbom mas servindo também os bairros do Lagarteiro e do Cerco, no Porto.

Os 280 milhões de euros disponíveis para a expansão do Metro permitirão, assim, construir a linha de Gaia até Vila D’Este e uma ligação entre a Casa da Música e a estação de São Bento, no Porto.

O jornal Público revelou, em janeiro, que estas obras no Porto podem custar 140 milhões de euros e as de Gaia mais de 120 milhões.

Em 2011, a 2.ª fase de expansão da rede do Metro do Porto previa a construção de linhas que abrangem os concelhos do Porto, Matosinhos, Gaia e Gondomar.

Os autarcas da Maia e da Trofa reclamam, por seu lado, a extensão do Metro até ao Muro (Trofa), considerando que é uma questão de “justiça” o troço em causa ser abrangido pelo pacote financeiro anunciado no âmbito do Plano Nacional de Reformas.

A conferência de imprensa da Metro do Porto para anúncio e apresentação das novas linhas da rede, marcada para as 11:00, contará com a presença dos membros do conselho de administração da empresa, do Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e do Secretário Adjunto e do Ambiente, José Mendes.

No dia 23 de janeiro, o ministro do Ambiente, que tutela este transporte público, remeteu para hoje o anúncio das linhas a construir, afirmando que “as razões da evolução da rede do Metro do Porto são claras, objetivas”.

"as razões da evolução da rede do Metro do Porto são claras, objetivas”

Matos Fernandes

Ministro do Ambiente

“Naturalmente que, tendo impacto forte no território, [o assunto] tem de ser discutido com as autarquias, mas, com o devido respeito, [as decisões] não partem de vontades, partem de um estudo que foi feito”, disse então Matos Fernandes aos jornalistas.

A Metro do Porto é detida a 60% pelo Estado, pertencendo os restantes 40% à Área Metropolitana do Porto (AMP).

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FMI: Grécia precisa de mais alívio da dívida ainda “insustentável” apesar de progressos

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2017

A Grécia tem feito progressos para reduzir os enormes problemas orçamentais e a restaurar o crescimento económico, mas a dívida do país helénico permanece insustentável. É esta a conclusão do FMI.

A Grécia tem feito progressos com vista a reduzir os enormes problemas orçamentais e a restaurar o crescimento económico, mas a dívida do país helénico permanece insustentável, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI), defendendo um alívio adicional.

Num comunicado divulgado na noite de segunda-feira, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados, as dívidas da Grécia continuam “insustentáveis” a longo prazo, mas há divergências no seio do organismo relativamente às medidas a tomar e aos objetivos financeiros que devem ser atingidos.

A dívida helénica ronda 180% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o FMI, pelo que a maioria dos diretores do organismo internacional diz que a Grécia irá provavelmente necessitar de um alívio da dívida para poder pagar as suas contas a longo prazo. O FMI indicou que a maioria dos membros do conselho de administração concordou que, “apesar dos enormes sacrifícios da Grécia e do generoso apoio dos parceiros europeus, alívio adicional pode ser necessário para restaurar a sustentabilidade da dívida”.

Esse alívio da dívida deve ser acompanhado, contudo, por “uma forte implementação de políticas para restaurar o crescimento e a sustentabilidade”. O conselho de administração do FMI, que representa os 189 estados-membros da instituição, reuniu-se para discutir o relatório anual sobre a economia grega que considera a situação da dívida “insustentável” e “explosiva” a longo prazo.

O FMI prevê que a economia da Grécia irá alcançar um crescimento anual inferior a 1% a longo prazo, um valor que embora não seja impressionante traduz uma melhoria face aos anos em que está mergulhada em recessão. Em paralelo, antecipa que Atenas irá cumprir a meta do FMI ao registar um excedente orçamental anual primário – sem os encargos com a dívida, como o pagamento de juros – equivalente a 1,5% do PIB real.

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Vias de ligação às autoestradas vão ser melhoradas

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2017

As principais vias de ligação entre autoestradas e áreas empresariais vão ser requalificadas à luz de um programa estatal. Estão previstas intervenções em 12 estradas.

O Governo apresenta hoje, no Entroncamento, um Programa de Valorização das Áreas Empresariais, que prevê a construção ou a requalificação de 12 estradas prioritárias para melhorar a ligação de zonas empresariais às grandes autoestradas.

De acordo com o gabinete do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, este programa insere-se no objetivo do Governo de promover o investimento e o crescimento e desenvolve-se em dois eixos: na criação ou expansão de infraestruturas de localização empresarial nas regiões Norte, Centro e Alentejo e na intervenção nos acessos rodoviários às áreas empresariais já consolidadas nas mesmas regiões.

O programa será apresentado pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo ministro Pedro Marques, no Entroncamento, no distrito de Santarém, onde está precisamente uma das vias que vai beneficiar destes melhoramentos, o troço da Via Estruturante a construir entre o Nó da A32 (Pigeiros) e o Nó da Abelheira (Escariz).

Entre as vias beneficiadas pelo Programa de Valorização das Áreas Empresariais estão também a construção de dois novos acessos das zonas industriais de Arouca e de Castelo de Paiva à A32, anunciaram os dois municípios.

No caso de Castelo de Paiva, a autarquia congratula-se por estar previsto o anúncio da construção do troço em falta da variante à EN 222, até ao nó da A32, em Canedo, considerado importante para a ligação à Zona Industrial das Lavagueiras. No caso de Arouca, o programa a anunciar pelo Governo inclui a ligação entre o nó da A32 em Pigeiros e o nó da Abelheira, em Escariz.

A autarquia assinala que a nova acessibilidade beneficiará as áreas empresariais de Mata-Mansores, Farrapa-Rossio, Lameiradas e Parque de Negócios de Escariz.

O programa foi anunciado pelo primeiro-ministro, António Costa, a 27 de janeiro, durante o debate quinzenal na Assembleia da República. Este revelou que o investimento será realizado com recurso a fundos nacionais e pretende “garantir que as empresas podem beneficiar das infraestruturas e assim melhorar as condições de competitividade”.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Há sobretudo dois pontos de interesse no mercado nacional: o BPI, cuja Oferta Pública de Aquisição da parte do CaixaBank termina hoje, e os juros da dívida portuguesa, que voltaram a disparar.

BPI, juros, Alemanha, EUA e resultados empresariais. Não faltam motivos de interesse para os investidores acompanharem a par e passo toda a informação económica ao longo desta terça-feira. No plano nacional, há dois destaques: os acionistas do BPI têm até às 15h30 de hoje para vender ações na oferta do CaixaBank; e os obrigacionistas veem os juros da dívida nacional dispararem para máximos de março de 2014 antes de Portugal regressar aos mercados.

OPA com fim à vista no BPI

Termina esta terça-feira o período da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI. Se tem ações do banco português e deseja vendê-las ao grupo catalão ao preço de 1,134 euros, tome nota: só o poderá fazer até às 15h30, uma hora antes do fecho da bolsa. Ao invés, pode querer conservá-las. Os analistas sublinham os riscos de ficar com títulos.

Juros sob pressão

O clima de tensão regressou ao mercado de dívida nacional, a dias de o Tesouro português regressar aos mercados de financiamento. A taxa das obrigações a 10 anos escalou esta segunda-feira para máximos desde março de 2014. Portugal tenta colocar esta quarta-feira mais 1.250 milhões de euros em obrigações a cinco e sete anos.

A produção da poderosa indústria alemã

Tem vindo da Alemanha a maior parte das críticas ao plano de compra de dívida pública dos governos europeus. E tudo porque, acreditam os responsáveis alemães, a economia da Zona Euro já está suficientemente robusta para absorver uma retirada dos estímulos. Os números da produção industrial que serão divulgados esta segunda-feira poderão ajudar a reforçar o argumento de Berlim. Ou ajudar Mario Draghi na sua luta para animar os preços na região, com os analistas a esperarem uma subida mensal de 0,3% da produção da indústria em dezembro.

Comércio americano pré-Trump

O défice comercial norte-americano — exportações menos importações — não deverá ter registado alterações em dezembro, depois do agravamento observado em novembro. Os dados, que serão revelados esta terça-feira pelo Departamento do Comércio dos EUA, assumem particular importância numa altura em que a administração Trump adota um discurso de maior protecionismo e de primazia às empresas norte-americanas.

BP e Walt Disney apresentam resultados

A British Petroleum e Walt Disney estão entre as inúmeras empresas que apresentam resultados relativos a 2016. Mais de metade das cotadas do índice S&P 500 já prestaram contas ao mercado. Destas, três quartos alcançaram lucros acima do esperado pelos analistas.

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Vender na OPA ao BPI? Só até hoje

Termina esta terça-feira o período da oferta pública de aquisição do CaixaBank sobre o BPI. Se quiser vender as suas ações, pode fazê-lo até às 15h30.

Termina esta terça-feira o período da Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank sobre o BPI. Se tem ações do banco português e deseja vendê-las ao grupo catalão ao preço de 1,134 euros, tome nota: só o poderá fazer até às 15h30, uma hora antes do fecho da bolsa.

As ações do BPI fecharam a cair 2,21% para os 1,106 euros. Ou seja, o banco negoceia com uma cotação 2,47% (ou 2,8 cêntimos) abaixo do preço da oferta espanhola, o que não reflete tanto a desconfiança dos investidores em relação ao sucesso da operação, mas antes a incerteza que poderá seguir-se à OPA.

De resto, os analistas até estão confiantes quanto ao êxito da operação que vai colocar o BPI em mãos espanholas. Também Gonzalo Gortázar, presidente do CaixaBank, manifestou a sua confiança aquando da apresentação dos resultados do banco com sede em Barcelona: “Esperamos que o resultado da OPA, que termina na próxima semana, seja satisfatório”.

Caso prefira conservar as suas ações, também está no seu direito. Ainda assim, os analistas alertam para os riscos de não vender na OPA. “Pode ser posteriormente sujeito a uma oferta potestativa ou, na sua ausência, manter uma posição no capital do banco aceitando a menor liquidez que poderá haver em bolsa na sua negociação”, referiu a Patris.

O resultado da oferta será apurado em Sessão Especial de Mercado Regulamentado da Euronext Lisbon, que terá lugar na próxima quarta-feira, dia 8 de fevereiro.

O BPI registou um aumento de 32,5% dos lucros para 313,2 milhões de euros em 2016.

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Salários demasiado baixos levam portugueses a recusar empregos

Os profissionais "parecem ser cada vez mais seletivos" na escolha de emprego, aponta um estudo realizado pela consultora Hays.

Mais de metade dos profissionais no ativo recusou pelo menos uma oferta de emprego no ano passado. Na grande maioria destes casos, um salário demasiado baixo foi a principal razão para a recusa do emprego.

A conclusão é da nova edição do Guia do Mercado Laboral, feito pela consultora Hays junto de mais de 840 empregadores e cerca de 2.600 profissionais. Segundo o estudo, houve um “aumento considerável” na percentagem de profissionais que recusaram ofertas de emprego, passando de 47% em 2015 para 53% no ano passado.

Em algumas áreas, a tendência é claramente mais acentuada. No turismo e lazer, por exemplo, 76% dos profissionais do setor recusou ofertas no ano passado, um valor muito acima dos 50% registados em 2015. Também em tecnologias da informação houve 64% de profissionais que recusaram uma oferta.

Em quase metade dos casos (49%), refere a Hays, “a recusa prendeu-se com o salário oferecido, o que parece indicar que a componente salarial continua a ter um peso muito considerável na avaliação de novas propostas de emprego”. A falta de interesse no projeto e as condições contratuais oferecidas também estiveram entre as principais razões para a recusa das ofertas de emprego, com 37% e 31%, respetivamente.

O facto é que os profissionais qualificados parecem ser cada vez mais seletivos na escolha do seu próximo projeto. É comum, em contexto de entrevista, o candidato ter uma opinião muito clara daquilo que procura num potencial empregador e daquelas que seriam as condições ideais para desenvolver uma carreira bem sucedida”, aponta o estudo.

Ao mesmo tempo que a percentagem de recusas de ofertas aumentou no ano passado, “nunca os profissionais qualificados estiveram tão pouco interessados em mudar de emprego em 2017”. Este ano, e pela primeira vez desde que o estudo é feito, a percentagem de empresas que pretendem contratar é superior à dos trabalhadores que querem mudar de emprego: 73% contra 71%, respetivamente.

Para os que estão disponíveis para mudar de emprego, as principais motivações são as perspetivas de progressão de carreira, a procura de projetos mais interessantes e o pacote salarial.

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Índices recuam dos recordes enquanto Trump não apresenta reformas

  • Marta Santos Silva
  • 6 Fevereiro 2017

As reformas prometidas para acelerar o crescimento tardam a chegar, o que deixa a bolsa norte-americana nervosa.

A bolsa de Nova Iorque fechou no vermelho esta segunda-feira, com os três principais índices a cair ligeiramente enquanto os investidores esperam que Donald Trump apresente as medidas que prometeu para impulsionar a economia norte-americana.

O principal índice da bolsa nova-iorquina, o S&P 500, caía 0,28% para 2291,03 pontos. A queda, em grande parte justificada por uma diminuição da confiança na economia dos EUA após números que desiludiram no crescimento dos salários e do retalho, era a mais acentuada: também a descer, mas de forma menos marcada, estavam o índice tecnológico Nasdaq, a cair 0,06% para os 5663,55 pontos, e o índice industrial Dow Jones, que descia 0,09% para se manter ainda acima do marco simbólico dos 20 mil: registava 20052,42 pontos.

O recuo, num dia em que também as bolsas europeias fecharam a cair devido à previsão de instabilidade política nas eleições francesas, continua a demonstrar que a confiança inspirada nos investidores pela eleição de Donald Trump continua a dissipar-se. O presidente dos Estados Unidos tarda em apresentar as medidas que prometera para acelerar o consumo e a economia dos EUA.

“Após a eleição, o sentimento entre os investidores, empresas e consumidores sugeria que a probabilidade de cortes nos impostos e regulamentação mais ligeira era vista como mais elevada do que a probabilidade de restrições significativas no comércio internacional e na imigração”, lê-se numa nota produzida por analistas da Goldman Sachs e citada pela Bloomberg. “Um mês após o início do ano, o equilíbrio de riscos está menos positivo, na nossa perspetiva”.

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QSP Summit: O que procuram os consumidores?

O comportamento do consumidor está a mudar. Para responder a essa mudança, o QSP Summit leva ao Porto os especialistas do setor, entre autores de best-seller e o homem que ajudou a eleger Obama.

O paradigma do consumo está em mudança, o que tem reflexo direto no comportamento dos consumidores e das marcas. As empresas conhecedoras desta realidade estão apostadas em perceber os consumidores e, sobretudo, em conseguir responder às suas necessidades, criando até necessidades que os consumidores nem imaginavam possuir. Como vão evoluir as novas tecnologias e que peso terão no comportamento de quem vai às compras? O estilo de vida saudável será uma tendência para manter? As mulheres continuarão a dominar e a influenciar o mundo das compras?

Para responder a estas e outras questões, realiza-se em Matosinhos a 11ª edição do QSP Summit, um evento que se assume como uma das grandes conferências da Europa de marketing e gestão debruça-se este ano sob o tema “Understanding Consumer” e tem como propósito refletir sobre as profundas mudanças do consumidor e como estas se refletem nos comportamentos e locais de compra. O evento, que decorre a 23 de março na Exponor, em Matosinhos, traz a Portugal alguns dos melhores especialistas de marketing a nível internacional.

Rui Ribeiro, CEO e fundador da QSP, consultora de marketing e mentora do evento explica ao ECO o porquê da escolha recair sobre este tema. “Hoje em dia, o cliente é omnicanal e tem um comportamento diferenciado. É muito difícil prever o seu comportamento, até porque os consumidores movem-se muito pela parte racional e emocional e a nossa expectativa é que o evento seja capaz de dar uma orientação de como é o consumidor do futuro”.

Hoje em dia o cliente é omnicanal e tem um comportamento diferenciado. É muito difícil prever o seu comportamento, até porque os consumidores movem-se muito pela parte racional e emocional e a nossa expectativa é que o evento seja capaz de dar uma orientação de como é o consumidor do futuro

Rui Ribeiro

CEO e fundador da QSP

Para Rui Ribeiro, “este tema é uma preocupação das organizações porque há uma grande imprevisibilidade associada ao ato de consumir”. “Vamos refletir sobre as profundas mudanças do consumidor e como estas se refletem nos comportamentos e locais de compra”, remata o CEO da QSP.

As marcas, prossegue Rui Ribeiro, “têm que ter presente o lado emotivo do consumidor, mas têm também de ter um lado racional capaz de garantir valor”. No fundo conhecer o consumidor/cliente implica também saber que produtos lançar e que características são mais valorizadas no momento da compra.

Hoje as mulheres têm um papel decisivo no ato de consumir e influenciam inclusive os homens.

Rui Ribeiro

Ceo e fundador da QSP

Rui Ribeiro fala ainda no papel das mulheres no momento da compra. Se antes as mulheres eram vistas como consumindo especialmente roupa, cosméticos e comida, hoje “as mulheres têm um papel decisivo no ato de consumir e influenciam inclusive os homens”.

Novo modelo em 2017

A edição deste ano do QSP Summit apesar de, a exemplo dos anos anteriores, se desenrolar na Exponor, vai ter algumas novidades. Rui Ribeiro diz que “nos últimos anos, o evento tem estado sempre esgotado pelo que este ano fizemos algumas alterações de modo a poder comportar mais pessoas, mas sempre sem descurar a qualidade”.

No total são esperadas 1.500 pessoas, repartidas pelo palco principal, worklabs, trends forum e disruptive hall, onde os presentes poderão aceder a uma área de experimentação de novas soluções. Para Rui Ribeiro, a “área de exposição quase que duplicou face ao ano passado, e isso requer uma produção mais sofisticada”.

Temas abordados na conferência

  • Ativação da marca
  • Design do produto
  • Linguagem das marcas
  • Proteção de dados
  • Novas soluções tecnológicas
  • Distribuição de conteúdos
  • Consumidor dos mercados emergentes
  • Inteligência artificial

Principais oradores

Rui Ribeiro diz que a metodologia do evento é simples. “Primeiro escolhemos o tema e, uma vez escolhido o assunto, começamos a perceber quem são a nível mundial os maiores especialistas sobre a temática e convidámo-los a virem a Portugal debater ideias. Nem sempre é fácil mas o Porto é hoje uma cidade atrativa e felizmente temos conseguido”, garante.

Sobre os apoios, Rui Ribeiro diz que “o evento tem várias fontes de receita (parceiros, bilheteira, exposições) e tudo somado faz com que este se pague”.

Mas quem são os especialistas escolhidos para esta edição?

Apesar de contar com muitos oradores, a organização escolheu como “cabeça de cartaz” Paco Underhill, um antropólogo especialista em comportamento de compra.

Paco Underhill é especialista em tendências globais de consumo e adapta as suas apresentações às necessidades específicas dos seus clientes, onde estão nomes como a McDonald’s, Starbucks, Estée Lauder, Blockbuster.

Há mais de 30 anos que o especialista observa e mede a forma como o mundo compra, o que o levou já a mais de 46 países, entre os quais Portugal.

O orador principal do QSP Summit é ainda presidente e fundador da Envirosell, uma empresa de consultoria e pesquisa comportamental focada em ambientes comerciais, com sede em Nova Iorque. Autor de vários livros, escreveu o best-seller internacional publicado em mais de 27 línguas: “Why we buy: the sience of shopping“.

Outro dos oradores que merece honras de destaque é Harper Reed. Engenheiro tecnológico, trendsetter e empreendedor, é atualmente Head of Commercer na Braintree, empresa do grupo PayPal. Mas o que eventualmente chama mais a atenção no seu currículo foi a sua ligação, em 2012, à eleição de Barack Obama para presidente dos Estados Unidos da América. Reed foi responsável pelo desenvolvimento da comunicação online e programa Get Out The Vote da campanha de Obama.

Não menos importante é Thomas Z. Ramsoy, uma autoridade mundial em Neurocirurgia Aplicada. Ramsoy é consultor de algumas da maiores empresas do mundo como o Facebook e a Google, assim como de agências governamentais, provocando efeitos diretos no desenvolvimento de produtos e compreensão do consumidor.

Trends Forum

O trends forum é um painel de debate “em português” e dedicado aos consumidores de informação. Entre os palestrantes estão nomes com o de Miguel Almeida, CEO da Nos, Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, Gonçalo Reis, presidente da RTP e Bernardo Correia, country manager da Google Portugal.

Quem é a QSP?

A consultora de marketing foi criada em 2004 e atua na área de consultoria estratégica de marketing, através de estudos e pesquisas de mercado que garantem uma melhor performance das empresas, das suas marcas e dos seus produtos.

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