Protechting: Fidelidade e Fosun voltam a acelerar startups

Parceria entre Fidelidade, Fosun e Beta-i arranca 2ª edição. Os três vencedores têm direito a um road show na China. O prémio final é de dez mil euros.

A Fidelidade e a Fosun lançaram esta quarta-feira a 2ª edição do programa de aceleração Protechting, em parceria com a Beta-i. Trata-se de um dos primeiros programas verticais de aceleração em Portugal e permite às duas empresas envolvidas levar a cabo o processo de inovação aberta, através do apoio ao desenvolvimento de projetos de empreendedorismo nas áreas de proteção/prevenção, serviço nas áreas de fintech e insuretech e saúde.

“A inovação está no ADN, tanto da marca Fidelidade como da acionista Fosun. A inovação dentro da área do empreendedorismo é muito importante. Não podemos mudar o mercado mas podemos introduzir inovação internamente”, explica Sérgio Carvalho, diretor de marketing da Fidelidade, na apresentação do programa.

As candidaturas à 2ª edição do Protechting arrancam hoje, 25 de janeiro, e prolongam-se até 12 de março. A seleção das 25 escolhidas para participar no bootcamp é anunciada a 19 de abril e o bootcamp de uma semana arranca um mês depois. Dessa semana serão escolhidos 15 finalistas que participarão num programa de sete semanas de aceleração, de onde sairão os três vencedores depois do dia de pitch, marcado para 7 de julho.

protechting

“Este projeto representa uma confirmação da aposta que a Fidelidade tem vindo a dar ao ecossistema do empreendedorismo em Portugal. Acreditamos que este tipo de dinâmica traz um valor acrescentado para as sociedades do futuro e, naturalmente, como grande empresa que somos, assumimos o papel de dinamizador deste ecossistema, promovendo a criação de novas ideias e soluções”, esclarece Jorge Magalhães Correia, presidente da Fidelidade, em comunicado.

O grupo Fosun é um bom exemplo de como um pequeno negócio se pode tornar Global. Fundado há 24 anos por um grupo de estudantes é hoje a maior holding de investimento privada chinesa, com presença nos quatro cantos do mundo.

Liang Xinjun

CEO do grupo Fosun

Criado para contribuir para o desenvolvimento de uma nova geração de empreendedores, na 1ª edição do programa de aceleração Protechting estiveram a concurso 133 startups de 24 países diferentes. Dessas, 19 participaram no bootcamp e 14 no programa de aceleração. “Nesta edição, fizemos um trabalho anterior: fomos às áreas de negócio perceber em que queriam e precisavam de inovar queremos ter mais startups a trabalhar connosco e um maior fit dos negócios”, esclarece José Villa de Freitas, marketing manager da empresa.

De entre as áreas a apostar no programa de aceleração deste ano fazem parte temas como o ciber risco, a robótica, análise de risco, doenças crónicas e telemedicina, entre outros.

Na 1ª edição do programa de incubação e aceleração, a EctoSense saiu vencedora do grande prémio. A LifeSymb também teve lugar no pódio e no roadshow à China para conhecer eventuais parceiros e investidores.

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Redes sociais geram poucas receitas para as empresas de media

Plataformas como o YouTube, Twitter, Snapchat e Facebook estão a dar poucas receitas para as empresas de media: 19 grandes órgãos de comunicação geraram apenas 7,7 milhões de dólares num semestre.

Dados agora revelados indicam que, no primeiro semestre de 2016, os Instant Articles do Facebook geraram, em média, pouco mais de 560 mil dólares para alguns dos maiores órgãos de comunicação social do mundo.Facebook

Faz ideia de quanto recebem os jornais por colocarem os seus conteúdos no Facebook? Não? Nós respondemos: na primeira metade de 2016, os artigos instantâneos do Facebook geraram uma média de 560.144 dólares para os 19 órgãos de comunicação social que fazem parte do grupo Digital Content Next (DCN) . O valor sobe para 773.567 dólares no caso do YouTube, mas desce drasticamente para 482.788 dólares no Twitter e 192.819 na rede Discover do Snapchat. No total, as empresas de media do DCN fizeram apenas 7,7 milhões de dólares nesse período, cerca de 14% de todas as receitas nesse semestre.

Os dados fazem parte de um relatório interno do DCN, a que a Business Insider teve acesso. Estamos a falar de órgãos de comunicação social como o The Financial Times, a ESPN, a NBC, o The New York Times, a agência Bloomberg e até a própria Business Insider. Os dados que agora vieram a público ganham relevância tendo em conta que, por norma, estes valores não são revelados pelas empresas de media e muito menos pelas redes sociais.

Média das receitas geradas no primeiro semestre de 2016

Fonte: DCN/Business Insider (valores em dólares)
Fonte: DCN/Business Insider (valores em dólares)Raquel Martins

Trata-se de uma faca de dois gumes. Por um lado, os criadores de conteúdo veem-se obrigados a disponibilizar os conteúdos nas redes sociais para comodidade das audiências. O Facebook e o Twitter, por exemplo, são responsáveis por uma enorme fatia do tráfego dos sites de jornais, televisões e rádios em todo o mundo, uma parcela da qual os publishers não podem abrir mão. Por outro, estas novas plataformas de distribuição parecem estar a penalizar fortemente as receitas das empresas que, ao mesmo tempo, têm perdido quota de mercado para as gigantes da tecnologia no que toca à publicidade.

No entanto, como explica o Business Insider, o conteúdo disponibilizado pelos publishers às redes sociais é, em grande parte, uma das componentes responsáveis pelo sucesso das redes sociais. Por isso, estas têm procurado estreitar relações com os grandes grupos de media. O Facebook, por exemplo, contratou recentemente o jornalista Campbell Brown com esse objetivo em mente. E a Google, que detém o YouTube, lançou recentemente o projeto Digital News Initiative, que tem vindo a injetar capital em dezenas de órgãos de comunicação social em todo o mundo.

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Intesa avalia fusão com a Generali

O segundo maior banco de Itália está a avaliar uma fusão com a Assicurazioni Generali, a maior seguradora do país. Banco poderá pagar até 16 mil milhões de euros em dinheiro e ações.

Pode estar iminente um negócio de proporções gigantescas em Itália. O Intesa Sanpaolo, o segundo maior banco italiano, está a avaliar uma eventual fusão com a Assicurazioni Generali, a maior seguradora do país, indicou o banco esta terça-feira, em comunicado. “O banco está interessado num crescimento industrial nas áreas da gestão de ativos, da banca privada e dos seguros”, indica a nota citada pela Bloomberg.

O Intesa poderá pagar três mil milhões de euros em dinheiro à Generali, investindo ainda outros 12 mil milhões de euros em 60% das ações para garantir o controlo da seguradora, avançou a imprensa italiana esta quarta-feira. Segundo a agência Bloomberg, a Assicurazioni Generali está avaliada em 24 mil milhões de euros, mais de metade do valor do banco comprador.

O Intesa Sanpaolo gere 370 mil milhões de euros em ativos. A aquisição da Generali, a confirmar-se, parece ir ao encontro da estratégia do banco de apostar em produtos mais lucrativos para fazer frente às baixas taxas de juro. A Generali conta com 76 mil colaboradores e operações em mais de 60 países e gere cerca de 500 mil milhões de euros em investimentos. Em contrapartida, o Intesa detém o maior portefólio de dívida pública italiana, no valor de 90 mil milhões de euros. A Generali também é obrigacionista, com uma carteira de 70 mil milhões de euros.

A notícia do negócio está a gerar reações distintas. Por um lado, os analistas veem nesta fusão uma forma de criar sinergias na área da gestão de ativos e da banca privada, permitindo reduzir custos operacionais. Por outro, não é um negócio fácil de concretizar. Quer da parte das regras da concorrência, quer por envolver duas instituições com diferente distribuição, perfil de risco e regulação, aponta a Bloomberg.

Contactada pela agência, a Generali optou por não comentar o comunicado do Intesa. Face à informação de que o negócio resultará na separação das operações da Generali e da Allianz na Alemanha, a seguradora alemã também preferiu não comentar.

Pode não acontecer

Muitos investidores parecem céticos de que o negócio se vá mesmo materializar. À Bloomberg, David Herro, responsável pelo departamento de investimentos da Harris Associates, empresa que detém uma pequena parcela do banco italiano, disse que “embora nos mantenhamos de mente aberta, os rumores desta fusão parecem inconsistentes com os planos estratégicos previamente anunciados”.

As ações da Generali na bolsa italiana estão a registar fortes ganhos com a notícia. Após um desempenho positivo de 3,94% no início da semana, as ações fecharam a sessão de terça-feira a escalar 8,21%. Esta quarta-feira, os títulos voltam a negociar no verde, registando até agora uma subida de 1,36%. Valem 15,63 euros cada.

Situação bem diferente com as ações do banco Intesa. Na bolsa italiana, os títulos da instituição, que arrancaram a semana com perdas de 2,91%, fecharam a sessão de terça-feira a derrapar 4,42%. Esta terça-feira, estão igualmente a cair 0,52%, valendo 2,28 euros cada.

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Zuckerbergs compram motor de busca de I&D

  • Juliana Nogueira Santos
  • 25 Janeiro 2017

A Chan Zuckerberg Iniciative é agora dona do Meta, um agregador de trabalhos de investigação científica. O objetivo é tornar a informação científica acessível a todos.

Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, e a sua esposa Priscilla Chan deram outro passo para facilitar o trabalho de inúmeros cientistas por todo o mundo com a aquisição do Meta, um motor de busca de baseado em inteligência artificial. A compra foi feita através da sua organização de filantropia, a Chan Zuckerberg Iniciative.

Além de passar a ser o maior investidor na plataforma, a organização vai tornar o acesso completamente livre a todos os utilizadores, logo após uns meses de melhoramento do produto. O Meta, anteriormente conhecido por Sciencescape, agrega inúmeros papers de investigadores de todos os ramos da ciência e permite o acesso completo a mais de 18.000 revistas de especialidade e respetivas fontes.

Mas não é só isto que torna o Meta uma ferramenta indispensável para qualquer cientista: o seu sistema de inteligência artificial reconhece autores e citações e destaca-as, de forma a melhorar ao máximo a pesquisa. O que acontece é que quando alguém pesquisa um paper, os primeiros resultados não são as publicações que foram alvo de otimização de pesquisa, mas sim as que realmente correspondem ao que o utilizador necessita.

O acesso livre à informação vai permitir não só facilitar o trabalho àqueles que se dedicam ao estudo e investigação das mais diversas ciências, mas também acabar com um problema clássico de mediação do conhecimento que se prende com a dificuldade que os cidadãos comuns têm em contactar com a ciência.

Esta aquisição vai ao encontro do objetivo maior da organização que é ajudar a curar, prevenir ou gerir todas as doenças do nosso tempo.— objetivo que parece ser também o dos criadores do motor de busca. Numa publicação na sua página pessoal de Facebook, o presidente do Meta Sam Molyneux, afirmou que “ao avançar, a nossa intenção não é lucrar a partir dos dados e capacidades do Meta; em vez disso queremos assegurar que quem precisa consiga ter esses dados, em todos os setores, o mais depressa possível, para o bem do mundo.

Os detalhes da compra desta empresa fundada em 2010 com investimentos na ordem dos 7,5 milhões de dólares não foram divulgados. A empresa é já considerada a líder no campo da agregação de investigação.

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Portuguesa OutSystems atinge meta dos 100 milhões de dólares em vendas

A empresa portuguesa registou mais de 100 milhões de dólares em vendas no ano passado, duplicando as receitas com as soluções de software que fornece. Em Portugal, contratou 129 pessoas.

A tecnológica portuguesa OutSystems apresentou, esta quarta-feira, resultados acima do esperado. A empresa garante que, em 2016, “superou a barreira dos 100 milhões de dólares em vendas” e “um crescimento de 50%” em cadeia nas receitas provenientes das soluções de software que desenvolve.

A OutSystems assume-se como “líder no desenvolvimento de plataformas low-code” o que, por outras palavras, se materializa na criação de plataformas que permitem desenvolver aplicações (apps) de forma mais rápida e simples e com menos necessidades de programação. Em outubro, a companhia lançou uma nova plataforma do género, “com capacidades avançadas para aplicações móveis empresariais”.

A juntar ao marco dos 100 milhões de dólares em vendas, a empresa refere, em comunicado, ter adicionado “178 novos clientes” ao portefólio no ano passado, clientes esses provenientes de 43 países. A nível global, contratou “mais de 200 novos colaboradores para as áreas de Vendas, Marketing e Gestão de Parceiros” e batendo a meta dos 500 colaboradores ao todo. Em Portugal “foram contratadas 129 pessoas”, um aumento de 36% para a empresa que, no país, conta agora com 347 colaboradores.

O crescimento registado em 2016 reflete a procura crescente por aplicações móveis.

Paulo Rosado

Presidente executivo da OutSystems

“A transformação digital é, simultaneamente, uma das maiores oportunidades e desafios das empresas. Estas estão sob uma pressão tremenda para desenvolverem as suas aplicações mais rapidamente e com menos recursos do que no passado”, justifica Paulo Rosado, presidente executivo da empresa. “O crescimento registado em 2016 reflete a procura crescente por aplicações móveis, o reconhecimento crescente da indústria e a inovação de produto em que apostamos”, frisou.

Questionado pelo ECO sobre o peso dos mercados internacionais nas contas da companhia, Paulo Rosado confirmou que “os mercados internacionais têm já um peso superior a Portugal desde há algum tempo e refletem os bons resultados que estamos a ter consistentemente em todas as geografias em que operamos. E esperamos que a contribuição internacional continue a aumentar nos próximos ano”. Paulo Rosado prevê ainda que a transformação digital continue a ser força motriz da expansão das soluções de software da empresa.

As soluções low-code permitem gerar aplicações, widgets e outros componentes de software de forma mas simples e, teoricamente, acessível do que se tivessem de ser programados do zero. É uma das alternativas escolhidas pelas empresas para desenvolver e lançar as respetivas aplicações, pois não necessita de conhecimentos muito profundos de programação informática.

Atualizado a 26 de janeiro, às 12h05, com a correção do número de colaboradores contratados em Portugal — a empresa indicou inicialmente terem sido 55, mas corrigiu agora para 129.

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Avaliação bancária das casas continua em máximos

  • Marta Santos Silva
  • 25 Janeiro 2017

Dezembro foi o nono mês consecutivo em que o valor das habitações atribuído pelos bancos aumentou. A última vez que os valores estiveram tão altos foi em setembro de 2011.

Pelo nono mês consecutivo, o valor médio atribuído às habitações pelos bancos voltou a subir em dezembro, para 1100 euros por metro quadrado, informou o Instituto Nacional de Estatística (INE). Desde setembro de 2011 que não se registava um valor tão alto.

Em relação ao mês de novembro, o preço médio aumentou 0,8%. Já comparativamente com o mês de dezembro do ano anterior, a subida é mais drástica: a avaliação bancária das habitações subiu 4,8% entre o fim de 2015 e o de 2016. No Norte, o valor foi ainda mais expressivo: os preços subiram 5,2%,

A subida do valor, que se verifica há nove meses seguidos, pode ser interpretada como um sinal de confiança por parte dos bancos na capacidade das famílias de suportar empréstimos à habitação.

Os valores de dezembro permitem agora olhar para 2016 como um todo, o que deixa concluir que o valor médio de avaliação para o ano se fixou nos 1.073 euros por metro quadrado — o mais alto desde 2011 — e mais 3,8% do que o registado em 2015. O valor de avaliação aumentou em todas as regiões, e mais para as moradias (4,2%) do que para os apartamentos (3,4%).

Este mês, o Eurostat divulgava que em Portugal o preço das casas cresceu o dobro da média da zona euro no terceiro trimestre de 2016.

Variação homóloga do preço das casas

Fonte: Eurostat
Fonte: Eurostat

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Santander Totta sobe lucros para 395 milhões em 2016

O resultado reflete o crescimento da margem financeira, das comissões e da margem comercial.

O Santander Totta registou lucros de 395,5 milhões no conjunto do ano passado, um aumento de 35,8% face a igual período do ano anterior.

A justificar a subida dos lucros está o “forte crescimento da margem financeira”, o crescimento das comissões e o aumento da margem comercial, refere o banco, em comunicado enviado às redações. A margem financeira subiu 31%, para 731 milhões de euros, enquanto as comissões avançaram 16,1% para os 305,7 milhões. Já a margem comercial totalizou 1.052 milhões de euros, um aumento homólogo de 27,9%.

Em sentido contrário estiveram os resultados da área seguradora, que recuaram 27,2% para os 10,3 milhões de euros. Ao mesmo tempo, os custos operacionais subiram quase 10%, para 523 milhões de euros. Este aumento dos custos deve-se à integração do Banif, no final de 2015.

Feitas as contas, o produto bancário (o equivalente às receitas) da instituição liderada por António Vieira Monteiro cresceu 6,4% em 2016, totalizando 1.196 milhões de euros.

O banco destaca ainda a “dinâmica” na concessão de novo crédito. Esta dinâmica não foi, contudo, suficiente para evitar a queda de 3% da carteira total de crédito, para um total de 33.113 milhões de euros. Esta queda foi motivada “pela venda de créditos em incumprimento que ocorreu ao longo do ano”, justifica o Santander Totta. Em 2016, o banco vendeu cerca de 690 milhões de euros de créditos em incumprimento, “no âmbito da sua regular gestão de carteiras de crédito não-produtivas”.

O rácio de crédito em risco fixou-se nos 5,62% no final de dezembro, uma melhoria de 0,81 pontos percentuais face a setembro de 2016. “O banco continua a manter um foco especial na gestão da carteira de crédito adquirida ao ex-Banif em termos de créditos com incumprimento, créditos reestruturados e créditos com outros sinais de imparidade que se incluem nos termos em que a [Autoridade Bancária Europeia] classifica um non-performing loan“, sublinha o Santander Totta.

Os depósitos, por seu lado, ascenderam a 27,7 mil milhões de euros, mais 6,4% do que no final de 2015. Isto “apesar da significativa redução das taxas de juro”, salienta o banco.

Notícia atualizada pela última vez às 12h47.

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Como anda a confiança das empresas alemãs?

  • Ana Luísa Alves
  • 25 Janeiro 2017

A economia alemã pode vir a enfrentar um ano menos fácil, com as ameaças da presidência de Trump, a saída do Reino Unido da União Europeia e o crescimento dos movimentos populistas.

A confiança dos empresários alemães já teve melhores dias. Contrariamente ao esperado, o Índice de Confiança das Empresas na Alemanha caiu em janeiro, e depois de os analistas da Bloomberg terem antecipado uma nova subida no início do ano, comparando com os valores de dezembro.

O indicador que mede a confiança dos empresários alemães caiu para os 109,8 pontos. Em dezembro, o índice tinha subido para os 111 pontos, face aos 110,4 pontos registados em novembro, e os economistas sondados pela Bloomberg anteciparam uma nova subida na primeira leitura de 2017 para os 111,3 pontos, o que poderia resultar num valor máximo de 2011. Mas não foi assim.

A quebra na confiança das empresas da maior economia da zona euro pode significar que aumentou a incerteza relativa às presidenciais que se aproximam no país, e não só, o que pode castigar a economia alemã, depois de um crescimento em 2016 que foi o mais acelerado nos últimos cinco anos.

A Alemanha pode vir a enfrentar um ano complicado, segundo refere a Bloomberg. A oposição que se tem gerado entre a ainda chanceler Angela Merkel e o fortalecimento do movimento populista, o início das conversações formais para a saída do Reino Unido da União Europeia, e as medidas que Trump vai tomar, estando à frente da maior economia do mundo, podem também pesar na confiança que manifestam os empresários alemães.

“O enfraquecimento na indústria está em destaque e isto tem, provavelmente, algo a ver com os primeiros dias de Donald Trump e os medos dos exportadores alemães”, referiu Andreas Rees, economista do banco Unicredit Bank, em Frankfurt. “Se olharmos para o todo da economia alemã, parece estar saudável”, acrescentou o analista.

Editado por Mónica Silvares ([email protected])

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António Vieira Monteiro: “Somos contra a nacionalização do Novo Banco”

O banco Santander Totta realiza hoje a conferência de imprensa sobre os resultados referentes a 2016. Isto depois de o Grupo Santander ter registado os lucros mais elevados desde 2010.

O banco Santander Totta realiza hoje a conferência de imprensa para explicar os resultados referentes a 2016. O desempenho do banco liderado por António Vieira Monteiro é conhecido depois de a casa-mãe ter anunciado que o resultado alcançado no último trimestre do ano eleva para 6,2 mil milhões de euros os lucros registados em 2016, os mais elevados desde 2010. Acompanhe aqui em direto a conferência.

Presidente do Santander Totta

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Penhoras de automóveis aumentaram 28%

  • ECO
  • 25 Janeiro 2017

Apesar de os imóveis continuarem a ser o ativo mais penhorado, o número tem diminuído graças às alterações na legislação. Por outro lado, o número de carros penhorados aumentou em 2016.

As penhoras de veículos automóveis pelo Fisco aumentaram 28% no ano passado. Pelo contrário, o número dos imóveis penhorados baixou em relação a 2015, ainda que continua a ser o bem mais penhorado.

Em 2016, o Estado penhorou o correspondente a cerca de 20 automóveis por semana, o único bem que sofreu um aumento, de acordo com o Diário de Notícias. Já os imóveis, apesar de continuarem a ser o bem mais penhorado, têm registado um decréscimo no número de penhoras: foram levadas a hasta pública mais de 2.400 casas.

No total, o Estado vendeu 4.430 ativos penhorados, menos do que em 2015 (4.592), sem contabilizar as penhoras de ordenados pensões ou ativos financeiros.

A legislação referente às penhoras tem sofrido alterações nos últimos tempos o que tem travado a concretização das vendas de bens penhorados: no ano passado, entrou em vigor uma lei que impede o Fisco de vender imóveis penhorados que sejam habitação principal de uma família. Por outro lado, os contribuintes podem agora pagar as suas dívidas consoante a sua disponibilidade financeira, desde que o valor patrimonial tributário seja inferior a 574.323 euros.

E as alterações não devem ficar por aqui. Ainda este ano estão previstas novas mudanças na lei, que têm como objetivo limitar as penhoras dos saldos bancários ao valor de imposto em dívida, ao contrário do que acontece atualmente.

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“Situação de Portugal não é boa”, diz responsável do Eurogrupo

Mário Centeno deverá ser confrontado esta quinta-feira pelo presidente do Eurogrupo para a situação de Portugal que "não é boa", segundo fonte do organismo.

A situação de Portugal está a gerar preocupação entre os responsáveis do seio do Eurogrupo. Esta preocupação foi suscitada por um responsável do Eurogrupo que, citado pela Bloomberg, afirmou que “a situação de Portugal não é boa”, e que Jeroen Dijsselbloem, deverá alertar Mário Centeno para isso mesmo na reunião do Eurogrupo que decorre esta quinta-feira.

No encontro dos ministros responsáveis pela pasta das Finanças dos países da zona euro, um dos temas em cima da mesa será o acompanhamento do pós-programa de assistência financeira a Portugal, mas também à Irlanda. Mas em concreto se existem riscos que possam coloca em causa a capacidade de devolver os empréstimos recebidos ao abrigo do programa de assistência financeira.

De acordo com a Bloomberg, um dos temas que suscita maior preocupação por parte dos responsáveis europeus relaciona-se com a situação da banca portuguesa. De acordo com fonte do Eurogrupo citada pela agência de notícias, o setor financeiro português continua frágil.

Na mais recente entrevista, concedida à SIC no último domingo, o Presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou precisamente a importância de resolver o problema do crédito malparado (non performing loans, NPL), de modo a “libertar as instituições de ativos problemáticos, na medida do possível”. Uma das vias para resolver o problema do malparado nas mãos da banca nacional poderá passar pela alienação desses ativos problemáticos. A solução por essa via poderá estar nas mãos de um consórcio liderado pelo ex-partner do Goldman Sachs, que diz estar disponível para adquirir esse malparado por 15 mil milhões de euros.

A preocupação revelada pelo Eurogrupo acontece após um período de agravamento dos juros da dívida nacional, que no prazo a 10 anos ultrapassou a fasquia dos 4%, neste mês. Os juros nacionais nesse prazo entretanto aliviaram, mas hoje está novamente sob pressão. A taxa de juro a 10 anos portuguesa é a que mais sobe na Europa. A ‘yield’ nacional nesse prazo agrava cerca de seis pontos base, para 3,917%.

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Cambalhotas parlamentares. A TSU não é única

  • Margarida Peixoto
  • 25 Janeiro 2017

Desde que Costa assumiu o poder, os deputados já deram entrada com 19 pedidos de apreciação parlamentar. Mas há outros caminhos para contrariar os governos.

Líderes dos cinco maiores partidos com representação parlamentar.Esta quarta-feira, o PCP, o BE e o PSD preparam-se para anular o corte temporário da Taxa Social Única (TSU) paga pelos empregadores, que foi decidido e implementado pelo Governo de António Costa. A maioria negativa nasceu de um pedido de apreciação parlamentar, um expediente muito usado pelos partidos da oposição. Mas os registos da Assembleia da República mostram que raramente estes processos terminam na revogação dos diplomas em causa. Há muitos outros caminhos para trocar as voltas aos executivos.

O atual Governo socialista tem-se orgulhado de aprovar pouca legislação, quando comparado com os seus antecessores. Mas não é por isso que se escapa a pedidos de apreciação parlamentar. Desde que António Costa tomou posse, a 26 de novembro, a Assembleia da República já registou a entrada de 19 destes pedidos, referentes a decretos-lei assinados pela equipa socialista. Durante o primeiro Governo de Passos Coelho houve 150 pedidos e no período entre o segundo Governo de Passos e a atual legislatura socialista, deram entrada outros 11 pedidos, que ainda diziam respeito a decretos-lei do Executivo PSD/CDS-PP.

O primeiro pedido de apreciação parlamentar da era António Costa deu entrada a 11 de fevereiro de 2016, pela mão de um dos parceiros dos socialistas no Parlamento: o PCP. Apesar do acordo de princípio firmado entre os comunistas e os socialistas, aquando da formação do Governo, o PCP tem sido o grupo parlamentar mais ativo nesta matéria: assina dez dos pedidos que dizem respeito a decisões do Executivo de Costa. O BE apresentou quatro, o CDS três e o PSD apenas dois.

Houve mais casos de revogações?

Nesta legislatura, não. O que não quer dizer que não tenha existido potencial para isso. Dos vários pedidos de apreciação entregues, destacam-se dois temas: TSU (outra vez) e gestores públicos.

Esta quarta-feira não é a primeira vez que os deputados vão discutir a redução temporária da TSU dos empregadores, como medida de estímulo ao emprego, mas decidida enquanto contrapartida do aumento do salário mínimo. Já no ano passado o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, decidiu prorrogar o regime que o Executivo de Passos Coelho tinha aprovado temporariamente em 2015: um desconto de 0,75 pontos percentuais nas contribuições a cargo do empregador, nos salários baixos. A medida foi chamada ao Parlamento — na altura pelos deputados do CDS.

A apreciação parlamentar deu origem a uma proposta de alteração do CDS e a um pedido de cessação de vigência do diploma, por parte do PCP. A iniciativa dos comunistas foi chumbada com os votos contra do PS e do CDS — e por isso a redução de custos para as empresas manteve-se. Os bloquistas e os Verdes apoiaram a revogação do diploma, mas nessa altura o PSD absteve-se, ao contrário do que promete fazer agora.

Já a proposta de alteração do CDS — que não colocava a medida em causa, apenas pretendia que o financiamento ficasse totalmente a cargo do orçamento do subsetor Estado, em vez de ser pago pelo orçamento da Segurança Social — não chegou a ser aprovada e, por isso, o processo da apreciação parlamentar caducou, a 4 de maio.

No caso dos gestores públicos, o que estava em causa era um decreto-lei através do qual o Governo retirava do âmbito deste estatuto a administração da Caixa Geral de Depósitos. Esta terá sido uma das condições pedidas pela equipa de António Domingues, que liderou o banco durante alguns meses, e que não pretendia apresentar a sua declaração de rendimentos e património ao Tribunal Constitucional. O caso deu direito a dois pedidos de apreciação parlamentar — um do PSD, outro do CDS-PP — mas acabou por se resolver por outra via.

Através de uma maioria negativa, formada pelo PSD, CDS e BE, a vontade do Governo foi contrariada: os social-democratas conseguiram ver aprovada a sua proposta de aditamento ao Orçamento do Estado para 2017, no âmbito da apreciação na especialidade. E dessa forma os administradores da Caixa voltaram a ser abrangidos pelo estatuto do gestor público — e a ser obrigados a dar conta dos seus rendimentos.

Maioria negativa e TSU… Esta história é repetida…?

Parece, mas não é. Houve de facto uma história onde entra um corte de TSU, uma maioria negativa e um Governo minoritário. Mas dessa vez, quem queria aplicar descontos nas contribuições era o PSD. E apesar de a medida ter sido discutida em conjunto com 12 outras iniciativas de estímulos à economia, das quais 11 foram aprovadas na generalidade por maioria negativa, esta chumbou.

Estávamos em 2009, no segundo Governo de José Sócrates. Foi a 27 de novembro, um dia que ficou conhecido como a “sexta-feira negra”. Depois do Orçamento expansionista que o Executivo tinha aplicado em 2009, o então primeiro-ministro já sentia o aperto forte dos mercados financeiros e a dúvida crescente sobre a capacidade portuguesa de orientar as finanças públicas. Por isso, Sócrates estava contra mais medidas anti-crise.

Espero que o Parlamento perceba que quem governa é o Governo.

José Sócrates

27 novembro de 2009, quando era primeiro-ministro

Contudo, PSD, CDS, BE e PCP aprovaram na generalidade 11 de 13 diplomas com impactos na receita e na despesa. Entre outros, estava em causa o adiamento da entrada em vigor do Código Contributivo, a Extinção do Pagamento Especial por Conta, alterações no prazo de reembolso do IVA para as empresas e a aplicação de juros de mora ao Estado, quando este se atrasa a pagar — à luz do debate de hoje, esta lista parece um menu de planos B.

Na reação, o então Governo sublinhou os custos das decisões do Parlamento, garantindo que rondariam os dois milhões de euros. E acrescentou José Sócrates: “Espero que o Parlamento perceba que quem governa é o Governo.”

"Como forma de prevenir o aumento do desemprego e de manter o atual emprego, o PSD considera que se justifica a redução temporária dos custos fixos do trabalho, aliviando direta e indiretamente a pressão sobre a tesouraria das empresas.”

PSD

Projeto de lei 32/XI, de 10 de novembro de 2009

Dos 13 projetos em discussão, apenas dois foram chumbados. Um deles era o do PSD que propunha cortar dois pontos percentuais aos descontos a cargo dos empregadores. “Como forma de prevenir o aumento do desemprego e de manter o atual emprego, o PSD considera que se justifica a redução temporária dos custos fixos do trabalho, aliviando direta e indiretamente a pressão sobre a tesouraria das empresas”, lê-se no projeto de lei dos social-democratas.

A ideia do PSD era reduzir a TSU durante “o ano de 2010”, salvaguardando a compensação financeira à Segurança Social. O decreto-lei do Governo que o Parlamento se prepara para revogar também prevê uma redução temporária da TSU, como medida de estímulo ao emprego. Mas aplica-se apenas aos contratos cujo valor seja o salário mínimo e surge no âmbito da negociação com os parceiros sociais para encontrar formas de compensar o aumento da remuneração mínima para 557 euros.

O que mais querem os deputados apreciar?

No primeiro pedido de apreciação parlamentar que entregou a um diploma do atual Governo, o PCP questiona a transformação da Universidade do Minho numa fundação pública, com regime de direito privado. Defende que esta alteração “é contrária aos interesses” da universidade e da comunidade académica, e por isso pede a apreciação do diploma.

Mas entre os 19, há pedidos sobre as matérias mais variadas: há deputados que querem ser tidos em conta em assuntos relacionados com o ensino do português no estrangeiro, com o Código da Estrada, a carreira dos técnicos de ambulância do INEM, a administração dos portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra… a lista continua. Muitos destes pedidos de apreciação parlamentar ainda não foram agendados.

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