PCP desafia Governo a reduzir ainda mais Pagamento Especial por Conta

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2017

Reduzir em 2017. Eliminar em 2018. É essa a proposta do PCP em alternativa à redução da TSU. Jerónimo de Sousa considera que agir ao nível do Pagamento Especial por Conta de fato ajuda as PME.

O secretário-geral do PCP desafiou hoje o Governo a reduzir ainda mais o Pagamento Especial por Conta (PEC) e a eliminá-lo no próximo ano, para responder aos problemas das micro, pequenas e médias empresas.

“Se querem fazer bem às micro, pequenas e médias empresas reduzam mais o PEC e eliminem-no no ano que vem”, defendeu Jerónimo de Sousa, lembrando que a redução do PEC de 1.000 para 850 euros foi uma proposta apresentada pelo PCP durante a discussão do Orçamento do Estado para 2017.

O Governo e os parceiros chegaram a acordo, a 22 de dezembro, relativamente à descida da Taxa social Única (TSU) dos empregadores em 1,25 pontos percentuais, mas PCP, BE e PSD já anunciaram que vão votar contra a medida para evitar a sua entrada em vigor, em fevereiro.

A redução da TSU foi aprovada em sede de Concertação Social entre o Governo e os parceiros sociais – à exceção da CGTP -, como contrapartida para as empresas do aumento do Salário Mínimo Nacional, de 530 para 557 euros, que já está em vigor desde 01 de janeiro.

Perante centenas de militantes, num comício realizado hoje à tarde na Universidade do Algarve, em Faro, o secretário-geral do partido sugeriu “que se avance mais na redução do PEC e que se tomem novas medidas para tornar essa redução mais significativa”, não a fazendo depender do aumento do salário mínimo.

“Esse seria certamente um contributo positivo para responder aos problemas das micro, pequenas e médias empresas, sem desvalorizar o aumento do salário mínimo social”, sublinhou.

Para o secretário-geral do PCP, não é “a atribuição de uma benesse” em relação ao aumento do salário mínimo que resolve os problemas das empresas, cujas dificuldades, considerou, se prendem, sobretudo, com os custos de produção e a dificuldade no acesso ao crédito.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TSU: Presidente da República recebe CGTP na terça-feira

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2017

Na véspera de o Parlamento poder chumbar a descida da Taxa Social Única, o Presidente da República recebe a central sindical que não assinou o acordo de concertação.

O Presidente da República recebe na terça-feira a CGTP, na véspera de o Parlamento poder chumbar a descida da Taxa Social Única (TSU) para os empregadores, acordo que a central sindical não subscreveu, disse fonte da Presidência à Lusa.

Antes, na segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa recebe ainda a central sindical UGT, que subscreveu o acordo alcançado entre o Governo e os parceiros sociais em 22 de dezembro e assinado na terça-feira.

Na sexta-feira, Marcelo recebeu os representantes das quatro confederações patronais: a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação do Turismo Português (CTP).

A redução da TSU dos empregadores em 1,25 pontos percentuais pode ser travada pela Assembleia da República na quarta-feira, 25 de janeiro, quando serão debatidas as apreciações parlamentares pedidas por BE e PCP para evitar a sua entrada em vigor, em fevereiro.

O PSD também já anunciou que vai votar ao lado do PCP e do BE.

A redução da TSU dos empregadores foi aprovada em sede de Concertação Social entre o Governo e os parceiros sociais – à exceção da CGTP – a par do aumento do Salário Mínimo Nacional de 530 para 557 euros, que já está em vigor desde 1 de janeiro.

No final do ano passado, quando se discutia a proposta do Governo de um novo aumento do salário mínimo, contestado pelas confederações patronais, o Presidente da República incentivou um acordo com os parceiros sociais. Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que os governos não devem “decidir unilateralmente” sobre matérias estratégicas que podem ser objeto de acordo.

A 14 de novembro chamou mesmo os parceiros sociais ao Palácio de Belém para avaliar a possibilidade de acordos de médio prazo.

Na sequência dessas audiências, o Chefe de Estado insistiu que esgotassem até ao fim “os caminhos do diálogo social” e prometeu apoiar a Concertação Social “até ao limite” dos seus poderes.

Governo e parceiros sociais acabaram por chegar a acordo, em 22 de dezembro, mas logo nesse dia, em debate quinzenal no parlamento, o Partido Ecologista ‘Os Verdes’ (PEV) contestou a descida da TSU, e no dia seguinte PCP e Bloco de Esquerda juntaram-se a essa contestação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alberto da Ponte morreu

O empresário morreu, aos 64 anos, vítima de cancro. O empresário acumulou décadas de experiência na Unilever, Sociedade Central de Cervejas, RTP. Recentemente tinha abraçado um novo projeto.

Empresário, com um currículo invejável. Polémico, com “gosto de fazer coisas diferentes todos os dias”. As palavras eram suas. Alberto da Ponte morreu este sábado, aos 64 anos, vítima de cancro.

A sua carreira começou, em 1974, na Elida Fabergé (Indústrias Lever), em Portugal, como diretor de marca. Mas a multinacional levou-o até Bruxelas e Madrid. No seu palmarés conta com uma uma nomeação especial para reorganizar o Departamento de Vendas da Unilever, em Kuala Lumpur, na Malásia.

Tudo começou antes, com a licenciatura em Ciências Económicas e Financeiras, pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). No currículo académico destaca-se ainda o Curso Superior de Finanças, na Harvard Business School (Boston), em 1999.

Entre 1989 e 1991, a Lever foi substituída pela Jerónimo Martins, onde desempenho funções de administração no grupo. Décadas depois, voltou ao grupo de Soares dos Santos, onde, nos últimos tempos, desempenhava funções de consultor. Função que também levava a cabo para a Delta.

Para muitos o período mais marcante na vida do gestor foi o da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC), dona da Água do Luso e responsável pela produção e comercialização de marcas como a Sagres, Guiness ou Schweppes. Durante esses anos conseguiu o feito de vender mais cerveja do que o rival direto, a Unicer, então liderada por Pires de Lima, que veio a ser ministro da Economia.

O seu clube do coração era o Sporting, mas foi com o Benfica que Alberto da Ponte negociou, em 2009, um acordo por doze anos de patrocínio da marca Sagres nas camisolas do Clube. Um ao depois de a Sociedade Central de Cervejas ser adquirida pela Heineken, o grupo cervejeiro líder europeu. Apesar de ter permanecido até ao presente como administrador não executivo da Sociedade Central de Cervejas, o gestor abandonou o cargo de topo, em 2012.

Sobre esta mudança, numa entrevista, ao Jornal de Negócios, em 2012, disse: “As mudanças são como os comboios: passam quando passam, e apanhamo-los ou não!”.

A RTP foi o capítulo que se seguiu. O seu mandato ficou marcado por várias polémicas. Logo de início, o despedimento de Nuno Santos, um caso que ficou conhecido como ‘brutosgate’. Já no final, um braço de ferro com o então ministro da tutela, Miguel Poiares Maduro.

No verão do ano passado, o jornal Expresso dedicou uma reportagem ao seu mais recente projeto — a Fábrica das Enguias — desenvolvido juntamente com António Quaresma. Nessa mesma reportagem, o gestor explica que o seu papel, na Valor do Tempo, a sociedade criada pelos dois, era “fornecer inteligência de gestão, bom senso, fazer a diferença”. Além disso, dava conta do prazer que lhe dava a nova liberdade de “poder ter ideias e criar a partir do nada”.

Alberto da Ponte, neste seu último projeto queria criar negócios “com uma base ideológica”, “humanizar a economia, criar emprego e redistribuir riqueza”.

 

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Saiba se a EDP lhe vai cortar a eletricidade hoje

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2017

As interrupções serão muito curtas, entre três e quatro minutos, e em ruas específicas.

Coimbra, Santo Tirso, Trofa, Azambuja, Cartaxo, Lisboa e Albufeira vão ter este domingo um corte de eletricidade, porque a EDP Distribuição a fazer trabalhos na rede elétrica.

A empresa garante que as interrupções serão muito curtas, entre três e quatro minutos, e em ruas específicas. Isto depois de ter publicado um anúncio num jornal de âmbito nacional, adiantando que os trabalhos nas redes de distribuição de energia iriam obrigar a interrupções no fornecimento em dez concelhos do país, em alguns casos por períodos até sete horas.

“A maioria destas ações são realizadas com recurso a geradores cujas ligações e desligações geram interrupções de curta duração – três ou quatro minutos”, afirmou a empresa em comunicado enviado à Lusa, referindo que nos avisos sobre os cortes energéticos disponíveis no seu portal na Internet (na área ‘Interrupções de Energia’) estão identificadas as ruas específicas em que se realizarão os trabalhos.

As interrupções programadas para este domingo destinam-se a que a EDP Distribuição possa fazer trabalhos na rede elétrica que “não se podem realizar com a mesma em tensão”, sobretudo ligações de novas infraestruturas ou reparação de equipamentos.

Os trabalhos inicialmente programados para Figueira da Foz, Ferreira do Zêzere e Tomar serão realizados posteriormente.

Bloco pede explicações a Caldeira Cabral

O Bloco de Esquerda (BE) considerou que a interrupção no abastecimento de eletricidade, anunciada pela EDP Distribuições, agrava os riscos da vaga de frio, questionando a tutela se pondera definir limites para as intervenções consoante as condições meteorológicas.

Numa nota enviada à agência Lusa, o BE lembra que “Portugal tem elevados níveis de pobreza energética em termos europeus e a ineficiência térmica é característica de grande parte do parque habitacional do país” e que, por isso, “esta interrupção do abastecimento de eletricidade agrava os riscos colocados pela atual vaga de frio e deve ser explicada de forma clara”.

Nesse sentido, o BE questiona o Ministério da Economia se pondera “a definição de limites para estas intervenções pré-calendarizadas, que as subordine à existência de condições meteorológicas adequadas”.

Uma vez que a EDP justifica os trabalhos com a necessidade de fazer “remodelação e conservação das redes de distribuição”, o grupo parlamentar bloquista questiona “qual a razão da calendarização para o pico da estação fria?”.

Além disso, o BE pretende saber se o Governo tinha conhecimento deste agendamento e qual a razão da “escassa antecipação (48 horas) deste aviso em relação ao momento da interrupção de abastecimento” e se pondera avançar com “medidas adicionais de aviso aos consumidores”, como o envio postal (junto com a faturação).

Questionada pela Lusa, a EDP – Distribuição explicou que “são consideradas interrupções por razões de serviço as que decorram da necessidade imperiosa de realizar manobras, trabalhos de ligação, reparação ou conservação da rede sempre que estiverem esgotadas todas as possibilidades de alimentação alternativa a partir de instalações existentes”.

Inicialmente, estava previsto que estas “interrupções por razões de serviço” acontecessem nos concelhos de Coimbra, Figueira da Foz (seis horas, em quatro freguesias), Santo Tirso, Trofa, Azambuja (seis horas em duas freguesias do concelho), Cartaxo, Ferreira do Zêzere, Tomar (com uma interrupção entre as 06:00 e as 13:00, em três freguesias do concelho), Lisboa e Albufeira.

Hoje, a EDP Distribuição disse que as interrupções de eletricidade programadas para este domingo em alguns concelhos do país serão muito curtas, entre três e quatro minutos, e em ruas específicas.

“A maioria destas ações são realizadas com recurso a geradores cujas ligações e desligações geram interrupções de curta duração – três ou quatro minutos”, afirmou a empresa em comunicado enviado à Lusa, referindo que nos avisos sobre os cortes energéticos disponíveis no seu portal na Internet (na área ‘Interrupções de Energia’) estão identificadas as ruas específicas em que se realizarão os trabalhos.

Os concelhos afetados pelos cortes energéticos deste domingo são Coimbra, Santo Tirso, Trofa, Azambuja, Cartaxo, Lisboa e Albufeira, sendo que os trabalhos inicialmente programados para Figueira da Foz, Ferreira do Zêzere e Tomar serão realizados posteriormente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marques Mendes: “A TSU ofuscou o défice”

Marques Mendes critica a forma como o Governo anunciou que o défice será, em 2016, inferior a 2,3%. E revelou que o crescimento em Portugal, o ano passado, poderá chegar aos 1,4%.

Depois do chumbo da Taxa Social Única, que é quase certo, esta quarta-feira no Parlamento, o Governo vai apresentar um plano B, sublinhou Marques Mendes. Para as PME a solução será de caráter legislativo, como por exemplo, ao nível do Pagamento Especial Conta, já para as Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS) a opção do Executivo deverá recair por um aumento das transferências para estas instituições, acrescentou o comentador.

Se PSD, PCP e Bloco votarem, juntos chumba” a proposta de redução da Taxa Social Única em 1,25 pontos para as empresas que aumentam o salário mínimo. “Julgo que a seguir vamos ter um plano B, nos dias seguintes à votação. Vão ser algumas medidas compensatórias”, sublinha Marques Mendes. “No caso das IPSS e Misericórdias serão medidas de caráter administrativo, como por exemplo, transferências maiores. No domínio das PME terão de ser medidas de caráter legislativo, feitas por decreto lei”. Mas aí, lembra, “têm de ser acertadas com o PCP e com o Bloco, como o Pagamento Especial por Conta ou outras”.

Uma negociação que, se tivesse existido ao nível da TSU, teria evitado o chumbo da medida. O comentador, no seu espaço habitual na SIC — hoje extraordinariamente ao sábado, por causa da entrevista que o Presidente da Republica dará à mesma estação de televisão este domingo –classificou esta como “péssima” para António Costa. E quanto ao dia do debate quinzenal foi “daqueles em que nem sequer devia ter saído de casa”, ironiza.

Marques Mendes aponta o falhanço de estratégia e de marketing político, porque o primeiro-ministro iniciou o debate quinzenal com o anúncio de que o défice ficaria, em 2016 não será superior a 2,3% — o que permitirá a Portugal sair do procedimento por défices excessivos –, um anúncio que acabou por ser “ofuscado” pela discussão da TSU.

Este será o défice mais baixo da democracia portuguesa. Há um ano ninguém acreditava, da direita à esquerda. Provavelmente nem eu”, sublinhou. Mas um marco destes, que vai permitir a Portugal “sair da lista negra” do PDE, reduzir a dívida e, consequentemente impostos, “foi comunicado da forma mais amadora possível”. “A TSU ofuscou o défice. O Governo que é muito profissional em termos de propagando esteve aqui mal”, concluiu.

No debate em que o grande tema foi a concertação social e a TSU, “Costa foi o que esteve pior porque foi encurralado à esquerda e à direita”, porque não teve uma linha condutora”. Assunção Cristas foi elogiada como sendo a figura teve o melhor desempenho no debate, apesar de ter “em alguns pontos ter sido excessiva”.

Marques Mendes alerta que este ano vamos assistir a uma “radicalização de discursos” por causa das eleições autárquicas, mas é perentório a sublinhar: “É impossível uma crise política este ano”.

O comentador da Sic considerou que Bloco e PSD são os dois partidos que “terão um discurso mais duro”, porque são aqueles que “mais dificuldades têm nas autárquicas”. Mas, no caso do PSD, “radicalizar o discurso é positivo porque anima as hostes”, mas tem “um problema, pois abandona o centro”, virando mais à direita, “deixando, assim, um espaço que o PS pode ocupar”.

Um crescimento de 1,3 ou 1,4% em 2016

Já nas notas finais, Marques Mendes revelou que os dados preliminares da economia nacional apontam para que o quarto trimestre tenha corrido melhor do que se esperava e que, por isso, será possível ter crescido em 2016 mais do que os 1,2% que estão inscritos no Orçamento do Estado para 2017. “Podemos ter crescido 1,3 ou 1,4%”, concluiu Marques Mendes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo pede reforma do poder local com urgência

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2017

O Presidente considerou que o poder local tem sido "um fusível de segurança" da democracia portuguesa, porque impediu a entrada do populismo no país. E reforçou a urgência de levar a cabo esta reforma

O Presidente da República reforçou a urgência de concretizar a reforma do poder local, notando que é preciso aproveitar o consenso generalizado que existe, porque essa “conjugação astral pode deixar de existir”.

Há condições únicas de conjugação nas várias instituições para que o passo possa ser dado, não sei se elas são repetíveis daqui por uns anos”, alertou o Chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, numa intervenção no encerramento da conferência nacional ’40 anos do poder local democrático’, que decorreu em Loures.

Sublinhando que “política faz-se com mulheres e homens de carne e osso” e com pessoas concretas, Marcelo Rebelo de Sousa insistiu que existem momentos em que “há pessoas concretas apostadas numa determinada mudança e essa conjugação astral pode deixar de existir noutra conjuntura completamente diversa”.

O Presidente da República considerou ainda que o poder local tem sido “um fusível de segurança” da democracia portuguesa, porque impediu a entrada do populismo no país.

Aquilo que é chamado populismo não tem entrado no nosso país, entre outras razões, porque há poder local democrático. Tem sido fusível de segurança da democracia portuguesa”, afirmou o Chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, numa intervenção no encerramento da conferência nacional “40 anos do poder local democrático”, em Loures.

Recusando discutir o que é o populismo, porque “isso é tema para académicos”, Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que “não há nada como ter quem esteja próximo da pessoas a resolver os seus problemas”, falando a verdade e tratando de questões concretas, “para evitar os discursos feitos à pressa prometendo o regresso a um passado a que não se pode nem deve regressar”.

Ou, acrescentou, discursos prometendo “um futuro de frases artificiais, ilusórias de soluções que são mais ‘sloganisticas’ do que caminhos de resolução dos problemas reais portugueses”.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Davos: os robôs estão a roubar emprego. E agora?

  • Leonor Rodrigues
  • 21 Janeiro 2017

Se as novas tecnologias têm melhorado a produtividade das empresas, também é verdade - e importante refletir - que os avanços tecnológicos têm um peso importante no aumento do desemprego.

A globalização e a liberalização dos mercados têm sido frequentemente apontados como os culpados pelo aumento do desemprego nos últimos ano mas, em Davos, durante o Fórum Económico Internacional, os CEO’s não pensam o mesmo. Dizem que existe um responsável ainda maior e que tem sido esquecido: as máquinas.

Se é verdade que o avanço da tecnologia tem melhorado a produtividade e as receitas das empresas, também é verdade que existem danos colaterais e que precisam de ser levados em conta. Desde os taxistas aos profissionais da saúde, são poucas as profissões que já não têm em conta os avanços tecnológicos. Nem mesmo a indústria têxtil: a Adidas, por exemplo, pretende imprimir alguns dos seus produtos de calçado em 3D, de acordo com a Reuters.

“Os empregos vão ser extintos, vão evoluir e esta revolução vai ser eterna e vai afetar todos nós”, disse Meg Whitman, da HP, durante o evento.

“A tecnologia é o grande problema e nós não reconhecemos isso”, afirmou Mark Weinberger, da EY. Também Satya Nadella (Microsoft) concordou e disse à Reuters que “estamos agora a chegar a uma altura em que podemos ser forçados a procurar profissões alternativas durante a nossa vida”.

Na última década, foram mais os postos de trabalho extintos por causa da tecnologia do que qualquer outro fator. No entanto, para já, a maioria das tecnologias de ponta é mais cara do que a contratação de mão-de-obra com pouca qualificação. Isso é algo que vai mudar à medida que os custos diminuírem.

Em Davos, os diretores executivos foram unânimes quanto à necessidade de os governos, empresas e instituições de ensino desenvolverem mão-de-obra mais qualificada para fazer face e complementar os avanços tecnológicos.

O CEO da Manpowert, Jonas Prising, refere que “a ideia de que vamos banir a automação como parte de uma evolução na indústria de manufatura não é, realmente, a discussão”. De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, em 2013 metade dos empregos nos EUA estavam em risco. Por outro lado, em 2015, outro estudo da Forrester Research previa apenas uma perda de 7%, afirmando que alguns empregos seriam substituídos por outros. Para 2019, a Forrester prevê que um quarto das tarefas de trabalho vão ser executadas por robôs.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Uma espécie de Davos nos Himalaias? A Índia quer

É uma ideia de um ministro indiano fascinado com Davos, mas pode tornar-se realidade num futuro breve dada a emergência económica da Índia e dos países que a rodeiam.

A cordilheira dos Himalaias, partilhada entre países como a Índia, a China e o Nepal, pode ser a casa da versão indiana de Davos. Uma nova cidade pode nascer para servir de cenário a um encontro dos líderes orientais, tal como acontece com a cidade de Davos na Suíça. A ideia foi dada pelo ministro dos Transportes Rodoviários, Nitin Gadkari, que esteve este ano no encontro do Fórum Económico Mundial.

Depois de eu vir cá, passou-me pela cabeça um pensamento. Estou, neste momento, a começar a trabalhá-lo. Estamos a trabalhar em novas estradas de 1.000 km em Badrinath, Kedarnath, Gangotri e Yamunotri. Isso será certamente um algo histórico com túneis”, começou por dizer, revelando que vai levar muitas ideias de Davos para a Índia. Uma delas será a construção de uma nova localidade nos Himalaias, com temperaturas semelhantes a Davos, para simular o ambiente ali vivido.

“Somos capazes de construir o Taj Mahal no deserto. É preciso ter visão, um processo de decisão rápido, transparência e um sistema livre de corrupção. É importante o compromisso com a sociedade e o país, e o meu país também precisa de algo assim”, cita o Economic Times, referindo-se a Davos. É isso que a Índia tem vindo a fazer com a “lavagem de dinheiro” terminada no final do ano passado.

Uma cidade como Davos na Índia daria uma grande promoção a turismo, ao desenvolvimento, ao emprego e ao todo da economia, enquanto o número de pessoas a viajar para os locais sagrados nessa região iria também crescer.

Nitin Gadkari

Ministro dos Transportes Rodoviários

Descrito pela imprensa indiana como um ministro com ideias “fora da caixa”, Nitin Gadkari valorizou a sustentabilidade do ambiente, defendendo que é necessário balancear a necessidade de construção e desenvolvimento com os objetivos ambientais. Por isso, acredita que é preciso uma “estratégia integrada” entre os vários ministérios do Governo indiano para fazer nascer uma aldeia nos Himalaias para receber um encontro ao estilo daquele que o Fórum Económico Mundial organiza.

“Há tantos hotéis que tiveram de ser construídos aqui em Davos. Também tiveram de cortar árvores algures. O que pode ser feito é que por cada três [árvores cortadas] se plante dez novas”, ou seja, mudando de sítio as árvores e assegurar a sua proliferação, defendeu Gadkari. “Uma cidade como Davos na Índia daria uma grande promoção a turismo, ao desenvolvimento, ao emprego e ao todo da economia, enquanto o número de pessoas a viajar para os locais sagrados nessa região iria também crescer“, garantiu Nitin Gadkari.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Os cinco pontos que marcaram o encontro de Davos

Todos os anos, a elite mundial reúne-se em Davos para discutir os problemas do mundo. Donald Trump foi o ausente mais presente do encontro.

A 47ª sessão do Forúm Económico de Davos decorreu num contexto em que a incerteza paira sobre o mundo. A eleição de Donald Trump, que curiosamente tomou posse no dia em que chegou ao fim o encontro na luxuosa estância de ski na Suíça, o Brexit, a questão da migração na Europa e os sentimentos nacionalistas que vão emergindo pelo mundo foram temas incontornáveis na reunião. Aliás, Trump, que nem sequer esteve presente, foi mesmo o nome mais falado em Davos.

Mas vamos às histórias que marcaram este fórum, e que contou com mais 400 sessões oficiais e mais de três mil participantes.

  • A globalização

É sempre um dos temas mais presentes nas reuniões onde se juntam algumas das personalidades políticas e económicas mais marcantes a nível mundial. Apesar dos sentimentos nacionalistas estarem a emergir um pouco por todo o mundo, Davos rejeita que estejamos perante o fim da globalização.

E o mais surpreendente é que um dos acérrimos defensores da globalização tenha sido nada mais, nada menos que o Presidente chinês, Xi Jinping, que marcou presença, pela primeira vez, nestes encontros. Xi Jinping defendeu os benefícios da globalização. “É verdade que a globalização económica criou novos problemas, mas isso não é justificação para a anular por completo”. Com estas declarações, Jinping pôs a China no radar da globalização.

Christina Lagarde, diretora do FMI, saiu também em defesa dos processos de globalização tendo porém afirmado que os ganhos de globalização têm que ser melhor repartidos. Lagarde frisou mesmo que “há 3,6 biliões de pessoas em todo o mundo que aspiram a melhores rendimentos” pelo que afirmar que a globalização é má porque destrói empregos, é uma visão muito redutora para “algo que precisa de mais trabalho analítico e compreensão”.

Mas neste cenário de globalização há várias incertezas a pairar: Trump será de facto um incompreendido como afirmou o seu enviado a Davos, Anthony Scaramucci?

  • Brexit

Em que moldes acontecerá o Brexit? Theresa May, primeira-ministra britânica, que esteve presente na reunião deu garantias de que o Reino Unido continua aberta para os negócios, mas a incerteza paira. A responsável já deixou bem claro que a saída da União Europeia será the hard way.

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, foi um dos que falou sobre a saída do Reino Unido da UE. Na sua opinião, o Brexit não deverá ter efeitos negativos a curto prazo. “A Europa está sob ameaça e temos de a ultrapassar”, disse o ministro alemão. Para Schäuble a saída do Reino Unido “não será um problema” de 2017, mas não nega que existe muita incerteza quanto ao que se vai passar na Europa este ano.

  • Uma nova ordem mundial

Ao longo de toda a reunião foi percetível que o mundo vive hoje, uma mudança geopolítica como já não se assistia desde a ‘Guerra Fria’, de um mundo onde imperava uma superpotência para um mundo multipolar. Uma tese defendida pelo economista Nouriel Roubini.

Apesar de tudo, os líderes presentes em Davos reconhecem que não é só a globalização que precisa de uma mudança, mas sim os próprios modelos de governação. Aliás, a própria diretora do FMI frisou que se os líderes políticos mundiais não entenderem agora que esta mudança é necessária não sabe “quando irão perceber”.

Não foi inocente o facto de, no arranque do encontro anual deste fórum, se ter debatido o futuro da política monetária mundial. A questão é saber se os bancos centrais vão conseguir regressar, de forma segura, a um cenário “normal” de política monetária. Não houve consenso na matéria.

 

  • Partilhar riqueza

A redistribuição da riqueza, esteve naturalmente na ordem do dia, sobretudo numa altura em que se ficou a saber que os oito mais ricos do mundo acumulam uma riqueza equivalente aos 3,6 biliões de pessoas mais pobres. Mas se todos concordaram que esta [redistribuição] era uma evidência já sobre a forma como a repartir os consensos não foram tão alargados. Voluntária ou através de tributação? A pergunta ficou sem resposta.

De resto a questão da desigualdade assume-se mesmo como um dos maiores riscos para a economia global, segundo o fórum.

  • Tecnologia

O encontro de Davos não deixou de lado a questão da quarta revolução industrial. Coube a Joe Biden, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, recordar que tem sido a tecnologia e não a abertura de fronteiras ao comércio a realizar uma grande mudança no perfil dos empregos do séc. XXI. Hoje, disse Biden, produz-se mais, mas com menos trabalhadores.

Continua a existir criação de emprego mas noutras áreas e noutros formatos o que implica a necessidade de formação, caso contrário haverá forçosamente mais desemprego. Mas nem todos podem e querem mudar de ocupação e um Estado mais generoso socialmente é um substituto imperfeito.

Larry Fink, presidente executivo da BlackRock, uma empresa de gestão de ativos frisou que “a tecnologia é o cisne negro da economia global, com potencial para criar disparidades sem precedentes”.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TSU: Cristas pede a Costa “alternativas”

  • ECO e Lusa
  • 21 Janeiro 2017

Cristas acusou o Governo de “incumprir” o acordo de concertação social e desafia o primeiro-ministro António Costa a “procurar alternativas” por não ter cumprido com a palavra.

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou hoje o Governo de “incumprir” o acordo de concertação social e desafia o primeiro-ministro António Costa a “procurar alternativas” por não ter cumprido com a palavra.

“Certamente que o Governo tem uma obrigação agora de procurar alternativas, porque incumpriu já com a sua palavra. Incumpriu com aquilo com que se comprometeu e isso é clarinho como a água. O Governo comprometeu-se com algo que não tinha poder político para cumprir e, portanto, incumpre o acordo de concertação social. Certamente que agora também tratará de encontrar alternativas e é bom que as arranje”, declarou hoje a líder do CDS-PP, questionada pelos jornalistas sobre as alternativas que o partido pretende apresentar no que diz respeito à taxa Social Única (TSU).

À margem da primeira sessão da Academia de Líderes da Juventude Popular, que decorreu hoje de manhã na Junta de Freguesia de Aldoar, cidade do Porto, com uma aula dada por António Lobo Xavier, Assunção Cristas tornou a classificar de “irresponsabilidade” e de “ligeireza” o Governo de António Costa sobre a TSU.

“Volto a dizer é uma situação de irresponsabilidade e de ligeireza por parte do Governo e por parte do primeiro-ministro António Costa. O CDS não contribuiu para ela”, clarificou a líder do CDS-PP.

Assunção Cristas declarou, todavia, que o CDS-PP tem o dever de fazer “política positiva” e, por isso, informou que vai levar ao Parlamento na próxima semana quatro medidas.

“Uma relativamente à extensão da medida que existe atualmente de redução de 0,75 [pontos percentuais da taxa contributiva para a Segurança Social] na TSU, uma outra para compensar as IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) em relação ao que vão ter de acréscimos com o aumento do salário mínimo, outra relativamente ao pagamento especial por conta, pensada especialmente para as pequenas e micro empresas, e ainda uma diminuição do IRC, que é mais transversal”, enumerou a presidente do CDS-PP.

No entanto, como o pedido de apreciação parlamentar com a votação da cessação de vigência do decreto-lei de descida da Taxa Social Única vai ser votado primeiro — e tudo aponta para que seja aprovada — qualquer proposta de alteração, como a do CDS cai. Ou seja, se a cessação for aprovada, as propostas do CDS não chegam a ser discutidas nem votadas no Parlamento. Por isso, os centristas têm de optar por outra via legislativa caso queiram que o desconto continue a ser de 0,75 pontos percentuais, tal como já explicou Pedro Filipe Soares do Bloco de Esquerda. Acresce que o tema não pode voltar a se discutido na atual sessão legislativa.

Assunção Cristas não excluiu, no entanto, a hipótese de que possa haver mais alguma “afinação” depois de “procurar saber junto dos parceiros” se há outras medidas podem ser úteis nesta fase.

Na semana passada, patrões, UGT e Governo assinaram um acordo de concertação social que prevê o aumento do salário mínimo nacional para 557 euros e a descida transitória da TSU em 1,25 pontos percentuais.

A descida da TSU foi igualmente recomendada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no relatório sobre Reformas no Mercado Laboral em Portugal 2011-2015, apresentado em Lisboa na quinta-feira transata.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Passos diz que nunca viu um “Governo tão revanchista”

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2017

Passos critica o Governo de Costa, lembra que "o PSD não faz parte da geringonça" e lamenta o esforço de reversão de todas as reformas feitas pelo Executivo anterior.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, disse hoje, no Funchal, que nunca viu um “Governo tão revanchista” na história económica do país quando o do PS, acusando-o de “reverter” todas as reformas do passado.

“Aquilo que constitui o cerne do programa do Governo é, no essencial, reverter reformas que vieram do passado, quando devíamos estar a acrescentar reformas para o futuro que apurassem as expectativas dos investidores, que trouxessem mais confiança”, afirmou Passos Coelho na abertura do XVI Congresso do PSD/Madeira, que decorre este fim de semana na capital da região autónoma.

O líder social-democrata vincou que o Governo de António Costa “não traz ambição para o futuro”, nem apresenta uma “ideia mobilizadora” para atrair investimento, e, por isso, afastou a possibilidade de vir a apoiar as suas políticas.

“O PSD não faz parte da geringonça que governa o país e, portanto, sempre que essa geringonça não se entender, que façam um esforço maior de entendimento e possam olhar para PSD sem ver o parceiro que lhes falta cada vez que as coisas funcionam mal”, disse.

Pedro Passos Coelho sublinhou que o PS não ganhou as eleições, pelo que a sua legitimidade é apenas parlamentar e não eleitoral, razão pela qual a governação deve resultar do entendimento entre os partidos que o apoiam, o BE e a CDU.

“Não andaremos a votar contra por votar, mas não esperem que a gente tenha de votar a favor apenas porque o governo se desentende com os partidos mais radicais”, advertiu, acrescentando que “basta de habilidades balofas”.

O presidente do PSD salientou, por outro lado, que o país tem pela frente “anos difíceis” apenas porque o Executivo socialista está a “desperdiçar oportunidades” e lembrou que outros países, como a Irlanda e a Espanha, enfrentaram crises semelhantes à de Portugal, mas agora estão a crescer muito mais.

Pedro Passos Coelho aproveitou a sua presença na Região Autónoma para recordar a forma “inexplicável” como o Governo de António Costa deixou de parte o financiamento para a construção de um novo hospital na Madeira, que foi “um compromisso nacional” assumido em 2015.

O líder social-democrata defendeu ainda que o modelo de financiamento das regiões autónomas por parte da República deve assentar num compromisso “ainda mais forte” para o futuro.

O XVI Congresso do PSD/Madeira vai reconduzir Miguel Albuquerque na liderança do partido, já que venceu, sem qualquer opositor, as eleições internas que se realizaram a 9 de dezembro de 2016, nas quais foi reeleito com 98,2% dos votos (2.850) dos 2.901 militantes que exerceram o direito de escolha.

Albuquerque é o subscritor da única moção de estratégia global intitulada “Proximidade, Confiança, Desenvolvimento” que traça os objetivos a prosseguir até final do mandato em 2019.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estes apartamentos têm carros partilhados

  • Ana Luísa Alves
  • 21 Janeiro 2017

E se mudasse de casa e o prédio para onde fosse morar tivesse um carro para partilhar com os seus vizinhos e família? Isto em Nova Iorque já acontece. E o trânsito agradece.

Tal como acontece em grande parte dos prédios em Nova Iorque, o novo complexo Solaire, em Manhattan, oferece a todos os moradores acesso a um ginásio, mas não só: a grande inovação é que quem morar neste prédio pode usufruir de um conjunto de carros BMW, incluindo o novo modelo elétrico i3s.

Este é um serviço exclusivo, que surgiu em dezembro, e o objetivo é atrair os millennials que não querem ter carro e preferem pagar para se deslocar desta maneira, com o carro do prédio.

“Quando alguém vem ver um apartamento, sabe que tem acesso a um ginásio, a uma lavandaria e a um carro”, disse Adam Lubinsky, designer da empresa WXY, à Fast Company.

Ter um carro disponível é uma vantagem, porque, segundo a Fast Company, reduz a necessidade de ter estacionamento para vários carros, e não ter o problema de ficar engarrafado no trânsito, acrescentou Lubinsky.

Na 96ª Avenida, em Manhattan, e em quase toda a área de Brooklyn e Queens, os arquitetos têm ordens para não construir mais parques de estacionamento e, no exterior dos bairros e fora do centro de Nova Iorque, a partilha dos carros já está a ter efeitos. Por exemplo, New Rochelle, em Westchester County, permite aos construtores que cada lugar construído de estacionamento possa vir a ser ocupado por um automóvel partilhado.

As agências Barretto e WXY estão já a negociar com os construtores e arquitetos em Long Island City, em Nova Iorque, Fort Lee, New Jersey e na zona Oeste de Manhattan, novos programas de negociação de partilha de automóveis.

“É necessário remediar a carência em algumas zonas da cidade, onde há uma falta de acesso imediato ao trânsito”, referiu à Fast Company Paul Lipson, da agência Barretto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.