Plataforma de crowdfunding GoFundMe atinge 3 mil milhões de doações

  • Juliana Nogueira Santos
  • 9 Janeiro 2017

A plataforma de "angariação social" chegou em 2016 aos dois milhões de campanhas, tendo angariado 3 mil milhões de dólares. Mas o presidente não quer que este número fique por aqui.

A GoFundMe tem-se destacado das demais plataformas de angariação de financiamento online pelo seu caráter social e filantrópico, sendo que o dinheiro reverte sempre para causas nobres. Nesta passagem de ano, a plataforma conseguiu ultrapassar um marco muito importante: já foram angariados 3 mil milhões de dólares, devido à boa vontade de mais de 25 milhões de doadores.

Além disto, chegou-se à marca dos dois milhões de campanhas levadas a cabo, afirmando-se que o número de pessoas ajudadas triplicou. Rob Soloman, o homem que criou a plataforma em 2010, sublinha que a GoFundMe vai mais além do crowdfunding, preferindo o termo “angariação social”.

"Cria-se este ciclo vicioso de pessoas a terem acesso à campanha e de muitas pessoas a darem para essa campanha. Um dólar pode-se transformar em dezenas, centenas, milhares de dólares.”

Rob Solomon

Presidente da GoFundMe

As campanhas angariam uma média de 1.000 a 2.000 dólares, provenientes principalmente da família, amigos e conhecidos do criador. Ainda assim, o impacto maior destas tem sido a consciencialização da população para as pequenas causas, desde adquirir próteses para um cão com deformações congénitas até proporcionar um casamento de sonho a uma mulher com cancro.

Embora existam milhares, o presidente da plataforma afirma que não existem riscos de canibalização de campanhas, visto que os campos de ação são extensos e não existe uma tendência de os doadores deixarem uma causa para se dedicar totalmente a outra. Este ano, a causa com maior impacto foi a das vítimas do tiroteio da discoteca Pulse, em Orlando, que já conseguiu angariar cerca 7,8 milhões de dólares.

Ainda assim, Solomon confessou à revista Fast Company que isto ainda não é suficiente, prevendo que na próxima década sejam angariados mais de 40 mil milhões de dólares, trazendo uma nova roupagem aos modelos atuais de angariação de fundos: “Queremos chegar a um ponto onde estamos a fazer mais que as maiores organizações e fundações do mundo.”

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Governo cria o Orçamento Participativo das Escolas

Um euro por cada aluno: é esse o valor do orçamento participativo que o Governo criou para as escolas públicas. O projeto vencedor em cada estabelecimento deve ser executado ainda este ano.

António Costa criou mais um orçamento participativo, depois dos três milhões de euros que reservou no OE2017 para serem decididos por si. Os alunos portugueses vão poder decidir democraticamente onde querem que parte do orçamento da sua escola seja aplicado. O Orçamento Participativo das Escolas foi publicado esta segunda-feira no Diário da República.

O despacho refere que o Orçamento Participativo das Escolas é aplicado aos estabelecimentos públicos de ensino com alunos do 3º ciclo do ensino básico ou do ensino secundário. As propostas devem ser elaboradas pelos estudantes e têm de resolver um problema ou fazer uma melhoria na escola. O montante do orçamento participativo para cada escola é equivalente a um euro por cada aluno. No entanto, o valor mínimo é de 500 euros, nomeadamente para as escolas com menos de 500 alunos. “A contabilização dos alunos para o efeito do cálculo do orçamento participativo nos termos do n.º 1 tem em conta, em cada escola, o número de alunos elegíveis a 30 de novembro”, esclarece o regulamento.

Este montante não pode ser utilizado para outras despesas. Contudo, pode haver um financiamento suplementar por decisão do Diretor ou Conselho Administrativo. Além disso, “os proponentes podem desenvolver atividades de angariação de fundos para as suas propostas, junto da comunidade local, no sentido da complementaridade do valor atribuído à respetiva escola”.

O documento revela ainda que será criado um website para que o processo possa ser acompanhado. As escolas têm de, ainda neste mês de janeiro, organizar uma sessão pública para divulgar a iniciativa. O desenvolvimento e a apresentação de propostas tem de ser feita até ao final do mês de fevereiro, segundo o regulamento, sendo que as propostas devem ser discutidas até 10 dias antes da votação.

O objetivo é claro, um argumento também utilizado para a criação dos restantes orçamentos participativos a nível municipal ou de junta de freguesia: “melhorar a qualidade da democracia (…) O défice de participação e o afastamento e desconfiança dos cidadãos relativamente às instituições democráticas são, hoje, fenómenos transversais à Europa aos quais todos os Governos têm que saber dar resposta”. Neste caso, o foco desta iniciativa são as comemorações do Dia do Estudante, dia 24 de março.

As propostas têm de ir a votos a 24 de março, “ou num dia útil anterior a esta data, caso aquele dia não seja dia útil ou coincida com interrupção letiva”. A medida vencedora tem de ser executada até ao final do respetivo ano civil, ou seja, ainda em 2017 as escolas devem terminar o primeiro Orçamento Participativo das Escolas.

“Para muitos estudantes, a criação de um Orçamento Participativo das Escolas constituirá uma primeira oportunidade para participar num processo formal de apresentação e discussão de propostas de intervenção, assim como de votação, com impactos significativos na sua formação enquanto cidadãos responsáveis, informados e participativos”, argumenta o Governo.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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A Nokia está de volta com novo smartphone Android

  • Leonor Rodrigues
  • 9 Janeiro 2017

A marca finlandesa vai lançar ainda este ano o seu primeiro smartphone Android, o Nokia 6. No entanto, a sua comercialização não vai chegar a todos.

A Nokia vai finalmente dar resposta aos pedidos dos fãs. A marca finlandesa vai lançar o seu primeiro smartphone com o sistema operativo Android, o Nokia 6.

O novo smartphone vai ter 5,5 polegadas, um processador Snapdragon 430, 4GB de RAM e 64GB de armazenamento, assim como uma câmara traseira de 16 megapixels e frontal de 8. É verdade que o hardware não é de última geração mas a Nokia garante que o telemóvel vai ter uma vida útil da bateria e desempenho de gráficos acima da média, de acordo com o The Next Web.

nokia

O primeiro anúncio da Nokia sobre o lançamento de um telemóvel Android surgiu em maio do ano passado. Na altura, a HMD, a nova dona da marca, disse que iria investir mais de 500 milhões de dólares (475 milhões de euros) nos três anos seguintes na comercialização dos meus smartphones.

O Nokia 6 vai estar disponível ainda este ano. Mas há um senão: é que o novo telemóvel apenas vai estar disponível na China, devido ao rápido crescimento da procura pelos smartphones no país, onde está previsto o aumento de 50 milhões de utilizadores para os 593 milhões. Os consumidores que queiram adquirir o novo smartphone só o vão poder fazer online, no jd.com, por 250 dólares (237 euros).

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Um elogio a Soares com (mais) um ataque à resolução do BES

  • ECO
  • 9 Janeiro 2017

Ricardo Salgado perdeu um "grande amigo". Num artigo de opinião, lembra Mário Soares como "um homem solidário nos momentos mais difíceis dos seus amigos" como a "desgraça" da resolução do BES.

Mário Soares foi “um grande português”. E, diz Ricardo Salgado, foi também “um grande amigo” que o apoiou nos momentos mais difíceis. Num artigo de opinião, o ex-presidente do Banco Espírito Santos (BES) presta a sua homenagem ao ex-Presidente da República, mas não perde a oportunidade para, mais uma vez, atacar aqueles que ditaram a resolução do BES em 2014.

Salgado diz que Soares, que faleceu este sábado, 7 de janeiro, foi um “homem de enorme coragem”. Destaca a atuação no combate “ao antigo regime”, mas também “no período da democratização e do PREC até à consolidação da democracia em Portugal”, num artigo publicado no Jornal de Negócios.

“Teve a lucidez de chamar os empresários espoliados em 1975, entre eles o Grupo Espírito Santo, o que contribuiu para um período de entrada de capitais sem precedentes que conjugava os fundos europeus aliados aos capitais destinados às reprivatizações. Isso permitiu reconstruir a economia do país”, refere. Mas no meio do elogia, não esquece a revolta com a resolução do BES.

Salgado diz que Mário Soares “chocou-se com nova destruição do Grupo Espírito Santo, agora por um PREC de direita, de políticos despreparados e sem a visão de Estado que sempre o caracterizou”. Um choque que, diz, o aproximou a ele a Maria de Jesus Barroso à sua família na altura da “desgraça”.

"[Mário Soares] chocou-se com nova destruição do Grupo Espírito Santo, agora por um PREC de direita, de políticos despreparados e sem a visão de Estado que sempre o caracterizou.”

Ricardo Salgado

Ex-presidente do BES

“Foi sempre um homem solidário, principalmente nos momentos mais difíceis dos seus amigos. Fui verdadeiramente seu amigo. Sinto-me reconhecido e agradecido pela amizade dedicada por si e por Maria de Jesus Barroso à minha família mais direta, e a mim, especialmente no período subsequente à desgraça que ocorreu a 3 de agosto de 2014″, aquando da resolução do BES.

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Meryl Streep para Trump: “Desrespeito convida ao desrespeito”

A atriz criticou o momento, ainda durante a campanha para as presidenciais, em que Trump imitou um jornalista com uma doença crónica, que limita o movimento dos seus braços.

Meryl Streep foi a estrela da noite dos Globos de Ouro e aproveitou o momento para deixar recados a Donald Trump. Sem nunca mencionar o nome do presidente eleito dos Estados Unidos, a atriz, que foi distinguida com o prémio carreira Cecil B. DeMille, deixou duras críticas a Trump e apelou à imprensa norte-americana que faça com que o presidente seja responsabilizado pelos seus atos.

“Houve uma performance este ano que me deixou impressionada. Não porque foi boa, não houve nada de bom nela. Mas foi eficaz e fez o seu trabalho. Fez o seu público-alvo rir e mostrar os seus dentes. Foi aquele momento em que a pessoa a pedir para se sentar no lugar mais respeitado do nosso país, imitou um jornalista com deficiência física. Alguém que ele ultrapassava em privilégio, poder e a capacidade de ripostar“, lembrou Streep.

A atriz referia-se ao momento, ainda durante a campanha para as presidenciais, em que Trump imitou um jornalista do New York Times que sofre de uma doença crónica, que condiciona o movimento dos seus braços.

"Quando os poderosos usam a posição deles para maltratar outros, todos perdemos.”

Meryl Streep

Atriz

Partiu o meu coração quando o vi e ainda não consigo tirar esse momento da minha cabeça, porque não foi num filme, foi na vida real. Este instinto para humilhar, quando vem de alguém da esfera pública, de alguém poderoso, afeta a vida de toda a gente, porque dá permissão para outras pessoas fazerem o mesmo”, continuou a atriz, para acrescentar: “Desrespeito convida ao desrespeito. Violência incita violência. Quando os poderosos usam a posição deles para maltratar outros, todos perdemos”.

Veja o momento em que Meryl Streep deixa os recados a Trump:

Entretanto, Trump respondeu a Streep, no Twitter. “Meryl Streep, uma das mais sobrevalorizadas atrizes de Hollywood, não me conhece mas atacou-me nos Globos de Ouro. Ela é uma lacaia de Hillary que perdeu em grande. Pela 100ª vez, nunca gozei com um jornalista com deficiência (nunca faria isso), simplesmente ensinei-lhe humildade quando ele mudou por completo uma história com 16 anos que ele tinha escrito para me fazer parecer mal. Apenas mais desonestidade nos media!”

Este é o momento em que Trump “não gozou” com o jornalista:

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Costa anuncia “vistos startup” para jovens empreendedores indianos

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2017

Primeiro-ministro anunciou que o Governo português vai adotar um programa de facilitação de vistos destinado a jovens indianos, abrangendo universitários empreendedores em ‘startups'.

O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo português vai adotar um programa de facilitação de vistos destinado a jovens indianos, abrangendo universitários empreendedores em ‘startups’ ou em setores ligados às tecnologias de informação.

António Costa referiu-se a esta medida num encontro de ‘startups’ (empresas em início de atividade) portuguesas e indianas no Instituto Tecnológico de Bangalore, no qual também discursaram o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros da Índia, Shri Akbar.

O secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, disse à agência Lusa que os jovens indianos já dispõem destas facilidades de instalação em Londres (Reino Unido) e em Silicon Valley (Califórnia, Estados Unidos) e a ideia é permitir que Portugal possa assumir-se como um novo polo de opção.

Neste terceiro de seis dias de visita oficial à Índia – em que Costa já por duas vezes foi vestido com o traje de honra tradicional do Estado de Karnataka (turbante, colar de flores, capa e bengala) -, o líder do executivo português manifestou a intenção de dar continuidade à forte presença registada por jovens indianos de ‘starpups’ na última Web Summit em Lisboa.

“Estamos a preparar um ‘starup’ visa destinado a empreendedores indianos e a jovens quadros graduados na área das tecnologias de comunicação e informação. Tal facilitará a possibilidade de residirem e iniciarem negócios em Portugal”, salientou António Costa.

A Índia, de acordo com estimativas de diversas instituições internacionais, é já o terceiro país mundial em termos de número de ‘startups’.

Depois de assinado um memorando de entendimento entre a Start-up Portugal e a Start-up Índia, o primeiro-ministro deixou um apelo para que os jovens indianos tirem partido desta medida de facilitação de vistos a adotar pelo Governo português.

“Portugal tem uma longa tradição de tolerância e de abertura ao mundo, algo que tem sido reconhecido internacionalmente. A capacidade de interação entre pessoas de diferentes origens, culturas e religiões faz parte do DNA de Portugal”, sustentou o primeiro-ministro.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro referiu-se igualmente a medidas já em curso no país, como o programa “Start-up’ Portugal, destinado a jovens empreendedores.

“Penso que Portugal é o país ideal para vocês testarem as vossas inovações, eventualmente falharem e testarem de novo até serem bem sucedidos. Fui testemunha da atmosfera vibrante que se registou durante os dias de Web Summit em Lisboa – uma cidade que tem como lema construir pontes e não muros”, apontou ainda António Costa.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros da Índia fez uma intervenção que mereceu longos aplausos de uma plateia sobretudo composta por jovens empreendedores.

“Este é o momento de anunciar a mais relevante start-up do mundo: A ‘starup’ entre Portugal e a Índia”, disse Shri Ansari.

O membro do executivo indiano defendeu que não se está “perante um dicionário de palavras” sem consequências práticas e manifestou-se confiante que a parceria entre Portugal e a Índia “marcará as primeiras décadas do século XXI”.

“O navegador português não sabe o que esperar, mas sabia que tinha de começar. No presente, se nós subestimamos sempre aquilo que podemos fazer num ano, então nem sequer conseguimos imaginar o que podermos fazer numa década”, declarou, recebendo de novo palmas.

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O ‘feeling’ de Marcelo confirmou-se: Exportações sobem, mas importações aumentam mais

A bola de cristal do Presidente estava certa, mas não a 100%. As exportações de bens em novembro subiram face ao mesmo mês de 2015, mas as importações subiram ainda mais.

A 9 de dezembro, Marcelo Rebelo de Sousa revelou o seu estado de alma, em reação à queda das exportações de bens em outubro: “Eu não sei porquê tenho um ‘feeling’ — sabe que o Presidente da República de vez em quando tem ‘feelings’ — que as exportações em novembro vão subir claramente. Veremos se o ‘feeling’ se confirma”. E confirmou-se: as exportações de bens em novembro subiram 7,6%, revelou o INE esta segunda-feira no destaque Estatísticas do Comércio Internacional. As importações aumentam mais, 8,4%, ou seja, a balança degradou-se.

A afirmação foi dada aos jornalistas, nesse mesmo dia, numa visita à Autoeuropa, em Setúbal. Ao lado estava António Costa que acompanhou o exercício do Presidente da República: “Sobre o FMI, o que registei do relatório é que eles, que acompanharam algum do ceticismo que muita gente teve no início deste ano sobre a evolução da nossa economia, mostraram-se agora agradavelmente surpreendidos por as previsões que tínhamos feito se estarem a aproximar da concretização e até terem, nalguns aspetos, um ‘feeling’ ainda superior ao meu e do senhor Presidente da República sobre a evolução da economia“.

Nesse mesmo dia os dados do Instituto Nacional de Estatística relativos ao mês de outubro revelavam que o comércio internacional de bens travou em relação ao ano passado. As exportações sofreram uma maior queda do que as importações: -3,5% e -1,7%, respetivamente. A quebra nas exportações de bens em outubro deve-se essencialmente “à redução de 4% registada no Comércio Intra-UE”.

Países fora da UE ajudam exportações a subir

O grande motor das exportações em novembro, face aos números do ano passado, foram os países fora da União Europeia. O volume de exportações portuguesas aumentou 16,6% no comércio Extra-UE, o maior crescimento do ano, sendo que na maior parte dos meses o registo tinha sido negativo. Para essa evolução contribuíram os principais clientes de Portugal: as exportações subiram para Angola (+16,8%), Espanha (+8,7%), França (+1,8%), Alemanha (+5,6%) e Reino Unido (+1,6%).

Taxa de variação homóloga das exportações de Portugal por país

Fonte: INE (Taxa de variação, em percentagem)
Fonte: INE (Taxa de variação, em percentagem)

Estes foram os países que deram gás às exportações portuguesas. Todas as categorias económicas aumentaram face a novembro de 2015, mas há setores que se destacam: os produtos alimentares e bebidas tiveram um crescimento de 14,4%, acompanhado logo a seguir pelas máquinas e outros bens de capital com uma subida de 12,4%. As exportações de automóveis para transporte de passageiros cresceram 3,2%.

Balança comercial agrava-se 91 milhões de euros

A balança comercial de bens continua a ser negativa em Portugal e não está a melhorar: o défice do comércio internacional de bens em Portugal agravou-se em pelo menos sete meses de 2016, incluindo outubro e novembro, faltando apenas conhecer-se os dados relativos a dezembro. “O défice da balança comercial de bens atingiu 791 milhões de euros em novembro de 2016, representando um aumento de 91 milhões de euros face ao mês homólogo de 2015”, explica o INE.

Em novembro esse fenómeno agravou-se também por causa de uma aceleração mais forte do lado das importações. Estas aumentaram 8,4% “em resultado das importações Intra-UE que cresceram 11,7%”, indica o INE, uma vez que as importações de fora da União Europeia até diminuíram (-3%). Nesse mês, Portugal foi ainda mais cliente de Espanha, Alemanha, Itália e França.

Taxa de variação homóloga do comércio internacional de bens

Fonte: INE (Taxa de variação homóloga, em percentagem)
Fonte: INE (Taxa de variação homóloga, em percentagem)

E quais foram os produtos que Portugal comprou mais ao exterior face a novembro de 2015? O principal aumento verificou-se no material de transporte e acessórios (+13,8%), nos bens de consumo (+11,8%) e nas máquinas e outros bens de capital (+11%). A compra de automóveis para transporte de passageiros aumentou 30%. Em sentido contrário, os combustíveis e lubrificantes registaram uma redução de 7,1%, devido aos óleos brutos de petróleo.

Depois de setembro ter sido um mês positivo para o comércio internacional de Portugal com as exportações a aumentarem 6,7% e as importações 2,2%, outubro foi de travagem e novembro inverteu a tendência mas com as importações a aumentar mais do que as exportações. Feitas as contas, o que diz o Instituto Nacional de Estatística sobre este trimestre? “No trimestre terminado em novembro de 2016, as exportações de bens cresceram 3,5% e as importações de bens aumentaram 2,8%, face ao período homólogo”, indica o destaque das Estatísticas do Comércio Internacional de novembro.

(Atualizado às 12h com gráficos)

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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Simulações: Salário na Função Pública também muda com duodécimos

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 9 Janeiro 2017

Duodécimo de meio subsídio reduz o salário dos funcionários a partir de janeiro mas em novembro o valor é recuperado com o pagamento da outra metade. Extinção gradual da sobretaxa também tem efeitos.

Não são só os pensionistas que poderão ficar surpreendidos com o valor pago em janeiro. Os trabalhadores da Administração Pública também vão receber um montante diferente face a dezembro. E também aqui há a influência do duodécimo referente ao subsídio de Natal.

Este ano, os funcionários públicos vão receber apenas metade do subsídio de natal em duodécimos — a outra metade é paga em novembro. Mas em 2016, todo o subsídio de Natal foi pago de forma faseada ao longo de 12 meses. Quer isto dizer que, este ano, o rendimento disponível será inferior na maior parte dos meses mas em novembro os funcionários recebem o diferencial, o que não aconteceu em 2016. No subsídio de férias nada muda (em regra, é pago em junho).

No entanto, há outros efeitos a ter em conta: desde logo, as mexidas na sobretaxa. A retenção na fonte da sobretaxa desaparece já em janeiro para o segundo escalão de rendimentos — o primeiro já não pagava em 2016. O terceiro escalão paga 1,75% até junho (o equivalente a 0,88% em termos anualizados) enquanto os dois últimos escalões continuam a fazer retenção na fonte até novembro. No caso do quarto escalão, a taxa é de 3% (ou 2,75% em termos anualizados) e no quinto é de 3,5% (ou 3,21% no conjunto do ano).

ábaco contas contabilidade

A EY elaborou simulações para diferentes escalões de IRS, tendo em conta as variáveis que influenciam o rendimento líquido de um funcionário público. Uma vez que as tabelas de retenção na fonte de IRS a aplicar em 2017 ainda não estão disponíveis, os cálculos têm por base as taxas que vigoraram em 2016, embora seja de esperar que estas venham a ser atualizadas.

Da análise aos resultados das simulações, “conclui-se que, ainda que se observe uma redução do vencimento líquido mensal disponível na maioria dos meses de 2017 (comparativamente com dezembro de 2016), essa redução resulta exclusivamente do não pagamento em duodécimos de 100% do subsídio de Natal (mas apenas de 50% em 2017)”, indica a EY. Veja as simulações para um funcionário casado (dois titulares de rendimento), com um filho:

Fonte: EY (Valores em euros) NOTA: As simulações não ilustram o rendimento líquido mensal no mês de pagamento do subsídio de férias em 2017. "Duodécimo do subsídio de Natal" inclui 50% do subsídio em novembro.
Fonte: EY NOTA: “Duodécimo do subsídio de Natal” inclui 50% do subsídio em novembro. (*) As simulações não ilustram o rendimento líquido mensal no mês de pagamento do subsídio de férias em 2017.

 

Fonte: EY NOTA: As simulações não ilustram o rendimento líquido mensal no mês de pagamento do subsídio de férias em 2017. "Duodécimo do subsídio de Natal" inclui 50% do subsídio em novembro.
Fonte: EY NOTA: “Duodécimo do subsídio de Natal” inclui 50% do subsídio em novembro. (*) As simulações não ilustram o rendimento líquido mensal no mês de pagamento do subsídio de férias em 2017.

 

Fonte: EY (Valores em euros)
Fonte: EY NOTA: “Duodécimo do subsídio de Natal” inclui 50% do subsídio em novembro. (*) As simulações não ilustram o rendimento líquido mensal no mês de pagamento do subsídio de férias em 2017.

 

Fonte: EY (Valores em euros)
Fonte: EY NOTA: “Duodécimo do subsídio de Natal” inclui 50% do subsídio em novembro. (*) As simulações não ilustram o rendimento líquido mensal no mês de pagamento do subsídio de férias em 2017.

 

Fonte: EY (Valores em euros)
Fonte: EY NOTA: “Duodécimo do subsídio de Natal” inclui 50% do subsídio em novembro. (*) As simulações não ilustram o rendimento líquido mensal no mês de pagamento do subsídio de férias em 2017.

 

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Produção sobe nos EUA. Petróleo cai

O número de plataformas ativas nos EUA atingiu o nível mais elevado em um ano, ao mesmo tempo que o Irão aumentou as suas exportações de petróleo. A cotação do "ouro negro" acelera mais de 1,5%.

Encontrar um reequilíbrio para o mercado de petróleo não está a ser uma tarefa fácil, e a cotação da matéria-prima ressente-se. Esta segunda-feira, os preços do petróleo seguem em queda nos dois lados do Atlântico, uma perda que está a ser determinada pelo aumento do número de plataformas em produção nos EUA, bem como pela subida das exportações do Irão.

A cotação do barril do brent transacionado em Londres desvaloriza 1,7%, para os 56,13 dólares, enquanto a do crude recua 1,59%, para os 53,13 dólares, em Nova Iorque. “Desenvolvimentos ao longo do fim de semana estão a colocar o petróleo sob nova pressão”, afirmou Tamas Varga, analista da PVM Oil Associates, citado pela Bloomberg.

Cotações do Brent travam

Fonte: Bloomberg (Valores em dólares)
Fonte: Bloomberg (Valores em dólares)

A desvalorização dos preços do “ouro negro” acontece depois de na sexta-feira passada, a consultora norte-americana Baker Hughes ter divulgado dados que mostram que o número de plataformas de petróleo em atividade nos EUA aumentou pela décima semana consecutiva, para o patamar mais elevado em um ano. O número total de plataformas ativas ascendeu a 529 na última semana, o valor mais elevado desde dezembro de 2015.

O aumento das exportações de petróleo por parte do Irão é outro dos elementos que está a pressionar as cotações da matéria-prima, numa altura em que a OPEP tem em implementação um plano que prevê o corte da oferta de “ouro negro”, visando impulsionar a respetiva cotação. O país terá vendido mais de 13 milhões de barris de petróleo, mantidos em navios-tanque no mar, tirando partido do facto de estar excluído do acordo de corte de produção da OPEP, segundo fontes do mercado referidas pela Reuters.

“Provavelmente não ocorrerá uma subida nos preços até que os traders encontrem evidencias de que os níveis de produção estão em queda. Entretanto, o aumento da atividade de perfuração nos EUA, bem como da produção, deverá manter os preços sob pressão”, disse o banco ANZ referiu esta segunda-feira.

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CaixaBI avalia BPI acima da OPA do CaixaBank

O banco de investimento diz que o BPI vale mais do que o preço da OPA, mas também não chega ao valor defendido pela administração do banco. Não prevê mudanças no preço, apostando no sucesso da oferta.

O CaixaBank dá 1,134 euros por cada ação do banco liderado por Fernando Ulrich. É um valor justo? Corresponde ao valor médio ponderado nos últimos seis meses, mas o preço-alvo do CaixaBI para o BPI é superior. O banco de investimento reviu em alta a avaliação das ações, apontando para uma cotação de 1,30 euros que fica, ainda assim, aquém daquela que é apontada como a avaliação mais correta para os títulos por parte da administração do BPI.

O banco de investimento reviu as suas projeções para o BPI BPI 0,00% , elevando o preço-alvo de 1,20 para 1,30 euros, no final de 2017. Um aumento na avaliação que levou o CaixaBI a rever a recomendação de “neutral” para “acumular”, tendo em conta o potencial de 15% atribuído aos títulos que estão a cotar nos 1,128 euros. Os títulos do banco têm-se mantido em torno deste valor, estando “bloqueados” pela OPA do CaixaBank a 1,134 euros.

“A nossa avaliação representa um potencial de subida de 15% face à proposta do CaixaBank e está 5,8% abaixo da avaliação apresentada pelo conselho de governadores do BPI, de 1,38 euros (neste caso, incluindo os 20 cêntimos por ação relacionados com 50% das sinergias assumidas pelo CaixaBank na sua oferta)”, nota o analista André Rodrigues. Ou seja, a avaliação feita acaba por ficar a meio das duas: a do CaixaBank e o BPI.

“As ações do BPI estão a negociar a 0,6 vezes o valor líquido dos seus ativos estimado para 2017 quando comparado com a estimativa de um retorno de capital de 9,4% entre 2017 e 2020”, refere o research obtido pelo ECO. O CaixaBI vê margem para que os títulos negoceiem a um valor mais elevado, com base nas suas métricas de avaliação do banco, mas não antecipa que haja grande margem uma revisão do preço oferecido pelo CaixaBank.

“Em qualquer dos casos, não antecipamos qualquer ajuste relevante no valor oferecido pelo CaixaBank e, consequentemente, não prevemos qualquer alteração significativa do valor de mercado do BPI no curto prazo”, refere André Rodrigues, salientando que “o principal desafio do BPI continua a estar relacionado com a recuperação da rentabilidade no mercado nacional”.

O CaixaBI acredita que a OPA, que ainda não está registada na CMVM, deverá ser bem-sucedida. “Prevemos que a oferta do CaixaBank seja bem-sucedida no seguimento dos mais recentes desenvolvimentos, nomeadamente a venda de 2% do BFA pelo BPI à Unitel e a subsequente remoção do limite aos direitos de voto na assembleia geral de acionistas realizada em setembro”, refere o research.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Desemprego na Zona Euro no nível mais baixo dos últimos 7 anos

  • Leonor Rodrigues
  • 9 Janeiro 2017

A Alemanha é o país com a menor taxa de desemprego. Já a Grécia é o que contabiliza o maior número de desempregados. Ainda assim, os analistas esperam que a taxa continue a baixar.

O desemprego na Zona Euro está no nível mais baixo dos últimos sete anos, ao mesmo tempo que a economia continua a recuperar.

A taxa de desemprego estava, em novembro, nos 9,8%, de acordo com os dados do Eurostat, o instituto de estatística da União Europeia. Desde 2013 que o número de desempregados tem vindo a diminuir: nesse ano, a taxa situava-se nos 12,1%, antes de o Banco Central Europeu (BCE) implementar um programa de estímulos que ainda se mantém. Em dezembro, o presidente do BCE, Mario Draghi, anunciou a extensão do programa para o final deste ano, com o objetivo reduzir o desemprego estrutural e impulsionar o crescimento económico na Zona Euro.

“A taxa de desemprego deve continuar a baixar nos próximos meses”, afirma Holger Sandte da Nordea Markets à Bloomberg.

A confiança da Zona Euro também está a subir e atingiu em dezembro o seu nível mais alto dos últimos cinco anos, com as empresas a esperarem que a recuperação económica europeia continue. A Alemanha é o país que regista a taxa de desemprego mais baixa (4,1%) e a Grécia é o que contabiliza o maior número de desempregados, com a taxa a superar os 23%.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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Estado investe 500 mil euros em Serralves por ano até 2018

O Governo decidiu apoiar com 1,5 milhões de euros a Fundação Serralves entre 2016 e 2018. O objetivo é que o dinheiro seja utilizado para a aquisição de mais obras de arte.

O Estado, através do Fundo de Fomento Cultural, vai apoiar a Fundação Serralves com 500 mil euros em cada ano de 2016, 2017 e 2018. Ao todo, nos três anos, são 1,5 milhões de euros de financiamento para a aquisição de obras de arte para a Coleção do Museu de Arte Contemporânea. O valor consta de um protocolo celebrado em dezembro, lê-se no diploma publicado esta segunda-feira em Diário da República.

“Considerando que a atividade desenvolvida no Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves já alcançou uma importante projeção internacional e que a relevância da coleção do Museu implica a sua permanente atualização através de novas aquisições e da sua apresentação pública, através da realização de exposições regulares, de programas de itinerância e do empréstimo de algumas das suas obras para exposições realizadas noutros museus, nacionais e estrangeiros”, justifica a portaria. O ano passado foi exemplo disso com a passagem da coleção Miró para Serralves.

Este financiamento — o Fundo para aquisição de obras de arte para a Coleção do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves — consta de um protocolo celebrado a 6 de dezembro do ano passado entre o Ministro da Cultura e a Fundação de Serralves relativo que tem efeitos logo para o ano de 2016 e prolonga-se até 2018, completando o triénio.

“O montante fixado para cada ano económico pode ser acrescido do saldo apurado no ano anterior”, ressalva o documento.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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