Estes foram os três momentos em que Marcelo teve de se impor
No dia em que Marcelo comemora dois anos da sua eleição para a Presidência da República, o PR enumerou os três momentos em que teve de assumir uma postura mais autoritária.
Esta quarta-feira, no dia em que completa dois anos desde que foi eleito como chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa relembrou os momentos que teve de adotar uma postura com “mais autoridade”. A polémica dos SMS da Caixa Geral de Depósitos (CGD), a tragédia em Pedrógão Grande e o veto à lei do financiamento dos partidos foram os momentos que, segundo o Presidente, mais marcam, até agora, o seu mandato.
Durante uma visita à Escola Secundária de Camarate, o presidente da República foi questionado por um jornalista sobre os três momentos em que teve de se impor e assumir um perfil mais inflexível. O primeiro caso, começou por responder, está relacionado com o “problema que houve com a Caixa Geral de Depósitos”, quando António Domingues se recusava a declarar ao Tribunal Constitucional os bens e rendimentos.
“Tive de dizer o que pensava sobre a matéria num determinado momento, porque senti que havia gente demais que estava a descolar dos que tinham de decidir. Não estavam a perceber o que se estava a passar”, começou por explicar Marcelo Rebelo de Sousa. “Eu senti que tinha de dizer em voz alta aquilo que as pessoas pensavam em voz baixa”.
O segundo momento diz respeito aos incêndios que devastaram Pedrógão Grande: “Depois das tragédias vividas, houve ali um momento em que eu senti que tinha que fazer exatamente o mesmo, que não era contra nada nem ninguém, mas que era só para ter a certeza de que não havia riscos de descolagem excessiva entre o que estava na cabeça das pessoas e a imagem que faziam sob o poder que, aliás, a meu ver, era injusta, mas muitas delas formulavam“, respondeu.
Eu senti que tinha de dizer em voz alta aquilo que as pessoas pensavam em voz baixa
Por último, e mais recente, Marcelo sentiu que tinha de adotar uma postura mais autoritária aquando da lei do financiamento dos partidos. “Eu fui o mais comedido possível, porque não discuti soluções. Até porque a minha opinião é ultra minoritária, eu aceito que a maioria tenha opiniões diferentes. Apenas pedi o seguinte: ‘não se importam de dizer duas palavras, por escrito ou orais, a explicar o que se passou?’ Só! Porque já se estava a desfocar o debate para áreas em que já se debatia tudo e ninguém percebia nada do que estava a ser debatido“, referiu.
Estes foram os três momentos em Marcelo Rebelo de Sousa sentiu que era necessário impor-se e assumir uma atitude mais autoritária, deixando, assim, de lado, a proximidade com os assuntos e com as pessoas, que tanto o caracterizam. “Nestes momentos é preciso, entre aspas, exercer autoridade naquilo que se diz. Isso não é afetado por ter havido proximidade e continuar a haver a proximidade faz parte do feitio das pessoas“, rematou.
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