Universidade de Oxford dá tempo extra para mulheres concluírem os exames
Em Oxford, os alunos tiveram direito a uma tolerância extra para concluírem os exames. A universidade justifica essa medida como uma forma de diminuir as discrepâncias de classificações.
Os alunos da Universidade de Oxford, no Reino Unido, tiveram direito a mais tempo para terminarem os exames, numa tentativa da instituição de melhorar os resultados do sexo feminino e diminuir as discrepâncias de género.
Os casos ocorreram no verão do ano passado, nos exames de Matemática e de Ciências da Computação, de acordo com a notícia avançada pelo britânico Telegraph. Os estudantes foram beneficiados com mais 15 minutos para acabarem as provas, depois de a Universidade de Oxford ter decidido que “os candidatos do sexo feminino são mais propensos a serem afetados negativamente pela pressão do tempo“, esclarecendo que não houve alterações na prova nem no grau de dificuldade.
Para justificar essas medidas, a instituição de ensino usou o facto de, no ano de 2016, a percentagem de estudantes masculinos a concluírem as licenciaturas ter sido o dobro da percentagem de estudantes femininas. Assim, o Conselho de Administradores de Oxford decidiu proceder a alterações que melhorassem as notas das alunas.
Um porta-voz da universidade defendeu essas alterações como sendo “academicamente exigentes e justas“, arriscando a dizer que, após essas mudanças, as estudantes do sexo feminino apresentaram melhores resultados. “Como parte de uma revisão contínua do nosso processo de exame, o Instituto de Matemática de Oxford decidiu estender os seus exames de 90 para 105 minutos para todos os alunos“, disse. Essas medidas têm levantado várias questões sobre a igualdade de géneros à volta de Oxford.
Antonia Siu, porta-voz das estudantes de Ciências da Computação da universidade, disse estar “inquieta sobre os métodos que favorecem um sexo em relação ao outro”. Ainda assim, mostra-se “feliz quando as pessoas percebem que há lacunas entre grupos de pessoas que não deveriam ter essas lacunas — como no género, etnia ou classe social, e aproveitam isso para começar a pensar nas pessoas que, involuntariamente, vão deixando para trás”.
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