CGTP: proposta do salário mínimo para 2019 vai “surpreender”
Arménio Carlos não vai apresentar já uma proposta, mas promete que vai "surpreender". Quanto à Autoeuropa, o dirigente da CGTP diz que ainda há margem para conseguir chegar a um acordo.
Em setembro, a CGTP vai apresentar a sua proposta para o aumento do salário mínimo em 2019. Em antecipação, Arménio Carlos sugere que o número vai “surpreender”. Este ano não houve consenso na concertação social neste tema, tendo o salário mínimo subido por decisão do Governo para 580 euros. Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o sindicalista refere haver espaço para um acordo na Autoeuropa.
"Até agora não tem havido uma vontade deliberada do Governo para resolver em tempo útil os processos.”
“A nossa proposta nunca será de 600 euros”, diz Arménio Carlos, quando questionado sobre o valor avançado pela UGT de 612 euros para 2019, a quem deixa uma crítica: “Só quem anda distraído ou quer desviar as atenções é que em janeiro de 2018 está a falar do aumento do salário mínimo em janeiro de 2019“.
“Para nós a CGTP está mais preocupada a responder às questões do presente”, afirma o dirigente, assinalando que está a negociar, caso a caso, com as empresas os 600 euros que reivindicava. Ao mesmo tempo, a estrutural sindical apoia a agenda dos partidos à esquerda quanto às alterações na legislação laboral. “Venham as soluções e as votações [no Parlamento]”, pediu Arménio Carlos.
"[Vieira da Silva] Tem de ser mais ousado.”
Para Vieira da Silva tem uma mensagem: “Tem de ser mais ousado”. Não só nos direitos dos trabalhadores, mas também na concertação social. Arménio Carlos acusa o Governo de fazer “o papel de refém” das confederações patronais por estar preocupado com um acordo, o que “acaba por pôr em causa a evolução do processo”. “Até agora não tem havido uma vontade deliberada do Governo para resolver em tempo útil os processos”, alerta o dirigente da CGTP.
Quanto ao impasse na Autoeuropa, Arménio Carlos afirma que os trabalhadores “não estão satisfeitos”, sugerindo que a empresa tem de voltar a reunir com a comissão de trabalhadores. Mas o dirigente não exclui “nenhum tipo de luta [sindical]”, referindo-se à possibilidade de haver uma nova greve. “Ouçam, esclareçam, procurem encontrar uma solução, se o fizerem as coisas resolvem-se”, conclui.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
CGTP: proposta do salário mínimo para 2019 vai “surpreender”
{{ noCommentsLabel }}