EUA divulgam “Lista Putin”. Aumenta pressão de Washington sobre Moscovo
Lista foi elaborada pelo Departamento do Tesouro. Aparentemente não pressupõe a aplicação direta de sanções económicas ou diplomáticas.
A Administração norte-americana divulgou a “Lista Putin” em que identifica, a pedido do Congresso, 96 oligarcas e 114 altos funcionários do Kremlin que enriqueceram ou foram promovidos por intervenção do chefe de Estado russo.
A lista foi elaborada pelo Departamento do Tesouro e aparentemente não pressupõe a aplicação direta de sanções económicas ou diplomáticas, mas faz aumentar a pressão de Washington sobre Moscovo no caso da alegada interferência russa nas últimas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
Entre os 96 oligarcas apontados pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos como detentores de fortunas superiores a mil milhões de dólares figuram o magnata do setor do petróleo Roman Abramovich, dono do Chelsea (clube de futebol britânico), Oleg Deripaska ou Mikhail Prokhorov.
Na lista dos 114 altos funcionários do Estado russo destacam-se os nomes do primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, do ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, além de várias dezenas de assessores, gestores de empresas estatais ou elementos de cúpula dos serviços secretos.
Alguns dos nomes que constam da lista dos funcionários já alvo de sanções decretadas anteriormente.
A elaboração do documento com os nomes dos russos enquadra-se numa lei aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos, aprovada em julho de 2017, em que também se previa a aplicação de novas sanções contra a Rússia e o levantamento de outras já existentes.
A lei, conhecida como CAATSA (sigla em inglês) também contempla sanções contra a Coreia do Norte e o Irão.
Na segunda-feira, o Departamento de Estado norte-americano anunciou que não ia efetivar mais sanções contra o Estado russo, no contexto do CAATSA, por considerar que o facto de a lei ter sido promulgada já causou sérias perdas para Moscovo.
A aprovação da legislação (CAATSA) no Congresso contou com a oposição da Casa Branca que argumenta que o presidente Donald Trump pretende melhorar as relações diplomáticas com o Kremlin.
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