Autoeuropa. Comissão de Trabalhadores pede mais tempo para chegar a entendimento
Apesar de estar a circular um abaixo-assinado que exige a saída da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, representantes dizem que não saem "por vontade própria" e pedem mais tempo para negociar.
Com a pressão dos protestos dos operários sobre os ombros, a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa lembra que “todos os processos negociais exigem tempo” e garante que vai continuar à procura de um entendimento. Apesar de estar a circular um abaixo-assinado que exige a destituição do grupo eleito em outubro para negociar com a administração da fábrica de Palmela, o seu coordenador diz que o “ânimo é sempre o mesmo”, cita o Dinheiro Vivo.
“Vamos continuar a negociar. Hoje tivemos uma reunião e amanhã teremos outra. O ânimo é sempre o mesmo”, sublinha Fernando Gonçalves. “Temos de continuar a trabalhar para perseguir os nossos objetivos e não é este tipo de coisas que nos demove”, acrescenta, afastando uma saída por vontade própria.
Ainda assim, depois de recolhidas as quase duas centenas de assinaturas dos trabalhadores que reclamam da ineficácia da CT, terá de ser marcado um plenário e votada a continuidade do grupo liderado por Gonçalves. Se dois terços dos operários (cerca de 3762 pessoas) concordarem com a saída, os representantes terão mesmo de abandonar o lugar.
Na origem dos protestos, está a “ineficácia” da Comissão dos Trabalhadores na discussão com a administração da Autoeuropa sobre o encontro de um ponto de equilíbrio entre as reivindicações dos operários relativamente aos horários de trabalho e aos seu pagamento e a produtividade da fábrica, que tem de garantir as encomendas do novo modelo T-Roc.
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