Trump admite recuar nas taxas do aço e alumínio se alcançar acordo com México e Canadá
Na semana passada os EUA anunciaram que vão impor uma taxa alfandegária de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio para proteger a indústria nacional, mas Trump admite recuar.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu esta segunda-feira retirar a proposta sobre tributação das importações de aço e alumínio se for alcançado um acordo comercial justo com o México e o Canadá.
“Temos grandes défices comerciais com o México e o Canadá. O Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (TLCAN), que está sob negociação agora mesmo, tem sido um mau acordo para os Estados Unidos. Enormes deslocalizações de empresas e trabalhos”, escreveu o líder norte-americano numa mensagem no Twiter. Trump, que ameaçou no final da semana passada impor elevadas taxas alfandegárias, acrescentou que “as tarifas sobre o aço e alumínio só serão retiradas se for assinado um novo e justo TLCAN“, um acordo que está em vigor desde 1994.
O presidente norte-americana não deu mais detalhes, nomeadamente sobre a possibilidade de alargar a mais países, e quais. A mensagem de Trump coincide com o fecho da última ronda de negociações sobre o TLCAN que tem lugar esta segunda-feira na Cidade do México, com a presença dos principais negociadores dos três países.
"Temos grandes défices comerciais com o México e o Canadá.”
Na semana passada os Estados Unidos anunciaram que vão impor uma taxa alfandegária de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio para proteger a indústria nacional, numa iniciativa que mereceu a crítica da generalidade da comunidade internacional, preocupada com a possibilidade de respostas semelhantes por parte de outros países.
Já esta segunda-feira, o Governo alemão reafirmou que as políticas de “isolamento” e de “protecionismo” dos EUA são “o caminho errado” e insistiu que uma guerra comercial não beneficia ninguém. “Não queremos uma escalada na situação e muito menos uma guerra comercial” que não beneficia a Alemanha, a Europa e os Estados Unidos”, vincou o porta-voz do Governo alemão, Steffen Seibert, reiterando que a redução dos obstáculos comerciais “não se alcança mediante ameaças”.
Nas declarações, o porta-voz de Angela Merkel salientou que a chanceler “sempre defendeu uma redução dos obstáculos comerciais, concretamente através de um acordo comercial transatlântico”.
Também esta segunda-feira o Presidente da França, Emmanuel Macron, disse que se as medidas protecionistas [dos EUA] foram confirmadas, “é importante que a União Europeia reaja rapidamente e de maneira proporcional”. Durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro do Quebeque, Macron acrescentou que “é claro que as medidas seriam uma violação das regras da Organização Mundial do Comércio; a União Europeia teria então o direito, e seria esse o desejo da França, de meter uma ação na OMC e tomar as contramedidas apropriadas” relativamente aos norte-americanos.
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