Marcelo Rebelo de Sousa: “Temos de continuar a crescer. Senão é difícil descer a dívida”
Marcelo Rebelo de Sousa está a fazer o balanço dos primeiros dois anos de mandato. Diz que o país tem de “continuar a crescer, senão é muito difícil corrigir desigualdades”.
Há dois anos, no dia 9 de março de 2016, Marcelo Rebelo de Sousa tomava posse como Presidente da República. Numa conferência de balanço, na sala de jantar do Palácio de Belém, Marcelo diz que “temos de continuar a crescer. Senão é muito difícil corrigir as desigualdades e manter o equilibro financeiro, externo e interno, e a dívida”. Para o futuro garante que vai manter o mesmo tipo de comportamento.
Afetos e análise a frio. São estes os dois elementos que Marcelo Rebelo de Sousa quer continuar a usar na sua presidência. Marcelo prometeu ser “frio a pensar”, mas também estar “muito próximo das pessoas em termos afetivos”. Dois anos após ter tomado posse, o Presidente da República assegura esta sexta-feira, em declarações transmitidas pela RTP3, que “o afeto estar presente não quer dizer que deixe de ter uma análise muito calma e serena do que se passa e daquilo que é fundamental”.
E o que é fundamental? Marcelo começa por dar prioridade às negociações com a União Europeia para o próximo quadro comunitário. “Temos de fazer tudo para que corra bem a negociação a nível europeu“, pediu, referindo que essa matéria fará “diferença a partir de 2021”. “Com que Europa podemos contar?”, questionou, assegurando que “isso pesa na nossa economia muito aberta e na nossa sociedade”.
"Temos de fazer tudo para que corra bem a negociação a nível europeu.”
Marcelo Rebelo de Sousa considera que Portugal continua a ser um país “muito desigual” e, por isso, tem de continuar a crescer para corrigir essas desigualdades. O Presidente da República argumenta que é necessário que a economia cresça mais para “manter o equilíbrio financeiro interno e externo” e, por fim, reduzir a dívida pública.
Aos partidos exige “entendimento mínimo” na posição sobre a Europa, sobre as calamidades públicas, a correção da desigualdade e as diferenças territoriais. Estes são os pontos onde Marcelo Rebelo de Sousa considera que é possível haver consenso neste período pré-eleitoral. “As clivagens dos partidos são tantas que não me parece provável que em seis meses, no período que vai até ao início do ano que vem, haja entendimentos” mais profundos, disse.
Mas o foco de Marcelo vai além da economia. O Presidente da República colocou a tónica também na confiança dos portugueses nas instituições. “O pior que pode acontecer numa sociedade é começar a haver uma sensação de desconfiança dos governados“, disse, assinalando que “isso é um apelo imediato aos populismos”, algo que ainda não chegou a Portugal porque “temos estado atentos”, argumentou.
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Esta sexta-feira o primeiro-ministro deixou uma mensagem ao Presidente da República para o saudar no segundo aniversário da sua posse. “Saúdo o Presidente da República no segundo aniversário da sua posse, com votos da continuação de um mandato marcado pela proximidade aos cidadãos, a solidariedade institucional e a concórdia nacional“, escreveu António Costa.
(Notícia atualizada às 12h48)
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