Guindos no BCE passa no Parlamento Europeu, mas por pouco
Os eurodeputados socialistas insurgiram-se contra a ida de Luis de Guindos para o Banco Central Europeu na votação em plenário. Ainda assim, o espanhol virá a ser o vice-presidente do BCE.
Luis de Guindos deverá substituir Vítor Constâncio enquanto vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), mas o processo não foi fácil. Apenas 25 votos, em 755 eurodeputados, fizeram com que o espanhol passasse no crivo do Parlamento Europeu.
Depois de na comissão dos assuntos económicos do PE ter enfrentado uma dura audição, os eurodeputados socialistas decidiram votar contra a sua nomeação esta quarta-feira em plenário reunido em Estrasburgo. A decisão final será tomada pelos chefes europeus na cimeira da próxima semana.
A luz verde foi dada, mas com várias luzes amarelas pelo meio. O ex-ministro da Economia recebeu 331 votos favoráveis, 306 contra e 64 abstenções. A contestação chegou da parte dos socialistas europeus do S&D que, além de estarem preocupados com o processo em si, criticaram a falta de equilíbrio entre homens e mulheres, assim como a independência política do próprio BCE.
Na comissão, depois da audição, os eurodeputados socialistas já se tinham abstido e mostrado reservas quanto ao processo. Também internamente, em Espanha, o PSOE, que faz parte da família do S&D, já tinha dito que era contra a nomeação de De Guindos.
Os eurodeputados sugeriram às instituições europeias, nomeadamente ao Conselho Europeu, que tem a palavra final neste processo, para que se iniciasse um diálogo de forma a melhorar o processo de seleção de candidatos para este tipo de cargos técnicos.
Entretanto, o ex-ministro da Economia espanhol já foi substituído no Governo por um quadro do Banco de Investimento Europeu (BEI), Roman Escolano, que já esteve presente na reunião do Eurogrupo desta segunda-feira em Bruxelas.
O jornalista viajou para Estrasburgo a convite do Parlamento Europeu.
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