Telegram consegue 1,7 mil milhões no maior ICO de sempre
Bitcoin já teve melhores dias mas isso não impediu o Telegram, serviço de mensagens encriptadas, de obter 1,7 mil milhões de dólares na maior oferta inicial de moeda realizada até hoje.
A bitcoin já teve melhores dias mas nem o mau desempenho daquela que é a rainha das criptomoedas afugentou o interesse dos investidores na initial coin offering (ICO) do Telegram, um serviço de mensagens encriptadas cada vez mais popular.
A tecnológica levantou 850 milhões de dólares de 94 investidores em março, além dos 850 milhões que tinha conseguido em fevereiro. E pode vir a realizar “uma ou mais ofertas” adicionais, disse a empresa que está registada nas Ilhas Virgens num comunicado submetido ao regulador norte-americano esta quinta-feira.
Feitas as contas, o Telegram já angariou 1.700 milhões de dólares naquele que é até hoje o maior ICO de sempre.
“Levantar o montante planeado é um sucesso para o Telegram, tendo em conta que a desvalorização da bitcoin nas últimas semanas deixou os investidores mais cautelosos em relação às criptomoedas”, referiu Gennady Zhilyaev, especialista em moedas virtuais e ICO, citado pela Bloomberg.
O Telegram, fundada pelo russo Pavel Durov, pretende utilizar o montante levantado para desenvolver a sua própria blockchain, a Telegram Open Network. Esta blockchain tem como objetivo permitir transações mais rápidos que aqueles que a tecnologia da bitcoin e da ethereum permitem e pretende ainda concorrer com a Visa e a Mastercard nos pagamentos.
"Levantar o montante planeado é um sucesso para o Telegram, tendo em conta que a desvalorização da bitcoin nas últimas semanas deixou os investidores mais cautelosos em relação às criptomoedas.”
Recentemente, o Telegram superou a fasquia dos 200 milhões de utilizadores ativos mensais, “registando mais 700 mil novos utilizadores todos os dias”, o que terá aumentado o interesse dos investidores nesta oferta de Gram — o nome da moeda digital do rival do Whatsapp.
Na Rússia, o Telegram está na iminência de ver os seus serviços bloqueados depois de se ter recusado a fornecer dados encriptados às autoridades de segurança do país no âmbito da lei contra o terrorismo.
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