Wall Street no vermelho. Investidores com medo da Fed e de Trump
As minutas do banco central levantam a possibilidade de o ritmo de subida dos juros vir a acelerar devido à subida da inflação, o que penalizou os índices norte-americanos que já temiam Trump.
Acabou como começou mas ainda mais negativo. Wall Street encerrou a sessão no vermelho, com os investidores a recearem um ritmo mais acelerado da subida dos juros na maior economia depois de conhecidas as minutas da última reunião da Fed. Isto depois de terem começado a sessão já cautelosos perante a ameaça de Donald Trump à Rússia de que os mísseis “estavam a chegar” à Síria.
Foi perante este contexto de instabilidade que o S&P 500 terminou a sessão a desvalorizar 0,55%, para os 2.642,24 pontos, enquanto o Dow Jones e o Nasdaq encerraram com perdas de 0,9% e 0,36%, respetivamente, para os 24.188,87 e 7.069,01 pontos.
Já perto do final da sessão bolsista norte-americana as minutas da última reunião de março da Fed mostraram que os membros do banco central norte-americano foram unânimes relativamente à recente subida dos juros em 25 pontos, para o intervalo entre 1,5% e 1,75%.
Essa constatação leva os investidores a temerem um ritmo mais acelerado da subida dos juros de referência da maior economia do mundo, sobretudo porque os responsáveis da entidade liderada por Jerome Powell também anteveem a possibilidade que a economia e a inflação venham a intensificar o ritmo de crescimento.
“As minutas foram modestamente negativas“, disse John Carey, gestor de ativos da Amundi Pioneer Asset Management, citado pela Reuters. “As pessoas vinham a especular que, devido a toda a turbulência no mercado por causa das incertezas geopolíticas, que a Fed poderia considerar pausar ou retardar os aumentos da taxa de juros”, acrescentou.
Já antes, o pessimismo rondava Wall Street, com os investidores a temerem uma possível ação militar dos EUA na Síria, depois de Donald Trump ter enviado um recado à Rússia de que os mísseis “estavam a chegar”.
Pela positiva, destaque para as ações do Facebook que ganharam perto de 1%, no dia em que Mark Zuckerberg prestou declarações perante a Câmara dos Representantes.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Wall Street no vermelho. Investidores com medo da Fed e de Trump
{{ noCommentsLabel }}