Mutualista exclui bens históricos e artísticos do negócio com os chineses
A Mutualista transferiu para si própria um conjunto de bens históricos e artísticos que constavam no património da Lusitânia. No entanto, retirou esses ativos do negócio com os chineses.
A Mutualista excluiu do negócio com os chineses uma coleção de moedas e obras de arte que estava no património da seguradora Lusitânia, por um total de 5,3 milhões de euros, adianta o Público (acesso condicionado). No entanto, esse valor é inferior aos cerca de sete milhões declarados nas contas da Lusitânia em 2015, o que pode ter sido fruto de uma “reavaliação encomendada a um consultor externo”.
A aquisição desse património histórico e artístico, avaliado em 5,27 milhões de euros, aconteceu no final do ano passado. A Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) exclui, assim, esses bens do acordo de venda de 60% do capital da Montepio Seguros aos chineses da Energy Company CEFC. Essa decisão de transferir a “coleção de moedas de ouro e outro património artístico, nomeadamente, a coleção de obras de arte” foi uma garantia dada por Tomás Correia aos conselheiros que estavam presentes na reunião do Conselho Geral a 19 de setembro desse ano, escreve o Público.
Dois meses mais tarde, a 27 de novembro, o líder da AMMG viajou para Xangai para assinar a venda do capital à CEFC e, durante esse espaço de tempo, terão sido transferidos para a associação os ativos da Lusitânia. No entanto, o valor no qual foram avaliados é inferior aos 6,94 milhões de euros atribuídos nas contas da seguradora em 2015. Com isto, escreve o jornal, pode ter acontecido uma “reavaliação encomendada a um consultor externo”.
Esta decisão de manter esse património histórico e artística no Montepio teve que ver com a proteção desses ativos da venda da Lusitânia aos chineses, e ainda do processo de restruturação que está a decorrer na seguradora.
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