Banco Mundial aumenta capital em 13 mil milhões de dólares
O Banco Mundial vai receber 13 mil milhões de dólares de novo capital e vai praticar taxas de juro mais altas para os países em desenvolvimento com rendimentos mais elevados.
Os acionistas do Banco Mundial aprovaram este domingo um aumento de capital no valor de 13 mil milhões de dólares, o que significa que a capacidade de financiamento do banco mais do que duplicou, disse o presidente da instituição. “Duplicámos a capacidade do Grupo Banco Mundial”, disse Jim Yong Kim aos jornalistas durante os Encontros da Primavera, que decorrem até hoje em Washington, acrescentando que o aumento de capital “é um enorme voto de confiança, mas as expectativas são enormes”.
Com este aumento de capital, de cerca de 10,5 mil milhões de euros, a instituição planeia aumentar a capacidade de financiamento para quase 80 mil milhões de dólares este ano (perto de 65 mil milhões de euros), um aumento face aos 59 mil milhões de dólares (quase 48 mil milhões de euros) do ano passado, e que dará uma capacidade de financiamento de cerca de 100 mil milhões (81 mil milhões de euros), por ano, até 2030.
Além do montante, os acionistas do Grupo adotaram também algumas alterações aos mecanismos dos empréstimos, praticando, a partir de agora, taxas de juro mais altas para os países em desenvolvimento com rendimentos mais elevados, para desencorajar o excessivo endividamento, que o Fundo Monetário Internacional disse esta semana ser uma das preocupações para o crescimento mundial.
As prioridades do Banco Mundial foram reiteradas pelos acionistas, e incluem “os objetivos gémeos de acabar com a pobreza externa e potenciar a prosperidade partilhada”, para lá dos quatro pilares de atuação: “manter o envolvimento com todos os clientes, liderar a Agenda Global dos Bens Públicos, mobilizar capital e criar mercados e continuar a melhorar a eficiência e o modelo operacional interno”.
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