Novo CEO da TAP quer chegar a lucros de 150 milhões de euros
O grupo TAP registou lucros de 21,2 milhões de euros no ano passado, mas Antonoaldo Neves quer multiplicar este resultado por sete.
Ao final de uma década a registar prejuízos ano após ano, o grupo TAP voltou a reportar lucros. O crescimento do negócio da aviação foi de tal forma expressivo que compensou os lucros que a TAP Manutenção e Engenharia Brasil continua a dar e o grupo TAP SGPS acabou por alcançar lucros de 21,2 milhões de euros no ano passado. Mas Antonoaldo Neves, o presidente executivo da companhia aérea, quer chegar, pelo menos, perto dos 150 milhões.
A intenção foi transmitida numa carta enviada aos trabalhadores da empresa, a que o ECO teve acesso. “O grupo TAP registou resultados positivos no ano passado. Foi o melhor resultado dos últimos dez anos e uma evolução que nos deve orgulhar a todos. A TAP SGPS finalizou 2017 com um resultado líquido positivo de 21,2 milhões de euros, montante que representa uma melhoria de 49 milhões de euros face ao prejuízo de 27,7 milhões registados em 2016”, começa por escrever Antonoaldo Neves.
O presidente executivo da TAP salienta também o recorde de passageiros, que ultrapassou os 14 milhões, e o aumento de 27,8% nas receitas.
“O resultado poderia ter sido ainda melhor caso não tivéssemos registado um aumento do nosso custo unitário na TAP S.A. de cerca de 8%, quando comparado com 2016, o que representa um desafio para este ano“, destaca, acrescentando ainda que todas as empresas contribuíram positivamente para os resultados do grupo, à exceção da Manutenção e Engenharia, que reportou prejuízos de 50 milhões. “Estamos focados em reverter este quadro, com a busca da melhoria de processos e aumento de eficiência”, garante.
Precisamos de multiplicar este resultado por, pelo menos, sete vezes, para que se atinja a média de rentabilidade das outras companhias aéreas de nível global e para que haja sustentabilidade.
Antonoaldo Neves valoriza os “bons resultados para uma empresa que vinha de prejuízos acumulados ao longo de muitos anos”, mas ressalva: “Quero deixar claro que, apesar disso, estes resultados ainda não são confortáveis, tendo em vista os compromissos que temos pela frente, bem como a volatilidade comum ao setor aéreo. Precisamos de multiplicar este resultado por, pelo menos, sete vezes, para que se atinja a média de rentabilidade das outras companhias aéreas de nível global e para que haja sustentabilidade. Os desafios são enormes”.
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