Mário Centeno: “Portugal virou decisivamente a página da crise”
A propósito da nota da Moody's sobre a dívida portuguesa, Mário Centeno garantiu esta quinta-feira que o país "virou decisivamente a página da crise".
A propósito da nota que a Moody’s divulgou esta quinta-feira sobre a dívida portuguesa, Mário Centeno afirmou que o país “virou decisivamente a página da crise”, destacando também “a estratégia de crescimento equilibrado e inclusivo”.
Em comunicado, o Ministério das Finanças dá conta da revisão em alta do intervalo de rating para a dívida portuguesa por parte da Moody’s, ainda que não tenha sido o suficiente para a alteração automática da notação que continua em “lixo”.
O documento dá ainda conta da avaliação da DBRS, que subiu a notação da dívida um grau acima do nível de investimento. “O movimento das principais agências de rating mostra um reconhecimento abrangente dos progressos significativos do modelo económico português, baseado na gestão equilibrada das contas públicas e na promoção de um crescimento sustentável”, lê-se ainda.
Acrescentando a isto as decisões da S&P e da Fitch, que colocaram o país no nível de investimento, o documento termina com a certeza expressa pelo ministro. “Portugal virou decisivamente a página da crise. A estratégia bem-sucedida de crescimento equilibrado e inclusivo explica o momentum de rating positivo”, afirmou o ministro das Finanças.
“Banca fraca e dívida elevada” mantêm Portugal no lixo
Na nota a que o Ministério se refere, a Moody’s diz que o rating atribuído a Portugal será melhorado se concluir que os progressos alcançados a nível orçamental e económico são sustentáveis. Por agora, a agência de notação financeira vem dizer que a banca nacional ainda “fraca” e a dívida elevada do país continuam a limitar a subida do rating atribuído à República
Apesar de reconhecer que houve progressos na redução da dívida pública para os 125,7% do PIB no ano passado, “a dívida vai continuar perto dos 120% do PIB até 2021, uma das mais elevadas entre os países avaliados” pela agência de notação, refere a Moody’s.
Na banca também ainda há muito trabalho pela frente, apesar de todos os esforços já feitos para reduzir o crédito malparado e diminuir o peso que este tem no balanço das instituições financeiras. “O setor bancário continua a exibir níveis de rentabilidade e rácios de capital comparativamente baixos e um nível ainda elevado de NPL [malparado], de tal forma que a banca continua a ser um risco para o rating de Portugal”, refere ainda.
(Notícia atualizada às 20h30 com mais informação)
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