Reclamações na ADSE triplicaram no início deste ano
Os beneficiários têm "noção de que há abusos" por parte de alguns prestadores de serviços, assinala João Proença, presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE.
Os beneficiários da ADSE sabem que acontecem abusos nas cobranças por parte de certos prestadores de serviços, afirma João Proença, um dos representantes dos beneficiários que preside o Conselho Geral e de Supervisão do subsistema de saúde dos funcionários públicos. Em entrevista ao ECO, João Proença explicou que esse órgão consultivo tem o poder de receber reclamações, e que elas têm aumentado significativamente desde que o Conselho Geral e de Supervisão iniciou funções, em outubro de 2017.
“Nós, em termos de Conselho Geral, temos a capacidade de atender a reclamações de beneficiários, que é uma área que evidentemente vai explodir. No ano passado, no quarto trimestre, já que começámos em outubro, tivemos 15 reclamações, e este ano no primeiro trimestre já tivemos 45″, afirmou o responsável.
As reclamações dos beneficiários devem-se em parte a casos de cobranças excessivas. “Há noção de que há abusos nesta matéria”, acrescentou João Proença. Esses abusos prendem-se, por exemplo, com a multiplicação dos atos médicos, com análises ou exames supérfluos receitados. “Não é da responsabilidade do beneficiário”, assinalou.
“Uma ADSE dos beneficiários é uma que implica que todos os beneficiários se sintam responsáveis pelo que está a acontecer. Mas é evidente que muitas vezes não têm conhecimentos suficientes”, acrescentou, referindo que os beneficiários não devem ser responsáveis por fazer eles próprios as denúncias deste tipo de atos. Para João Proença, a ADSE deveria ter uma unidade própria de combate à fraude que pudesse fazer este tipo de análises.
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