Crise italiana passa fatura à banca de Wall Street
JPMorgan Chase e Bank of America tombaram 4% perante a fuga dos investidores para ativos seguros. Bolsas americanas sentiram a pressão vendedora que veio da crise política italiana.
Wall Street não escapou ao sentimento de forte aversão ao risco que castigou as bolsas um pouco por todo o lado esta terça-feira, na sequência da indefinição política em Itália.
O S&P 500, índice de referência para investidores de todo o mundo, caiu 1,16% para 2.689,87 pontos, ao mesmo tempo que o industrial Dow Jones recuou 1,58%. O tecnológico Nasdaq cedeu 0,5%.
A perspetiva de eleições antecipadas na terceira maior economia da Zona Euro, depois de o Presidente italiano ter travado as ambições do Movimento 5 Estrelas e da Liga italiana, desencadeou uma fuga dos investidores em direção a ativos de segurança. Como exemplo de um porto de abrigo em tempos de incerteza, as obrigações do Tesouro americanas a dez anos viram os juros baixar para o nível mais baixo desde meados de abril, nos 2,84%.
Por seu lado, as ações da banca foram particularmente fustigadas. O JPMorgan Chase tombou mais de 4%, após o chefe da unidade de investimento e corporate do banco ter dito que as receitas com mercados não vão crescer este ano. Goldman Sachs e Bank America acompanharam: fecharam em baixa de 3,4% e 3,98%, respetivamente.
“Não obstante aquilo que os próprio bancos têm vindo a dizer, eu estou um pouco cético em relação ao crescimento do volume de crédito num ambiente de aumento de taxas de juro”, explicou Peter Cecchini, da Cantor Fitzgerald, citado pela agência Reuters. “E estamos a ver a um achatamento da curva de rendimentos, com o spread entre os juros a dois e dez anos a encurtar para mínimos deste ano, e isso é mau para a rentabilidade dos bancos”, disse.
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