Governo faz ultimato aos professores. Ou aceitam a proposta sobre a mesa ou não será contado nenhum tempo de serviço que esteve congelado
Líder da Fenprof adiantou que Governo não vai contar nenhum do tempo de serviço que esteve congelado, caso os professores não aceitem a proposta anterior na qual contavam dois anos e dez meses.
Nenhum do tempo de serviço efetuado pelos professores durante o período de congelamento será contado para efeitos de progressão na carreira caso os professores não aceitem a proposta do Governo. A ameaça foi feita esta segunda-feira pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, à Fenprof, segundo revelou Mário Nogueira, líder a da estrutura sindical, citado pelo jornal Público (acesso livre), depois de uma reunião entre Governo e o sindicato no Ministério da Educação.
O ministro explicou ao sindicato que ou aceitam a proposta que está sobre a mesa de contar dois anos, nove meses e 18 dias, ou então não será contado tempo nenhum.
Os professores têm vindo a exigir a recuperação de nove anos, quatro meses e dois dias, ao passo que o Ministério da Educação não está disponível para a recuperação de mais de três anos.
Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o ministro da Educação, Mário Nogueira considerou “uma chantagem” a proposta de recuperação do tempo de serviço congelado. Segundo secretário-geral da Fenprof, o ministro informou o sindicato de que ou os sindicatos aceitavam a proposta da tutela ou terminavam as negociações sobre esta matéria sem recuperação de qualquer tempo serviço.
“Os professores não são filhos de um deus menor”, afirmou Mário Nogueira, numa referência aos restantes trabalhadores da Função Pública que viram recuperados os anos de serviço que estiveram congelados.
Perante esta proposta, e após a reunião, Mário Nogueira contactou outras estruturas sindicais, entre as quais a Federação Nacional da Educação, tendo chegado a acordo para manter a greve às avaliações a partir do dia 18, cujo pré-aviso de greve já foi entregue.
Professores admitem greve a exames, aulas e lançamento de notas
Ficou ainda acordado entre as estruturas sindicais a hipótese de os professores poderem avançar para uma greve aos exames nacionais assim como as aulas que ainda estão a decorrer até ao final do ano letivo e a tarefas burocráticas como o lançamento de pautas.
A decisão de avançar para estas formas de luta será tomada e conhecida na próxima quarta-feira, à tarde, depois de terminadas as reuniões agendadas entre todos os sindicatos e o Ministério da Educação.
(Notícia atualizada às 13h57)
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