Mais emprego ajuda Wall Street. Tensões comerciais desanimam
As bolsas norte-americanas abriram em terreno misto esta sexta-feira. A economia está a gerar mais emprego do que o esperado, mas ainda há receios na relação comercial EUA-China.
As bolsas norte-americanas abriram em terreno misto esta sexta-feira, num dia marcado pela divulgação de dados positivos sobre o mercado laboral dos EUA. O setor industrial está sob pressão devido às tensões comerciais com a China, no dia em que as tarifas entram em vigor, enquanto o bom desempenho das empresas tecnológicas está a travar as perdas nesta sessão.
O S&P 500 abriu a cair 0,01% para 2.736,41 pontos, enquanto o industrial Dow Jones abriu com uma queda de 0,11% para 24.329,37 pontos. Ambos abriram em queda, mas estão a aliviar a tendência negativa, numa altura em que o o tecnológico Nasdaq sobe 0,29% para perto dos 7.610 pontos.
Dados divulgados antes da abertura das bolsas pelo Departamento do Trabalho mostram que a economia gerou 213.000 empregos em junho, um número que contrasta com as estimativas dos analistas, que antecipavam apenas 195.000 novos postos de trabalho. O número positivo aponta para uma maior resiliência da maior economia do mundo, o que dá confiança aos investidores.
Mas a nuvem negra da guerra comercial ainda é um fator que pesa nas negociações. Um dia depois de terem surgido sinais de alívio na relação entre EUA e União Europeia, os investidores temem agora o desenvolvimento das negociações com a China, isto quando entram em vigor as tarifas sobre as importações de produtos chineses. A Boeing, que é um peso pesado da bolsa e é considerada uma das empresas mais sensíveis a esta questão, está a cair 0,47% para 331,6 dólares cada ação.
No setor tecnológico, o Facebook continua a recuperar das perdas registadas no início da semana. A rede social avança 0,51% e está a cotar muito perto da fasquia dos 200 dólares cada título, num dia em que a Apple soma 0,53% para cerca de 186,4 dólares.
Destaque ainda para o mercado das matérias-primas. Estatísticas divulgadas esta sexta-feira mostram que os EUA exportaram mais de dois milhões de barris de petróleo em maio, um crescimento significativo em relação aos quase 1,76 milhões de barris que tinha exportado em abril. Face a estes dados, o preço do barril para entrega em agosto derrapa 0,45% para 72,61 dólares.
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