Santos Silva: Nova “geringonça” tem de ter acordo sobre UE
O ministro dos Negócios Estrangeiros considera que, se na próxima legislatura houver um acordo de esquerdas como aconteceu nesta, será preciso estar de acordo sobre a política externa e europeia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, considera que um próximo acordo de incidência parlamentar à esquerda, como aconteceu nesta legislatura que valeu aos partidos a alcunha de “Geringonça”, teria de incluir também acordo no campo da política externa, em particular da União Europeia.
Para o ministro, entrevistado pelo Público e pela Renascença, é certo que o Orçamento do Estado para 2019 vai ser aprovado, já que “felizmente” o Bloco de Esquerda retirou a lei laboral dos condicionantes. “A sua orientação era apenas a que se fizesse uma negociação do OE de forma a que não houvesse nenhum recuo em relação a progressos já dados”, afirmou o ministro.
Augusto Santos Silva disse esperar que a atual solução governativa se mantenha, mas que esta “exigirá certamente um nível de comprometimento nessa solução que será superior àquele que se verifica neste mandato”.
Com isto, explicou, afirma que terá de haver um acordo “que signifique um avanço no que diz respeito a políticas estruturais que o país precisa no domínio do território, ambiente, transição energética, política económica e também na política externa e europeia”.
Afirmou ainda, no âmbito da cimeira da NATO que decorre neste momento em Bruxelas, que Portugal deverá aumentar a sua despesa com Defesa e capacidades nessa área, incluindo na produção de aviões militares. “O objetivo é caminharmos para o 2% tendo em conta o horizonte de 2024”, especificou, referindo-se à percentagem do PIB que será gasta em defesa.
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